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O Brasil deve fechar 2024 com o maior número de pedidos de recuperação judicial (RJ) da história, superando 2,2 mil solicitações, 22% acima do recorde de 2016. Pequenas e médias empresas são as mais afetadas, devido ao acesso limitado a crédito. O alto custo financeiro, com juros entre 16% e 19%, é apontado como um dos principais fatores para esse cenário.
Apesar do aumento expressivo, especialistas acreditam que a maioria das empresas conseguirá atravessar 2025. No entanto, caso as taxas de juros permaneçam elevadas até 2026, o risco de colapso empresarial se torna significativo.
A taxa Selic, atualmente em 12,25%, pode subir para 14,25% no primeiro trimestre de 2025, com previsão de atingir 15% ao longo do ano. Se a Selic permanecer em dois dígitos até 2027, este será o segundo período mais longo com juros altos desde o Plano Real.
Empresas que entram em RJ buscam proteção contra cobranças e tentam renegociar dívidas, mas enfrentam dificuldades de acesso a crédito e investidores. Cortes de custos, venda de ativos e fusões são estratégias comuns para sobreviver.
Setores como aviação, sucroalcooleiro e varejo são os mais vulneráveis. O aumento do dólar pressiona custos, dificultando o repasse aos consumidores. Fusões e aquisições devem se intensificar em 2025 como solução para aliviar as dificuldades.
Recorde de Recuperação Judicial:
Taxa de Juros Elevada:
Setores Mais Afetados:
A Actis adquiriu as transmissoras Vineyards e Água Vermelha, até então pertencentes a fundos geridos pela Vinci Compass, em uma transação de quase R$ 700 milhões. A compra inclui equity e dívida, sendo parte de um movimento da Vinci para reduzir a alavancagem de seu fundo VIGT11, que enfrenta quedas significativas de valor.
O fundo VIGT11 sofreu forte desvalorização após anunciar revisão de proventos devido a cortes de energia em usinas eólicas. Em resposta, a Vinci reduziu a taxa de administração, anunciou recompra de cotas e vendeu ativos para aliviar dívidas.
A Vineyards, localizada no Rio Grande do Sul, possui 112 km de linhas e dívida de R$ 303 milhões, com valor de venda de R$ 192 milhões. A venda reduz a alavancagem do fundo de 5,6 para 3,8 vezes. A Vinci conseguiu um múltiplo EV/RAP de 10,7 vezes, acima da média do setor.
Valor da Transação: R$ 700 milhões pela compra de Vineyards e Água Vermelha.
Redução de Alavancagem: O fundo VIGT11 reduziu a dívida de 5,6 para 3,8 vezes.
Múltiplo Obtido: A Vinci alcançou um EV/RAP de 10,7 vezes, acima da média do mercado.
A EMS obteve autorizações da Anvisa para lançar dois medicamentos injetáveis para obesidade e diabetes. Produzidos em Hortolândia (SP), o Olire, voltado para obesidade, e o Lirux, para diabetes tipo 2, colocarão a empresa como a primeira brasileira no mercado de canetas de liraglutida, um segmento em crescimento global.
A EMS fabricará os medicamentos desde a matéria-prima até o produto final, reforçando sua liderança no mercado farmacêutico nacional. A expectativa é de que os produtos cheguem às farmácias em 2025, com planos de expansão internacional. A empresa projeta faturar até US$ 4 bilhões nos próximos oito anos, metade no Brasil e metade no exterior.
O mercado de medicamentos contra a obesidade pode movimentar até US$ 199 bilhões anualmente, segundo a Barclays. Em 2022, as vendas do medicamento de referência para diabetes ultrapassaram US$ 6 bilhões globalmente.
EMS lança Olire e Lirux, dois medicamentos injetáveis para obesidade e diabetes, com produção 100% nacional.
A empresa espera faturar US$ 4 bilhões em oito anos, metade no Brasil e metade no exterior.
O mercado de medicamentos para obesidade pode alcançar US$ 199 bilhões anualmente nos próximos anos.
Após perdas com a desvalorização de seminovos, as três maiores locadoras do Brasil – Localiza, Unidas e Movida – planejam renovar suas frotas em 2025. A idade média da frota do setor subiu para 17,8 meses em 2024, bem acima dos 14,9 meses de 2019. O cenário desafiador inclui altas taxas de juros, limitando planos de expansão.
Em 2024, as três empresas registraram receita de R$ 15,3 bilhões, alta de 32,8%, impulsionada pela venda de 115,2 mil veículos seminovos. A Movida vendeu um recorde de 30,5 mil carros no terceiro trimestre, enquanto a Localiza dobrou suas vendas de seminovos em dois anos. A Unidas, por sua vez, manteve uma política de disciplina de capital, com previsão de compras estáveis em 2025.
A renovação da frota será gradual, com foco em eficiência e aumento de tarifas para compensar juros elevados. O mercado de locação totalizou compras de 620 mil veículos em 2024, representando 25% das vendas de automóveis no país. A frota total do setor alcançou 1,65 milhão de veículos.
Receita Consolidada: As três maiores locadoras do país alcançaram R$ 15,3 bilhões em receita em 2024, com um crescimento de 32,8%.
Idade da Frota: A frota média do setor atingiu 17,8 meses, enquanto antes da pandemia era de 14,9 meses.
Volume de Vendas: As locadoras venderam 115,2 mil seminovos em 2024, impulsionando resultados e ajudando na renovação da frota.
Já consolidada no mercado, atendemos mais de 300 empresas em 22 estados do Brasil. São mais de R$ 215 bilhões avaliados em ativos e mais de 1,25 milhões de itens inventariados.
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