O custo histórico é um conceito central na contabilidade, comumente utilizado para mensurar e registrar os ativos e passivos das empresas, e sua popularidade se dá principalmente pela simplicidade e transparência das avaliações realizadas através dessa metodologia – que permitem uma checagem simples e eficiente dos valores dos bens da empresa.
No entanto, muitos profissionais da Contabilidade ainda encontram dificuldades para implementar ou adotar as novas regras trazidas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e o custo histórico é um deles.
Entre as novidades estão os conceitos estruturais e sua aplicabilidade sobre as bases de mensuração do custo histórico e corrente, valores justo, atual e corrente, entre outros – em especial pela valorização dos bens patrimoniais e imóveis que nunca foram exigidos controle e conciliação contábil.
Nesta publicação explicaremos um pouco mais sobre as definições para cada base de mensuração, a começar pelo custo histórico, que fornece todas as informações monetárias sobre todos os ativos, passivos, bem como as receitas e despesas decorrentes do negócio.
Mas será que o custo histórico é a melhor opção? Quando ele é mais adequado? Quais são as diferenças entre custo histórico e outras metodologias de mensuração de ativos e passivos?
Essas e outras perguntas serão respondidas no conteúdo a seguir. Continue a leitura.
Índice
O que é custo histórico?
O custo histórico é um princípio contábil considerado a base de mensuração de ativos e de passivos mais adotada pelas empresas brasileiras, sempre tomando como base as normas contábeis nacionais e internacionais. Um dos principais destaques é a praticidade e simplificada na verificação dos dados.
Por meio do custo histórico, os ativos de uma empresa são registrados pelo seu valor pago no momento da aquisição ou construção, sem considerar as possíveis flutuações de mercado ou a inflação sofrida após a compra daquele bem.
Os passivos de uma companhia, por sua vez, são mensurados pelo valor de caixa ou seu equivalente utilizado para liquidar uma obrigação.
Apesar do conceito de custo histórico se alinhar ao princípio contábil da objetividade, que visa registrar os fatos de forma clara e mensurável, utilizando valores baseados em transações passadas, é comum que em tempos de crise existam algumas controvérsias por parte de especialistas, que consideram que através dessa metodologia os ativos não monetários tendem a ser subavaliados.
Qual é o princípio do custo histórico?
Aqui temos a base de valor que determina como os ativos devem ser registrados pela Contabilidade pelo seu valor monetário original, ou seja, aquele pago no ato de sua aquisição ou de sua construção.
Pelo princípio do custo histórico os estoques também são analisados pelo valor de aquisição, sem correções por inflação ou valores de reposição.
Além do custo histórico propriamente dito, existem outros conceitos fundamentais que se complementam, e fazem com que a metodologia seja mais facilmente entendida e aplicada:
- o custo histórico corrigido;
- e o custo corrente.
Entenda cada um deles a seguir.
O que é custo histórico corrigido?
Considerado uma evolução do custo histórico, o custo histórico corrigido apresenta uma correção com aplicação de um coeficiente originado por diversos índices de variação de preços.
Ou seja, é o valor de entrada de um ativo e difere das bases de saída como os valores justo, em uso ou de cumprimento.
No entanto, apesar de ter sido de grande valia no passado, hoje a prática de custo histórico corrigido é considerada desatualizada no Brasil devido à extinção da correção monetária oficial após o plano real.
O que é o custo corrente?
Apesar de serem dois conceitos que comumente aparecem juntos, o custo corrente e o valor justo possuem diferenças muito claras conceitualmente.
O custo corrente refere-se ao valor para substituir um ativo atualmente, enquanto o valor justo é o preço pelo qual o ativo seria vendido em uma transação de mercado.
No passivo, o custo corrente representa o pagamento das obrigações pelo passivo na data de sua mensuração, menos os possíveis custos de transação nessa data. Também refletem os valores em moeda corrente que deveriam ser pagos, caso o ativo ou ativo equivalente fossem comprados recentemente.
Quais são as vantagens do custo histórico?
O custo histórico se destaca por ser uma metodologia transparente e simples, mas esses não são seus únicos atributos.
Dentre eles, destacam-se:
- transparência, eficiência e melhor avaliação e verificação dos relatórios contábeis;
- favorece dados comparativos entre os bens comprados em datas diferentes;
- é menos subjetivo por não se basearem valores estimados;
- de fácil identificação por todos que compartilham as informações financeiras;
- oferece importante apoio aos gestores sobre os movimentos financeiros.
Vamos entender um pouco mais as principais vantagens a seguir.
1. Simplicidade e Objetividade
Um dos principais atrativos do custo histórico é sua simplicidade. Como ele se baseia no valor efetivamente pago para adquirir um ativo, o registro é direto e sem margem para interpretações subjetivas. Isso torna o processo contábil mais claro e fácil de auditar.
A objetividade dos valores registrados facilita a compreensão dos relatórios financeiros, permitindo que investidores, credores e gestores avaliem rapidamente a situação financeira da empresa.
2. Transparência
A transparência é outra vantagem que se destaca quando o assunto é custo histórico.
Como os ativos são registrados pelo seu valor real de aquisição, qualquer pessoa que examine as demonstrações financeiras pode verificar facilmente o valor de compra dos bens.
Isso facilita a auditoria e o controle interno, reduzindo a possibilidade de manipulação dos dados contábeis e aumentando a credibilidade da análise.
3. Estabilidade e Consistência
Em um cenário econômico estável, o custo histórico fornece uma visão consistente e confiável dos ativos da empresa.
Ele não é influenciado por flutuações momentâneas no valor de mercado dos bens, o que oferece uma estabilidade na avaliação dos mesmos.
A consistência nos registros facilita a comparação entre diferentes períodos, uma vez que não há grandes alterações nos valores registrados de um ano para o outro, a menos que haja uma transação significativa no período.
4. Menor Complexidade Regulatória
Em muitos sistemas contábeis, o uso do custo histórico é amplamente aceito e recomendado.
A aderência ao custo histórico facilita o cumprimento das normas contábeis e reduz a complexidade regulatória, uma vez que os valores registrados são baseados em transações objetivas e verificáveis, sem necessidade de ajustes complexos durante a avaliação.
Quais são as desvantagens do custo histórico?
Como dito anteriormente, é comum que alguns profissionais da área, apesar da simplicidade da metodologia, questionem se o custo histórico é realmente a melhor forma de analisar bens ativos e passivos de uma empresa.
Isso porque, mesmo com tantas vantagens, o custo histórico também possui alguns pontos de alerta que precisam de atenção dos profissionais no momento da análise.
São alguns deles:
- dificuldade em sua aplicação no caso de grandes variações de preços de mercado;
- complicação em relação a atribuição de valor individualizado dos ativos que funcionam em conjunto com outros ativos;
- não identifica as mudanças nos custos e preços que afetam os demonstrativos contábeis;
- incoerência em relação aos balanços que representam a soma dos ativos comprados em diferentes datas, com diferenças no poder de compra;
- cálculos dos custos de depreciação sobre os valores que não consideram a variação da moeda;
- não considera as inovações de mercados e avanços tecnológicos;
- não informa as atualizações nos valores de mercado.
É importante entendermos algumas desvantagens à fundo:
1. Não reflete a valorização ou desvalorização do ativo
Uma das principais desvantagens do custo histórico é que ele não reflete a valorização ou desvalorização de ativos ao longo do tempo. Em cenários de inflação ou de mudanças rápidas no mercado, o custo histórico pode se tornar obsoleto, pois não leva em consideração a evolução do valor dos ativos. Isso pode levar a uma avaliação distorcida da real situação econômica da empresa.
Para ter uma visão mais completa desse cenário, imagine o seguinte exemplo: em uma economia com inflação alta, os valores registrados de bens imóveis, estoques ou equipamentos, com o passar dos anos, podem ser significativamente mais baixos do que o valor de mercado atual desses bens. Isso pode gerar uma percepção equivocada sobre o verdadeiro patrimônio da empresa.
2. Não reflete o valor real de mercado
O custo histórico, ao não levar em consideração as flutuações de mercado, pode não refletir o valor real dos ativos de uma empresa no momento em que a avaliação está sendo realizada.
Em setores de rápido crescimento, como o de tecnologia, onde os preços dos bens de capital podem cair ou aumentar drasticamente, a avaliação pelo custo histórico pode não ser útil para refletir a posição financeira atual da empresa.
Por exemplo, ativos tecnológicos podem se depreciar rapidamente, e o custo histórico não considera a obsolescência desses bens, tornando sua avaliação um pouco aquém do real valor de mercado.
3. Depreciação não condiz com a realidade econômica
A depreciação dos ativos com base no custo histórico pode não refletir a vida útil real de um ativo. Se uma empresa registrar a depreciação com base no custo histórico, o valor contábil de um ativo certamente irá se distanciar da realidade do mercado, especialmente quando ele é utilizado por mais ou menos tempo do que o previsto inicialmente.
Essa desconexão pode gerar distorções nos relatórios financeiros e, consequentemente, afetar a tomada de decisão, que se basearia em um valor engessado, desconsiderando as particularidades tanto dos bens quanto do momento em que a avaliação está sendo realizada.
4. Pouca relevância para decisões de mercado
Em mercados voláteis ou em empresas com grande quantidade de ativos imobilizados, como as que se enquadram no setor imobiliário ou de energia, o custo histórico pode fornecer informações de baixo valor estratégico.
Quando uma empresa está buscando investimento ou realizando uma análise comparativa com outras empresas, o valor histórico dos seus ativos pode não ser o indicador mais relevante, uma vez que ele não leva em conta o atual cenário econômico e a valorização dos ativos, fazendo com que ela perca seu “valor” de investimento, por exemplo.
Nesses casos, uma avaliação de bens que considere o valor atualizado dos ativos pode fazer mais sentido, estrategicamente falando.
5. Dificuldade para comparar com outras empresas
Por fim, o custo histórico pode dificultar a comparação entre empresas que possuem diferentes bases de aquisição, mesmo que possuam os mesmos ativos.
Empresas que adquiriram seus ativos em momentos diferentes, e sob condições econômicas distintas, terão custos históricos divergentes, o que pode prejudicar a comparabilidade entre elas, especialmente no caso de grandes fusões ou aquisições.
Nesse caso, assim como citado anteriormente, pode ser mais interessante do ponto de vista estratégico utilizar de outro tipo de metodologia para avaliação dos bens móveis e imóveis de uma companhia.
Como é feita a mensuração dos bens e valores contábeis da empresa?
Nos termos contábeis, mensurar é medir ou determinar o valor de determinados bens. Ou seja, identificar os valores monetários dos ativos que integram o patrimônio empresarial.
São diversas bases de mensuração empregadas em diferentes graus e combinações, que seguem a padronização do International Accounting Standards Board – IASB -, ou Quadro Internacional de Normas Contábeis.
Entre as bases de mensuração mais comuns, destacam-se: custos histórico e corrente e os valores atuais, justo, em uso e valor de cumprimento, que oferecem diferentes níveis de informação sobre os ativos e os passivos da empresa.
Independente das bases de mensuração escolhidas, os valores de entradas e saídas dos bens devem ser registrados com precisão e conformidade com a normatização vigente.
Quais são as principais bases de mensuração?
As bases de mensuração contábil determinam os princípios básicos do registro dos valores dos bens que compõem o patrimônio, considerando seus valores originais do momento das transações, como aquisição ou venda.
As bases de mensuração mais comuns são: custo histórico, custo corrente, valor realizável e valor presente, e devem ser aplicadas pela contabilidade de diferentes formas, de acordo com as especificações do modelo de negócio.
Vamos entender melhor cada uma delas.
1. Custo histórico
Este termo resume o registro de todos os ativos pagos ou a serem pagos em caixa pelo justo valor na data de aquisição.
O custo histórico também registra todos os passivos que foram, de alguma forma, recebidos por alguma circunstância pelos valores em caixa ou seu equivalente.
Ele mantém uma relação direta com o fluxo de caixa, sendo a base mais usada pelas empresas. Todos os valores tomados como base são os mesmos informados na data da aquisição dos ativos.
2. Custo corrente
Aqui temos o valor de entrada de um ativo. Ou seja, o valor pago pela aquisição de um determinado bem.
O custo corrente é diferente do valor justo e do valor em uso, por exemplo. Trata-se do custo de reposição de um ativo, ou o custo atualizado para adquirir um bem equivalente no mercado atual.
Temos também o custo corrente de passivo, que consiste no valor recebido pelo bem em questão na data de sua mensuração, abatido os custos de sua aquisição na mesma ocasião.
3. Valor realizável
Mensurar o valor realizável significa identificar o valor que se espera receber pela venda de um ativo ou o custo para liquidar um passivo.
Já o passivo é mensurado pelo valor realizável, mantendo seus valores em caixa sem o desconto do que seria pago pela liquidação das obrigações ao longo das operações normais da organização.
4. Valor presente
Mensurar um ativo pelo valor presente significa que seu registro mantém o seu valor atual, menos o fluxo de entrada líquida de caixa, ao longo das operações normais da empresa.
Nesse sentido, o valor presente consiste na quantia atual de fluxos de caixa futuros, descontados a uma taxa apropriada.
Exemplos práticos de custo histórico
O custo histórico pode ser aplicado em diferentes cenários – e por isso é fundamental que entendamos alguns dos mais comuns:
- compra de imóveis;
- equipamentos de produção;
- estoques.
1. Compra de Imóveis
Imagine que uma empresa adquira um imóvel por R$ 2.000.000,00 em 2020. Em 2025, o valor de mercado do imóvel suba para R$ 3.000.000,00 devido a uma valorização da área onde ele está localizado.
Nesse cenário, para efeitos contábeis onde a avaliação dos bens será feira com base no custo histórico, o imóvel continuará sendo registrado no balanço patrimonial pelo valor de R$ 2.000.000,00, refletindo a quantia paga na data da compra.
2. Equipamentos de Produção
Suponha que uma indústria adquira uma máquina para produção por R$ 500.000,00. Ao longo dos anos, essa máquina perde seu valor devido ao desgaste natural advindo do seu uso constante e à inovação tecnológica, que trouxe soluções muito mais completas e robustas.
Ao utilizar o custo histórico para essa avaliação, a depreciação contábil será calculada com base no valor de aquisição (R$ 500.000,00), o que pode não refletir a condição real da máquina no mercado de segunda mão.
Nesse cenário, a máquina estaria sendo avaliada com um valor superior ao que ela de fato vale, o que poderia dificultar, por exemplo, a sua venda, uma vez que o valor do equipamento não condiz com a realidade do mercado.
3. Estoques
Se uma empresa garante a matéria prima da produção por R$ 100.000,00 em janeiro de 2020, o valor registrado de seu estoque será o custo histórico de R$ 100.000,00.
No entanto, se os preços dessas matérias-primas aumentarem significativamente devido à inflação ou outros fatores de mercado ao longo dos próximos meses ou anos, o custo histórico continuará sendo R$ 100.000,00, o que pode não refletir o valor real de reposição.
Esses exemplos são fundamentais para entendermos como o custo histórico se aplica, quais são suas vantagens e, principalmente, qual a razão de existirem tantas divergências entre profissionais do setor contábil quando questionados se vale a pena ou não considerar essa metodologia de análise.
Qual a diferença entre custo histórico, custo histórico corrigido e custo de reposição?
Basicamente as modalidades de registros dos ativos e dos passivos pelo custo histórico, custo histórico corrigido e o custo de reposição diferem entre si pela forma de mensurar seus valores de origem.
Isso significa que o valor da transação ou a forma como esse valor será reposto ou corrigido monetariamente em um determinado período vai depender da modalidade de registro de ativos e passivos escolhido pela empresa.
Apesar das diferenças, a objetividade está entre as principais características comuns às três formas.
Vamos entender melhor as particularidades do custo histórico corrigido e do custo de reposição.
Custo histórico corrigido
De fácil utilização, o custo histórico corrigido permite comparar os valores em datas diferentes daquela da aquisição.
Alguns especialistas acreditam que os relatórios formulados com base em custos históricos corrigidos podem não refletir a realidade financeira da empresa.
Essa metodologia permite correção monetária nos moldes da legislação societária e a correção integral.
A correção passou a ser obrigatória para a contabilidade dos ativos permanentes e do patrimônio líquido desde que a lei das sociedades por ações, de 15 de dezembro de 1976, foi sancionada.
Ela também foi estendida para todos os tipos de sociedades pelo Decreto Lei 1598 de 1977. No entanto, apesar da exigência legal, a prática é realizada somente para fins fiscais.
Custo de reposição
Relacionado ao preço dos itens ou mercadorias compradas no futuro, o custo de reposição também é conhecido como next in first out (NIFO). Ele considera que o registro do lucro deva ocorrer da diferença entre a receita e o custo futuro da peça vendida.
Nesse cenário, no entanto, os estoques não devem ser avaliados com base em preços futuros, e sim considerando os valores atuais ou presentes.
Tenha em mente que através da metodologia de custo de reposição, os avanços tecnológicos devem ser considerados no momento da reposição. Valores de entradas e de saídas também devem ser considerados nessa modalidade.
Qual a diferença entre custo histórico e valor justo?
Profissionais da contabilidade destacam que as diferenças mais comuns entre custo histórico e valor justo é que o primeiro é mais objetivo, equivalente ao valor de aquisição do ativo.
O valor justo, por sua vez, se refere ao preço real e atual de um ativo em determinada negociação.
Na contabilidade, o custo histórico está definido na International Accounting Standards (IAS 16) e o valor justo na International Financial Reporting Standards – IFRS 13.
A International Accounting Standards (IAS 16) define o tratamento contábil de ativos fixos, incluindo o uso do custo histórico para registrar ativos tangíveis.
Por outro lado, a International Financial Reporting Standards – IFRS 13 especifica como mensurar o valor justo, incluindo as premissas de mercado e os métodos de avaliação.
Em relação ao valor patrimonial, o custo histórico é discreto e obsoleto, enquanto o valor justo expõe o valor atual de mercado.
Custo histórico
Importante medida de valor discriminada no balanço patrimonial, o custo histórico de um ativo registra seu valor original. Esse método está de acordo com os princípios contábeis da GAAP, Generally Accepted Accounting Principles.
Trata-se, portanto, de um conjunto de leis e normas que devem ser seguidas pelos profissionais da Contabilidade e que padronizam as operações empresariais.
Nesse sentido, o custo histórico o ativo é registrado pelo seu valor contábil líquido, considerando seu custo inicial abatido o valor da depreciação acumulada.
Valor justo
Apesar de todos os ativos estarem sujeitos às mudanças do mercado, bem como depreciações e desvalorizações, o valor justo reflete sempre o preço atual. Este deve seguir as normas da IFRS 13 que regulamenta a forma como os valores dos ativos devem ser mensurados pelo valor justo.
Pelo valor justo, o preço de saída é o valor de mercado pelo qual o ativo pode ser comercializado. Por esse método, o ativo não circulante é registrado, abatendo os percentuais de sua depreciação.
Títulos de investimentos como letras do tesouro, papel comercial, certificado de depósito (CD) também podem ser avaliados pelo valor justo.
Além do valor atual, o valor justo permite informar a capacidade da organização em obter recursos financeiros por meio de alienação dos ativos.
Por outro lado, o valor justo obedece regras que podem ser compatíveis com a realidade de instituições públicas; dificulta a aplicação para os bens que não possuam mercados completos; possui custo administrativo alto quando aplicado em determinados ativos, entre outros.
Por que cada vez mais empresas estão aderindo ao valor justo no Brasil?
O aumento considerável de empresas aderindo ao valor justo no Brasil se dá, principalmente, graças à adesão das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS).
Essa mudança significa que as empresas passaram a adotar critérios mais objetivos e transparentes para mensurar e divulgar seus ativos e passivos, com base em valores de mercado, ao invés de custo histórico.
Para as instituições, essa mudança traz desafios significativos, uma vez que surge a necessidade de ajustes constantes nos relatórios financeiros e a maior volatilidade nos resultados, já que os ativos podem sofrer variações de valor dependendo das condições do mercado.
Apesar dos desafios, no entanto, a transição também representa uma oportunidade de maior transparência e credibilidade perante investidores e stakeholders, além de alinhar a contabilidade brasileira aos padrões globais, facilitando comparações internacionais e o acesso a capital.
Quando o custo histórico é a melhor alternativa?
Apesar de ser uma abordagem tradicional, o custo histórico ainda é relevante em muitas situações. Ele é uma base sólida de valor, relacionada diretamente ao fluxo de caixa da empresa, refletindo quanto foi pago pelos ativos.
Contudo, a implementação das normas contábeis mais recentes têm gerado dificuldades para os profissionais da área, especialmente no que se refere ao controle de bens patrimoniais e imóveis.
O custo histórico é ideal para empresas que operam em mercados estáveis e não enfrentam grandes flutuações econômicas. Ele é mais adequado para negócios que não possuem ativos intangíveis significativos ou em mercados onde a inflação não seja uma preocupação constante.
Além disso, o custo histórico é útil para pequenas e médias empresas, onde a simplicidade no processo contábil é uma vantagem que garante não só a facilidade no processo de análise, como também a celeridade na realização dessas atividades.
Conclusão
Como explicado ao longo deste artigo, realizar a mensuração contábil adotando as bases do custo histórico e suas variações é uma forma de registrar os valores dos ativos pelo seu custo de aquisição ou também pelo preço atual de mercado.
Essa variação depende do modelo escolhido, desde que este atenda as normas nacionais e internacionais que regem as diretrizes da Contabilidade. A escolha também poderá intervir ou não nos resultados do balanço patrimonial bem como na avaliação feita de acordo com os dados de mercado.
Para encontrar o melhor modelo para cada tipo de negócio é importante contar com uma equipe especialista que saiba realizar uma avaliação independente e impessoal dos ativos e passivos de uma empresa.
Assim, seguindo o método de avaliação desejado ou indicado, você garante a não interferência da organização e apresenta resultados que são mais reconhecidos pelo mercado.
São empresas especializadas como a Investor que conta com profissionais qualificados e preparados para realizar avaliações por meio da aplicação do que é valor histórico e suas variações.
Com foco no mercado, buscamos mensurar o valor dos ativos e passivos de forma independente, garantindo resultados reais e sem informações enviesadas.
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