IFRS na Contabilidade: Razões e Efeitos do Ajuste às Normas

 

Introdução

Se você e sua equipe ainda têm dúvidas sobre o IFRS na contabilidade, está na hora de compreender como essas normas internacionais são fundamentais para o sucesso do seu negócio. 

A padronização contábil proporcionada pelo IFRS facilita a comunicação entre empresas de diferentes países e eleva a credibilidade de sua organização no mercado global, além de reduzir custos e aumentar as oportunidades de crescimento e investimento do negócio.

Com a globalização e a complexidade crescente das transações internacionais, surgiu a necessidade de uma padronização para tornar as informações financeiras mais confiáveis e comparáveis entre países.

Antes do IFRS, as práticas contábeis variavam bastante, dificultando a análise econômica de diferentes negócios. O IFRS na contabilidade, portanto, trouxe uma linguagem comum, consolidando-se como padrão internacional.

Quer saber mais sobre o que é IFRS, o que mudou e como começar a aplicar essa norma contábil internacional no seu negócio? Continue a leitura.

O Que é IFRS na Contabilidade?

O IFRS na contabilidade, sigla para International Financial Reporting Standards, consiste em um conjunto de normas internacionais de contabilidade emitido pelo IASB (International Accounting Standards Board), órgão responsável pela elaboração e atualização das normas.

O principal objetivo do IFRS na contabilidade é promover uma maior uniformidade nos procedimentos contábeis adotados por empresas de diversos países, facilitando a comparação e interpretação das demonstrações financeiras, independentemente da localização geográfica.

Para empresas multinacionais ou que possuem ações negociadas em bolsas internacionais, o IFRS é uma ferramenta essencial. Sua aplicação permite que investidores, analistas e demais partes interessadas tenham uma visão clara e uniforme da situação financeira da empresa, independente da localização ou do setor de atuação.

Além disso, para as empresas que ainda não têm operação internacional, o IFRS na contabilidade representa uma oportunidade de modernização e transparência, atributos que certamente são valorizados pelo mercado e pelos investidores.

Por Que Houve a Adequação do IFRS na Contabilidade no Brasil?

Antes da adequação das normas brasileiras ao IFRS na contabilidade, as empresas nacionais com ações negociadas em bolsas estrangeiras enfrentavam o desafio de preparar duas versões de suas demonstrações financeiras: uma seguindo as normas contábeis brasileiras e outra conforme as normas internacionais.

Essa duplicidade de informações implicava em maiores custos, tanto em termos de tempo quanto em recursos financeiros, pois exigia que a empresa passasse por processos redundantes e trabalhosos para atender aos requisitos legais de diferentes países.

Para resolver esse problema, o Brasil optou por adotar o IFRS na contabilidade, que foi regulamentado pela Lei 11.638/07 e adaptado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Essa legislação estabeleceu as bases para a convergência das normas contábeis brasileiras às internacionais.

Essa padronização contábil não apenas ajudou as empresas a reduzir custos, mas também garantiu maior transparência e credibilidade no mercado global.

Mudanças em Decorrência da Adequação às Normas Internacionais de Contabilidade

Padronizar as normas contábeis brasileiras resultou em diversas mudanças significativas para as empresas. Se adequar à nova norma contábil exigiu que empresas adequassem:

• a definição do ativo;
• os impactos da mudança;
• a divulgação de fluxos de caixa;
• a geração e distribuição  de riquezas;
• as empresas impactadas pela nova norma contábil.

Vamos entender cada um desses pontos a seguir.

Definição do Ativo

Antes da adoção do IFRS, a definição de ativo nas demonstrações contábeis estava muito associada à propriedade física dos bens pela empresa. Com a padronização, a abordagem foi ampliada para um conceito mais inclusivo, em que o controle sobre o ativo — e não necessariamente a posse formal — passou a ser o principal critério para sua classificação.

Atualmente, para que um bem seja classificado como ativo, não é necessário que ele esteja formalmente em posse da empresa; basta que esta tenha controle sobre ele e que ele possa gerar benefícios econômicos futuros.

Impactos da Mudança

Essa mudança tem grande impacto para as empresas, permitindo uma avaliação mais precisa e transparente de ativos intangíveis, como patentes, marcas registradas, direitos autorais, softwares e listas de clientes, que agora são reconhecidos e valorizados de maneira mais robusta nas demonstrações financeiras.

A norma IFRS 3 (combinação de negócios) estabelece diretrizes claras para a contabilização de ativos intangíveis adquiridos em fusões e aquisições, enquanto a IFRS 38 (ativos intangíveis) rege o reconhecimento e a mensuração desses ativos, garantindo que sejam refletidos de maneira justa e precisa nos balanços.

Isso reflete mais fielmente a realidade econômica da empresa, destacando a importância dos intangíveis no valor patrimonial e na criação de valor futuro, além de melhorar a qualidade e precisão das informações contábeis, conforme as normas IFRS.

Divulgação de Fluxos de Caixa

Outro ponto importante é a obrigatoriedade de divulgar os fluxos de caixa, estabelecida pela Lei 11.638/07. Com essa exigência, as empresas passaram a ter que apresentar de forma detalhada a origem e o destino de seus recursos, proporcionando maior clareza sobre a maneira como gerenciam suas finanças.

Essa informação é essencial para investidores e analistas financeiros, pois possibilita uma avaliação mais precisa do desempenho financeiro e da saúde econômica das empresas, especialmente para quem adota o IFRS na contabilidade.

Geração e Distribuição de Riquezas

Além disso, o IFRS na contabilidade introduziu a obrigatoriedade de incluir informações sobre a geração e distribuição de riquezas, proporcionando uma visão mais completa e transparente do impacto econômico das empresas.

Esse aspecto é particularmente relevante para as sociedades de capital aberto, que precisam atrair a confiança de acionistas e investidores por meio de práticas contábeis rigorosas e consistentes.

Empresas Impactadas

Embora o IFRS tenha sido implementado inicialmente para atender às Sociedades Anônimas de Capital Aberto – que possuem ações negociadas no mercado e, portanto, são mais visadas pelos investidores – sua aplicação foi estendida também para outras empresas.

Pequenas e médias empresas, além daquelas sem capital aberto, começaram a adotar o IFRS na contabilidade, o que tem atraído o interesse de investidores que buscam maior transparência e rigor contábil. Essa transição não apenas permite um acesso facilitado ao mercado global, mas também abre portas para novos investidores que valorizam a conformidade com as melhores práticas internacionais.

Muitos investidores preferem organizações que estão em conformidade com as normas internacionais, pois entendem que essa prática reduz os riscos financeiros e aumenta a confiabilidade nas informações divulgadas.

Quais os benefícios da adequação às normas internacionais de contabilidade?

A adoção das normas IFRS trouxe grandes benefícios para empresas brasileiras, especialmente na padronização das demonstrações financeiras. Esse alinhamento facilita a análise de desempenho pelas partes interessadas, como investidores e analistas, e aumenta a transparência. Com isso, o Brasil se torna um mercado mais atrativo para o capital estrangeiro, impulsionando o desenvolvimento econômico.

Além disso, a padronização contábil trouxe maior eficiência operacional para as empresas. Com processos unificados, há redução de custos e economias de tempo, transformando a contabilidade em uma ferramenta estratégica para gestão e decisão. Assim, o IFRS vai além de obrigações fiscais, agregando valor ao negócio.

Empresas que contam com especialistas em IFRS, como a Investor, otimizam os benefícios da adequação. Esse suporte técnico fortalece a governança e garante que as práticas contábeis atendam às exigências legais e às expectativas do mercado global, promovendo transparência e atraindo investidores.

Embora a transição para o IFRS possa representar um desafio significativo para muitas empresas, especialmente no que tange à adaptação de processos internos, os benefícios de longo prazo superam as dificuldades iniciais, proporcionando não apenas conformidade, mas uma vantagem estratégica no mercado global. 

Dentre as principais motivações para a adoção dessas normas, temos:

1. globalização dos mercados financeiros;
2. mais transparência e confiabilidade;
3. fácil acesso ao mercado de capitais;
4. redução dos custos de conformidade.

Vamos entender melhor cada uma delas a seguir.

1. Globalização dos mercados financeiros

A globalização da economia e a crescente interdependência entre os mercados financeiros tornaram necessária a criação de um padrão contábil único. 

Empresas que atuam em diferentes países enfrentam desafios ao tentar consolidar suas demonstrações financeiras, uma vez que as normas contábeis variam de um país para outro. 

Nesse sentido, o IFRS resolve o problema ao estabelecer uma linguagem financeira comum, o que facilita a comparação de empresas de diferentes países e setores.

Além disso, a internacionalização das operações empresariais exige maior transparência e consistência nas informações financeiras.

Investidores e analistas financeiros necessitam de dados que permitam uma análise objetiva e comparativa das empresas ao redor do mundo. Isso torna a adoção do IFRS uma escolha estratégica para organizações que buscam atrair investimentos globais e operar de maneira eficiente em mercados internacionais.

2. Mais transparência e confiabilidade

As normas internacionais de contabilidade exigem maior transparência na apresentação das informações financeiras. O IFRS favorece a utilização de princípios baseados em regras de mercado, com uma ênfase em divulgar não apenas os números, mas também os pressupostos e métodos adotados pelas empresas.

Por exemplo, o IFRS exige que as empresas revelem detalhadamente a avaliação de ativos intangíveis, como a marca e a propriedade intelectual, o que pode não ser tão claro nas normas contábeis locais. Com isso, a adoção do IFRS pode resultar em uma maior confiabilidade das informações financeiras. 

Investidores e outros stakeholders podem ter maior confiança nas demonstrações financeiras das empresas que seguem as normas internacionais, uma vez que as informações são mais completas, precisas e consistentes ao longo do tempo.

3. Fácil acesso ao mercado de capitais

A adoção do IFRS facilita o acesso das empresas aos mercados de capitais internacionais, uma vez que muitas bolsas de valores ao redor do mundo exigem que as empresas listadas sigam as normas internacionais de contabilidade.

Além disso, investidores estrangeiros, ao buscar oportunidades em mercados internacionais, preferem avaliar empresas cujas demonstrações financeiras são preparadas de acordo com normas reconhecidas globalmente.

Com a adoção do IFRS, as empresas podem se beneficiar de uma base mais ampla de investidores, reduzir custos de compliance e aumentar sua visibilidade no mercado global. Em um cenário competitivo, essa acessibilidade a um mercado de capitais mais amplo pode ser um fator decisivo para o crescimento e sucesso de uma companhia.

4. Redução de custos de conformidade

Antes da adoção do IFRS, empresas multinacionais frequentemente precisavam preparar demonstrações financeiras separadas de acordo com as normas contábeis de cada país onde operavam, o que gerava custos elevados com auditorias e o gerenciamento de múltiplos sistemas contábeis.

Agora, a uniformização das normas contábeis através do IFRS permite que as empresas preparem suas demonstrações financeiras de maneira consistente em todas as jurisdições, resultando em uma redução significativa nos custos de conformidade.

Com o IFRS, as empresas podem consolidar suas operações internacionais de maneira mais eficiente, com menor custo e maior eficiência, uma vez que a mesma base de informações contábeis será utilizada para todos os países onde a organização possui operações.

Onde Realizar a Avaliação dos Seus Ativos?

Se você deseja que sua empresa aproveite ao máximo as vantagens oferecidas pelo IFRS na contabilidade, considere buscar o apoio de especialistas da área. A adequação ao IFRS não é apenas uma questão de conformidade legal, mas uma oportunidade estratégica para aumentar a competitividade da sua organização.

Neste contexto, a Investor é a melhor opção para quem quer investir em uma consultoria empresarial especializada em avaliações, devido à vasta experiência e conhecimento no mercado.

Com uma equipe de profissionais altamente qualificados e especializados em avaliar os ativos de uma empresa, oferecemos análises precisas e confiáveis, fundamentadas em metodologias específicas e na análise de diversos fatores que influenciam o valor de mercado de uma empresa.

Os nossos principais serviços são:

• Finanças Corporativas;
• Consultoria em Infraestrutura e Concessões;
• Consultoria Imobiliária;
• Gestão do Ativo Imobilizado.

Em todas as áreas, possuímos uma abordagem personalizada e focada no cliente, o que permite entender as necessidades específicas de cada empresa atendida, oferecendo soluções sob medida para cada situação.

A Investor se destaca no mercado devido à reputação sólida, construída ao longo do tempo por meio de um histórico consistente de sucesso e pela satisfação de nossos clientes, que confiam na especialização e na qualidade das análises oferecidas pela empresa.

Solicite um orçamento preenchendo o nosso formulário de contato. Se preferir, fale agora com um especialista da Investor Avaliações através do WhatsApp e descubra como a nossa consultoria empresarial pode agregar valor ao seu negócio.

Permita-nos ser o parceiro que o ajudará a tomar decisões estratégicas fundamentadas e a alcançar os seus objetivos empresariais

Conclusão

Em um ambiente de negócios cada vez mais globalizado, a adoção do IFRS na contabilidade se mostrou essencial para as empresas que desejam estar em sintonia com as melhores práticas contábeis do mundo.

As normas internacionais de contabilidade permitem que as empresas se apresentem de forma mais confiável e transparente, facilitando a comunicação financeira com investidores e outras partes interessadas.

Para organizações brasileiras, a adoção dessas normas representa um avanço significativo, que fortalece sua posição no mercado e abre portas para novas oportunidades de crescimento e investimento.