Infraestrutura 2025: R$ 250 Bilhões em Investimentos Privados

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Infraestrutura 2025: R$ 250 Bilhões em Investimentos Privados

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Infraestrutura 2025: R$ 250 Bilhões em Investimentos Privados

Infraestrutura 2025: R$ 250 Bilhões em Investimentos Privados

Em 2025, o setor privado está projetando investimentos recordes em infraestrutura no Brasil, com estimativas de até R$ 250 bilhões, impulsionados por mais de 110 leilões de concessões, privatizações e parcerias público-privadas (PPPs). Entre esses leilões, destacam-se 27 na área de saneamento, muitos deles com foco em cidades de porte médio e grande, e 87 relacionados ao setor de transportes, que incluem rodovias, ferrovias e portos, todos supervisionados pelo governo federal. 

O crescimento do apetite do setor privado por investimentos em infraestrutura no Brasil é notável, especialmente em um cenário de incertezas econômicas gerais, com inflação e juros elevados. Em 2024, o setor privado já havia aportado R$ 197,1 bilhões em concessões e PPPs, um aumento de 76% em relação ao investimento público. Esse aumento está ligado a um ambiente mais favorável aos investidores, com processos licitatórios mais bem estruturados, maior segurança jurídica e uma melhoria na matriz de riscos dos projetos. 

A maturidade do mercado de infraestrutura tem sido um dos principais motores dessa alta no investimento privado. A presença crescente de mecanismos de financiamento, como os fundos de infraestrutura e as debêntures incentivadas, além do apoio do BNDES, ajudaram a criar um ambiente mais robusto para esses projetos. Somente em 2024, a captação de recursos por fundos de infraestrutura aumentou quase dez vezes, somando R$ 109,5 bilhões até novembro. Além disso, o governo paulista se destaca com uma agenda ambiciosa de mais de 30 projetos, com previsão de movimentar R$ 50 bilhões em investimentos este ano, superando o governo federal em termos de volume de concessões e PPPs. 

No entanto, o setor também enfrenta desafios. A crise fiscal que atinge o país e o aumento das taxas de juros têm impacto direto no custo e na viabilidade de alguns projetos, especialmente nas concessões de rodovias e ferrovias. A repactuação de concessões é um tema crucial, com destaque para a necessidade de garantir segurança jurídica e termos que sejam vantajosos para o setor privado, evitando que a incerteza política e econômica afete os investimentos. 

Apesar desses desafios, há setores que continuam a atrair grandes investimentos, como o saneamento. O segmento de saneamento está projetado para receber R$ 72 bilhões em 2025, com 27 leilões programados, e é considerado menos vulnerável aos impactos da crise fiscal. Isso ocorre devido à alta demanda por melhorias na infraestrutura de água e esgoto, que geram retornos estáveis e garantidos, tornando o setor mais resiliente às flutuações econômicas. 

A infraestrutura rodoviária também segue como um dos maiores focos de investimento. Em 2025, sete repactuações de concessões rodoviárias estão em análise no TCU, somando R$ 60,32 bilhões em investimentos. No entanto, a repactuação de contratos tem sido um ponto de tensão, já que muitas concessões enfrentam dificuldades regulatórias, o que pode dificultar a atração de investidores e aumentar as exigências de retorno. 

Além disso, o setor ferroviário, que ainda está em processo de recuperação, enfrenta desafios significativos, com quedas no volume de investimentos e processos de renovação de concessões demorados. O governo ainda trabalha para estruturar um plano nacional de ferrovias, com estimativa de R$ 200 bilhões em investimentos, o que pode ajudar a impulsionar o setor, mas depende de um forte envolvimento tanto de recursos públicos quanto privados. 

No setor portuário, após alguns anos de instabilidade regulatória, o Brasil prevê 21 leilões de terminais portuários, com R$ 8,54 bilhões em investimentos, além de novas modalidades de concessões, como a de canais de acesso aos portos. No entanto, a atratividade desses ativos dependerá de garantias claras sobre os retornos e da simplificação do ambiente regulatório. 

Resumo da operação: 

R$ 250 bilhões em investimentos privados: O setor de infraestrutura no Brasil espera receber R$ 250 bilhões em 2025, com 110 leilões previstos, abrangendo áreas como saneamento, rodovias e portos. 

Destaque para o estado de São Paulo: O governo paulista planeja movimentar R$ 50 bilhões em concessões e PPPs este ano, com uma agenda de mais de 30 projetos, superando a ação do governo federal. 

Saneamento como setor seguro: O setor de saneamento se destaca por sua estabilidade e potencial de retorno, com previsão de R$ 72 bilhões em investimentos para 2025, sendo menos impactado pela crise fiscal.  

Aeroporto Galeão será Leiloado com Lance Mínimo de R$ 1 Bilhão

Aeroporto Galeão será Leiloado com Lance Mínimo de R$ 1 Bilhão

O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, conhecido como Galeão, será colocado em leilão em breve, com um lance mínimo estimado entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão. O processo, que está sendo conduzido em sigilo, envolve uma parceria entre o governo federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério de Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).  

Embora a concessão do Galeão seja controlada pela RIOGaleão, uma joint venture entre a Infraero (com 49% das ações) e a Changi, de Cingapura (com 51%), a licitação seguirá um modelo simplificado para garantir transparência e evitar questionamentos jurídicos. A medida foi tomada após um acordo entre o governo e a concessionária, que inclui a saída da Infraero da sociedade, a pedido do governo federal, e a substituição do modelo de pagamento da outorga, que antes era de R$ 1,4 bilhão anuais para uma cobrança de 20% sobre as receitas do aeroporto. 

O processo de licitação também tem como objetivo solucionar questões relacionadas à governança e ao risco jurídico, com a participação tanto da RIOGaleão quanto de eventuais novos interessados, a fim de evitar favorecimentos. Embora o novo modelo seja considerado positivo, especialistas afirmam que ele não resolverá, por si só, os problemas estruturais do Galeão.  

Um dos principais desafios é a baixa demanda de passageiros, agravada pela crise econômica e outros fatores. Para que o Galeão recupere seu desempenho, é necessário que a demanda de passageiros aumente significativamente, algo que está diretamente relacionado à limitação de tráfego no Aeroporto Santos Dumont.  

Desde 2024, o Santos Dumont tem uma restrição no número de passageiros transportados, o que ajudou o Galeão a registrar um crescimento no número de passageiros internacionais, com uma previsão de aumento de 9% em 2025. 

A licitação do Galeão ocorre em um momento delicado para a infraestrutura aeroportuária brasileira, já que o terminal enfrentou uma série de desafios desde a sua concessão em 2013. Entre eles, a crise econômica de 2014, as dificuldades trazidas pela Operação Lava Jato e a queda drástica de passageiros durante a pandemia. 

 Apesar disso, especialistas acreditam que a repactuação da concessão pode ser um passo positivo, desde que venha acompanhada de medidas que incentivem a demanda de passageiros. A Fecomércio, por exemplo, defende a permanência das limitações de tráfego no Santos Dumont, como medida fundamental para garantir a recuperação do Galeão, enquanto autoridades de transportes alertam para a necessidade de garantir tarifas justas e investimentos para melhorar a infraestrutura do aeroporto. 

A expectativa é de que, com as modificações no modelo de concessão e a definição dos próximos passos da licitação, o Galeão consiga superar as dificuldades de demanda e se tornar mais competitivo no setor aeroportuário. No entanto, especialistas concordam que as mudanças devem ser acompanhadas de políticas públicas para impulsionar o setor, especialmente no que se refere ao tráfego aéreo na capital fluminense. A RIOGaleão, por sua vez, afirmou que aguardará o desfecho das próximas etapas do processo de licitação para se manifestar oficialmente. 

Resumo da operação:

Leilão com lance mínimo: O Aeroporto Galeão será leiloado com um lance inicial entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão, conforme acordado pelo governo e o TCU. 

Alteração no modelo de pagamento: O pagamento da outorga anual será substituído por uma cobrança de 20% das receitas do aeroporto, uma mudança significativa em relação ao modelo anterior. 

Recuperação do Galeão e demanda de passageiros: A recuperação do Galeão depende do aumento da demanda de passageiros, que está diretamente relacionada à limitação do tráfego no Aeroporto Santos Dumont.  

Leilões de Rodovias: R$ 72 Bilhões em Investimentos e Ajustes Cruciais para 2025

Leilões de Rodovias: R$ 72 Bilhões em Investimentos e Ajustes Cruciais para 2025

O cenário econômico atual, com a alta dos juros e a disparada do câmbio, está exigindo uma revisão significativa nos leilões de concessões rodoviárias no Brasil. O governo federal e os estaduais estão ajustando os projetos, principalmente no que diz respeito à rentabilidade das concessões, aos cronogramas de investimentos e às tarifas de pedágio. O objetivo é tornar os projetos mais viáveis para atrair investidores, apesar das dificuldades geradas pelo aumento dos custos de financiamento e pela maior volatilidade econômica. 

Em 2025, estão previstos pelo menos 20 leilões de rodovias, com um potencial de investimento de R$ 72 bilhões, tanto para projetos federais quanto estaduais. Além disso, o processo de repactuação dos contratos existentes, que deve ocorrer em breve, pode gerar investimentos adicionais. A expectativa é que o mercado continue atraente para investidores, mas que eles sejam mais seletivos, buscando retornos mais altos devido ao aumento do risco envolvido. 

Os ajustes nos leilões incluem o aumento das taxas de retorno dos projetos, que serão ajustadas conforme o aumento dos juros, com a intenção de tornar os contratos mais atraentes para os investidores. De acordo com Guilherme Sampaio, diretor da ANTT, se a taxa de juros permanecer em níveis elevados, será necessário aumentar a rentabilidade dos projetos para atrair o interesse dos investidores, especialmente considerando o risco elevado. Atualmente, os projetos já estão sendo estruturados com taxas de retorno de dois dígitos, e qualquer novo aumento nos juros pode resultar em mais ajustes. 

Além disso, no estado de São Paulo, o governo está analisando como viabilizar os projetos de concessões rodoviárias, como os lotes da Rota Mogiana, Circuito das Águas e Paranapanema. A principal medida é a atualização dos custos, que foram impactados pela inflação e pela variação cambial. Em alguns casos, o estado planeja dividir os lotes de concessão e incluir trechos novos para tornar o projeto mais atrativo. O objetivo é aumentar o aporte público para garantir que as concessões sejam viáveis. 

No estado de Minas Gerais, o governo também está revisando seus projetos de concessão rodoviária, como os lotes do Vetor Norte e do Ouro Preto-Mariana. O impacto das taxas de juros foi sentido, mas o estado acredita que o ajuste nas taxas de retorno é suficiente para garantir a viabilidade dos leilões. No entanto, caso os juros continuem a subir, pode ser necessário um novo ajuste. 

O aumento da taxa de juros e da volatilidade cambial pode resultar em um aumento nas tarifas de pedágio, uma vez que os contratos de concessão precisam garantir que os investidores obtenham retornos adequados para compensar os riscos. Alguns analistas acreditam que os leilões podem ter menos concorrência e que alguns projetos podem ser inviáveis, mas outros acreditam que, com ajustes nas tarifas e nos investimentos, o mercado continuará atraindo investidores. 

Apesar das dificuldades econômicas, analistas acreditam que os leilões de concessões rodoviárias não serão interrompidos. A expectativa é que as licitações sigam, com algumas revisões na modelagem dos projetos, mas o mercado de infraestrutura no Brasil ainda oferece oportunidades de investimento, principalmente para aqueles que conseguem se adaptar às novas condições de financiamento. Os leilões continuam sendo uma das principais ferramentas do governo para modernizar e expandir a infraestrutura rodoviária do país. 

Resumo da operação:

Investimentos previstos: Os leilões de rodovias em 2025 podem gerar R$ 72 bilhões em investimentos, com 20 certames programados. 

Revisões nos projetos: O aumento dos juros e da volatilidade cambial levou os governos a ajustar as taxas de retorno, as tarifas e os cronogramas de investimentos para viabilizar os leilões. 

Mudanças estaduais: O governo paulista planeja licitar três concessões de rodovias, com um total de R$ 13 bilhões em obras, e o governo mineiro já calibrou as taxas de retorno para suas concessões. 

BNDES Avança com Concessões de Hidrovias, Rodovias e Florestas no Brasil

BNDES Avança com Concessões de Hidrovias, Rodovias e Florestas no Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está em vias de formalizar, ainda em janeiro de 2025, um contrato com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) para realizar estudos de concessão de duas importantes hidrovias no Brasil: as dos rios Tapajós e Tocantins. Esses projetos têm como objetivo melhorar o escoamento de grãos na região Norte do país, especialmente no Arco Norte, região estratégica para o agronegócio.  

Segundo Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, ambos os projetos são considerados desafiadores, mas essenciais para aumentar a competitividade do setor. Barbosa lembra que a hidrovia do Tocantins, que já faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresenta desafios como o derrocamento do Pedral do Lourenço, que limita a navegabilidade e a competitividade da via. Já o Tapajós apresenta uma estrutura de transbordo de carga que já funciona parcialmente, necessitando apenas de uma melhor sinalização e de um estudo para ampliação da hidrovia, incluindo trechos do rio Teles Pires. 

Esses projetos estão sendo acompanhados de perto pelo governo federal, que também já deu início à discussão de outras concessões de hidrovias, como a do Rio Madeira. Em 2023, o governo anunciou um plano para conceder até seis hidrovias no Brasil, sendo que duas já estão com estudos mais avançados: a do Paraguai e a do Rio Madeira. No caso do Rio Madeira, a proposta de audiência pública foi suspensa devido a pressões políticas locais, mas a expectativa é de que os estudos e concessões sigam em frente. 

Além das hidrovias, o BNDES também tem se dedicado a outros projetos estruturantes, como a concessão e o manejo de florestas no Brasil. Nelson Barbosa destacou que a carteira de florestas tem sido um grande desafio para o banco, com projetos voltados para a preservação e a restauração da Amazônia, incluindo iniciativas de reflorestamento e manejo sustentável, como o da Floresta Nacional de Bom Futuro, em Rondônia. Esse projeto é pioneiro, com a previsão de replantar 14 mil hectares de floresta nativa, e o investimento estimado é de R$ 600 milhões. A expectativa é que esse projeto seja levado ao Tribunal de Contas da União (TCU) nas próximas semanas e, caso aprovado, seja leiloado ainda este ano. 

No setor de rodovias, o BNDES está se preparando para uma agenda robusta de concessões. O banco está estruturando pelo menos seis concessões de rodovias federais, com previsão de leilões para 2025. A primeira concessão será a da BR-364, em Rondônia, com o certame marcado para o final de fevereiro. Além disso, o BNDES está envolvido em concessões estaduais, como as rodovias ao norte de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e na região oeste de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Para esses projetos, o banco está ajustando as modelagens econômicas, já que o cenário de alta de juros e câmbio impacta a viabilidade financeira de muitos desses empreendimentos. 

No geral, a perspectiva é que o Brasil continue avançando em sua agenda de infraestrutura, com o apoio do BNDES, apesar dos desafios econômicos. A instituição está otimista quanto ao sucesso desses projetos, com o objetivo de fortalecer a logística e a competitividade no país, especialmente para o setor do agronegócio, que depende de uma infraestrutura eficiente para o escoamento de grãos. 

Resumo da operação: 

Estudos de Hidrovias: O BNDES está prestes a ser contratado para realizar estudos sobre as hidrovias do Tapajós e do Tocantins, com foco na melhoria da logística e escoamento de grãos. 

Investimento em Florestas: O banco está investindo na restauração de florestas na Amazônia, com destaque para o projeto de reflorestamento da Floresta Nacional de Bom Futuro, com R$ 600 milhões previstos. 

Concessões de Rodovias: Em 2025, o BNDES vai estruturar e levar a leilão diversas concessões de rodovias federais e estaduais, com foco na ampliação da infraestrutura logística do Brasil. 

Governo do RS Lança PPP de R$ 1 Bilhão para Reformar 99 Escolas e Expande Parcerias para Creches e Saúde 

Governo do RS Lança PPP de R$ 1 Bilhão para Reformar 99 Escolas e Expande Parcerias para Creches e Saúde 

O governo do Rio Grande do Sul anunciou o lançamento de um novo projeto de Parceria Público-Privada (PPP) voltado para a reconstrução e administração de 99 escolas estaduais. O edital para o leilão dessa PPP deve ser lançado ainda em janeiro, com a licitação programada para abril deste ano. O investimento estimado para as reformas das unidades escolares é de aproximadamente R$ 1 bilhão. O projeto visa reformar as escolas em um prazo apertado de 16 meses, para que o novo ciclo escolar de 2027 já comece nas novas instalações, desafiando as empresas vencedoras a concluírem as reformas em tempo recorde. As unidades foram divididas em três lotes de 33 escolas cada, para dar maior atratividade ao leilão, mas a proposta vencedora será a de uma empresa que assumir os três lotes, ou seja, a reforma e a gestão de todas as unidades. 

O modelo de PPP para as escolas envolve a gestão administrativa das unidades pela empresa vencedora, que será responsável pela infraestrutura, manutenção e serviços não pedagógicos. Já a parte pedagógica, como a contratação de professores e gestores, continuará a cargo do poder público. As escolas escolhidas para o projeto estão localizadas em regiões com alta vulnerabilidade social, e o governo estadual espera que a reforma das unidades contribua para a melhoria do processo de ressocialização nessas áreas. 

Além das escolas, o governo do Rio Grande do Sul também está expandindo o modelo de PPPs para a gestão de creches. Um edital será lançado ainda em janeiro para chamar os municípios interessados em participar deste modelo de parceria. A ideia é integrar os municípios ao projeto, oferecendo apoio financeiro do estado para viabilizar concessões de maior escala. O estado busca criar um modelo mais eficiente, centralizando a coordenação das PPPs de creches e oferecendo recursos adicionais para os municípios com menos capacidade de implementar essas parcerias. 

Em outra frente, o governo do estado também está trabalhando no lançamento de uma PPP para a construção e gestão de um hospital em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O projeto prevê a construção de uma unidade de saúde com 400 leitos e especializada em áreas como traumatologia, maternidade e neurologia. O hospital será uma unidade “greenfield” (ou seja, construída do zero) e o modelo de gestão será do tipo “bata branca”, em que o parceiro privado será responsável tanto pela construção quanto pela gestão da parte administrativa e dos profissionais de saúde. 

Esses projetos fazem parte de uma estratégia mais ampla do governo gaúcho para expandir o uso de PPPs, com o objetivo de melhorar a infraestrutura pública e os serviços oferecidos à população, sem sobrecarregar as finanças estaduais. Além disso, após as inundações que atingiram o estado em 2023, o governo também tem se dedicado a estruturar novos projetos de concessão com recursos provenientes do fundo de reconstrução, com iniciativas previstas nas áreas de transporte público, iluminação, saneamento e resíduos sólidos, além de concessões de ginásios e outras infraestruturas municipais. 

A ampliação do uso de PPPs no Rio Grande do Sul se alinha com a tendência nacional, onde estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná também estão adotando esse modelo para áreas como educação, saúde e infraestrutura. O governo federal, por meio do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), tem incentivado o uso de PPPs, oferecendo apoio financeiro e técnico para a estruturação de novos projetos em parceria com o setor privado. 

Resumo da operação: 

R$ 1 bilhão para as escolas: O projeto de reconstrução de 99 unidades escolares no Rio Grande do Sul envolve um investimento de R$ 1 bilhão. As reformas devem ser concluídas em 16 meses para o início do ciclo escolar de 2027. 

Expansão para creches e hospitais: O governo estadual também está desenvolvendo PPPs para creches e um hospital em Viamão, com 400 leitos e especialidades em traumatologia, maternidade e neurologia. 

Modelo de PPPs: As PPPs nos projetos de escolas e saúde visam a gestão administrativa e infraestrutura pelos parceiros privados, com o poder público mantendo o controle da parte pedagógica e médica. 

Concessão das Rodovias BR-040 e BR-495 Estima Investimentos de R$ 8,8 Bi

Concessão das Rodovias BR-040 e BR-495 Estima Investimentos de R$ 8,8 Bi

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o edital para a concessão das rodovias BR-040 e BR-495, que ligam Juiz de Fora, em Minas Gerais, a Itaipava, no estado do Rio de Janeiro. O trecho, com aproximadamente 218,9 quilômetros de extensão, será leiloado no dia 30 de abril de 2025, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O processo de concessão é um passo importante para a modernização e ampliação da infraestrutura rodoviária da região, visando melhorar a logística e segurança das rotas que conectam o Rio de Janeiro ao Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. 

O projeto de concessão exigirá investimentos de aproximadamente R$ 8,8 bilhões, sendo R$ 5 bilhões destinados a obras para ampliar a capacidade da rodovia, enquanto R$ 3,8 bilhões serão aplicados em serviços operacionais e de manutenção. A ANTT e o Ministério dos Transportes destacam que a renovação da infraestrutura rodoviária é fundamental para melhorar a fluidez do tráfego, especialmente na região da Serra de Petrópolis, que representa um dos maiores desafios do projeto. A subida da Serra, além de ser um ponto crítico para a engenharia, também afeta a logística de transporte, especialmente nos períodos de maior movimentação. 

A concessionária vencedora será responsável por diversos projetos de modernização e ampliação do trecho, incluindo a duplicação de 13,1 km de extensão, a construção de 86,6 km de faixas adicionais, três túneis, 13 viadutos e 13 correções de traçado. A concessão também prevê a instalação de diversas melhorias para segurança e conforto dos usuários, como 32 pontos de ônibus, 12 passarelas, 11,7 km de ciclovias, sete passagens para fauna, além de um ponto de parada para caminhoneiros e área de descanso. 

Além das obras de infraestrutura, o contrato de concessão estabelecerá que, durante o período das obras, a pista atual da subida da Serra de Petrópolis deve permanecer em operação, com manutenção constante, incluindo correção de buracos, fissuras e trincas. A concessionária terá até o sexto ano do contrato para concluir a recuperação completa da pista atual de subida da Serra, com algumas intervenções previstas para serem finalizadas no quinto ano. Essa complexa reestruturação da rodovia visa garantir a melhoria da qualidade do tráfego e reduzir o impacto das obras na circulação de veículos. 

Felipe Queiroz, diretor da ANTT, expressou confiança no sucesso do leilão, destacando o interesse de diversos atores do mercado em participar da concessão e na realização de uma competição robusta no evento de leilão, agendado para abril. A expectativa é que o projeto atrairá uma forte participação, dado o seu potencial de impacto na logística regional e nacional. 

Resumo da operação: 

Investimento total: O investimento previsto para a concessão das rodovias BR-040 e BR-495 é de R$ 8,8 bilhões, com R$ 5 bilhões para obras de ampliação e R$ 3,8 bilhões para serviços operacionais. 

Obras e melhorias: O projeto inclui a duplicação de 13,1 km, a construção de 86,6 km de faixas adicionais, três túneis, 13 viadutos, além de melhorias como ciclovias, passarelas e passagens para fauna. 

Desafio da Serra de Petrópolis: A concessionária vencedora terá a tarefa de manter a pista de subida da Serra de Petrópolis em operação durante as obras, com a conclusão da recuperação da pista prevista para o sexto ano de concessão. 

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