A gente já falou por aqui sobre a escolha do melhor plano de previdência privada para você. E umas das principais dúvidas que surgem na hora de contratar um é sobre o regime de tributação. Progressivo ou regressivo, qual escolher?
Não é por menos. Imagine só você fazer um investimento de longo prazo, pensando no seu futuro financeiro e, lá na frente, quando for resgatar o valor investido, descobrir que vai pagar o triplo de impostos.
Isso é um exemplo do que pode acontecer se você fizer a escolha inadequada do regime de tributação do seu plano. Aqui, nós vamos falar mais sobre isso, explicar como ambos funcionam e como definir o melhor para cada caso.
Além disso, nós também preparamos uma calculadora digital que vai mostrar a melhor opção para você. Ela põe na conta todos os fatores a serem considerados na hora de definir entre os modelos progressivo ou regressivo.
Regressivo ou Progressivo? Calcular agora!
Como já sabemos, incluir a previdência privada no seu planejamento a longo prazo vai ajudar a garantir maior tranquilidade e segurança financeira no futuro, seja como complemento à previdência social, para diversificar suas opções de investimento e assegurar maior proteção patrimonial.
Na escolha do seu plano, já deve ter atentado para a principal diferença entre o PGBL e VGBL, que está justamente na tributação, com o primeiro deles possibilitando abatimento do Imposto de Renda no modelo completo da declaração.
No modelo tributário progressivo, as alíquotas de Imposto de Renda aumentam à medida que o valor resgatado do plano de previdência também aumenta. Isso significa que quanto maior o valor que você retirar do plano, maior será a taxa de imposto que você pagará sobre os ganhos obtidos.
Esse regime é semelhante ao da renda tributável no país, e acompanha a tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física. Ou seja, funciona como o imposto que pagamos em nossos salários, que também sobe conforme a renda.
Para quem planeja resgatar pequenas quantias do plano ao longo do tempo, o modelo progressivo pode ser mais vantajoso, pois as alíquotas iniciais geralmente são mais baixas. Além disso, em algumas situações, é possível obter deduções fiscais ao contribuir para o plano, o que pode reduzir o imposto devido no momento do resgate.
No entanto, uma desvantagem significativa desse modelo é que ele pode se tornar muito oneroso para grandes resgates de uma só vez, especialmente em casos de valores substanciais na aposentadoria.
Outro ponto importante é que, no modelo progressivo, todos os recebimentos do plano de previdência privada devem ser somados à renda tributável na hora da declaração anual do Imposto de Renda. Vale lembrar que, no caso de aposentadoria, o INSS também deve ser considerado, pois o valor do benefício faz parte dos rendimentos tributáveis.
Como dissemos logo acima, neste caso esses rendimentos ficarão sujeitos à tabela progressiva do Leão, com as alíquotas variando de 0% a 27,5% conforme a base de cálculo.
De maneira resumida, o regime tributário progressivo se torna atraente para quem define prazos mais breves de resgate, em geral inferiores a 10 anos, e pretende fazer saques periódicos que não ultrapassem R$33.919,80 por ano, mantendo a alíquota em 0%.
Em contraste, o modelo tributário regressivo é caracterizado por alíquotas de imposto de renda que diminuem à medida que o tempo de acumulação no plano aumenta. Isso significa que quanto mais tempo você mantiver o dinheiro investido no plano, menos imposto de renda você pagará sobre os ganhos.
Esse modelo é muitas vezes chamado de “tabela regressiva” ou “tributação decrescente”. Seu principal benefício é justamente essa redução da carga tributária ao longo do tempo. Isso é especialmente vantajoso para quem planeja manter o dinheiro no plano de previdência por um período maior.
Outra diferença desse modelo para o anterior é que o regime regressivo não tem nada a ver com sua renda tributável total. As alíquotas do Imposto de Renda neste caso começam em uma porcentagem elevada, de 35%, e caem cinco pontos percentuais a cada dois anos de investimento, até chegar ao mínimo de 10% a partir de 10 anos.
Como nenhum outro investimento hoje no Brasil tem uma alíquota de Imposto de Renda inferior a essa, o regime regressivo tende a atrair investidores de longo prazo, que pretendem manter suas aplicações por mais de uma década.
No entanto, vale lembrar que esse período toma por base a data de cada aplicação, ou seja, se você fizer aportes mensais, por exemplo, o que conta é o histórico deles, a começar dos mais antigos para os mais recentes.
Quando escolhemos nosso plano de previdência privada, precisamos definir também qual vai ser o regime tributário que será aplicado a ele. E nessa hora, a omissão pode ter impactos significativos.
Anote aqui mais uma dica importantíssima: se não fizer a opção deliberada pelo modelo tributário do seu plano, automaticamente o regime progressivo será atribuído a você.
Se qualquer investimento a longo prazo requer o máximo de cautela e planejamento, uma estratégia progressiva exige ainda mais atenção, pois ela prevê um consequente aumento dos gastos com tributação no futuro.
A contratação de um plano de previdência privada definitivamente não é um momento de deixar que a vida faça as escolhas por você. Lembra do exemplo que a gente citou lá no começo do texto?
Imagine o caso de uma pessoa que pretendia fazer um resgate de um valor de R$1.200.000,00 investidos há mais de uma década em um plano de previdência privada do tipo PGBL progressivo.
Por se tratar de um PGBL, a tributação incide sobre o valor total da aplicação. No formato progressivo, a taxa correspondente à renda do beneficiário, de cerca de R$180.000,00 por ano, também deve ser somada à contabilidade da declaração do IR .
Dessa forma, a renda total tributável dessa pessoa no ano supera o limite da tabela progressiva do Imposto Renda, incidindo sobre ela a alíquota integral de 27,5%. No fim das contas, dos R$1.200.000,00 investidos, ele resgataria um valor líquido de cerca de R$870.000,00
Neste caso, aproximadamente R$330.000,00 ficariam para o Leão.
Agora vamos calcular qual seria o valor do resgate se esse investidor tivesse optado pelo mesmo plano, mas com regime regressivo.
Como a fase de acumulação do investimento já havia terminado há mais de 10 anos, a alíquota de Imposto de Renda incidente seria de 10%, apenas. Assim, sobraria líquido R$1.080.000,00, com R$120.000,00 pagos em impostos. É quase um terço do que teria sido tributado na situação anterior.
A diferença entre os dois casos significou um gasto desnecessário de R$210.000,00 em impostos.
Isso quer dizer que o regime progressivo seja pior? Não. Isso quer dizer que a escolha do modelo tributário do seu plano de previdência privada mais adequado aos seus objetivos, perfil e situação econômica é imprescindível ao bom planejamento das suas finanças a longo prazo.
Se você não fez essa escolha na hora de contratar seu plano e se arrependeu, ou se deu conta de que optou por um modelo de tributação desvantajoso, deve estar se perguntando agora se é possível voltar atrás.
A resposta é que depende do caso. Vamos lá:
Para isso, primeiro você precisa fazer uma portabilidade de plano. Depois de encerrada a portabilidade externa, você deve solicitar à seguradora a alteração do regime tributário. Neste caso, atenção para o fato de que a data do aporte para definição da taxa que será retida pelo Imposto de Renda no momento do resgate passará a ser a da troca do regime tributário.
Se você se encontra na situação contrária e concluiu que o modelo de tributação progressivo seria mais vantajoso para seu planejamento financeiro a longo prazo, infelizmente não terá essa possibilidade. O jeito é repensar sua estratégia financeira e/ou adequar-se à expectativa de menor rendimento ou gastos futuros.
Por isso, é muito importante sempre levar em conta todos os gastos potenciais de recursos voltados aos investimentos, incluindo a carga tributária que incide sobre eles. Reduzir o Imposto de Renda com seus investimentos é uma forma de contribuir para seu futuro financeiro, aproveitando ao máximo o sistema tributário brasileiro.
Regressivo ou Progressivo? Calcular agora!
Como já deu para notar, a melhor estratégia começa sempre com um cuidadoso planejamento financeiro e muita seriedade na tomada de decisão quando se trata de qualquer investimento, ainda mais se nos programamos a longo prazo.
A escolha entre um modelo tributário progressivo e regressivo depende das suas circunstâncias financeiras pessoais e dos seus objetivos de investimento. Veja algumas dicas para ajudar você a fazer a melhor escolha para seu plano de previdência privada:
Se você planeja manter o dinheiro investido por um longo período, o modelo regressivo pode ser mais vantajoso devido à redução das alíquotas ao longo do tempo.
Se você espera resgatar uma grande quantia de uma só vez, o modelo progressivo pode resultar em um imposto mais alto sobre os ganhos. Nesse caso, vale a pena calcular o impacto tributário em ambas as opções.
Se você busca benefícios fiscais imediatos ao contribuir para o plano, o modelo progressivo pode oferecer deduções fiscais que o modelo regressivo não possui.
Um consultor financeiro ou contador pode ajudá-lo a entender melhor como cada modelo afetará suas finanças pessoais e auxiliar na tomada de decisão.
Por fim, é essencial fazer sempre uma análise cuidadosa do seu planejamento previdenciário e revisá-la frequentemente, considerando as implicações fiscais de cada plano e regime de tributação. Confira alguns avisos importantes:
A escolha do modelo tributário do seu plano de previdência é uma decisão importante que pode afetar diretamente, e de maneira bastante significativa, o seu futuro financeiro. Tanto o modelo progressivo quanto o regressivo têm suas vantagens e desvantagens, e a escolha certa depende das suas circunstâncias pessoais e objetivos financeiros.
É fundamental avaliar cuidadosamente as implicações fiscais de cada modelo e, se necessário, buscar orientação de um profissional financeiro para tomar a decisão mais adequada ao seu caso. Lembre-se de que a previdência é uma parte fundamental do planejamento financeiro de longo prazo, e tomar a decisão certa pode fazer uma grande diferença no seu futuro financeiro.
Acesse a calculadora de Regime Progressivo ou Regressivo da Investor Avaliações para saber qual o melhor modelo tributário para seu plano de previdência privada!
Regressivo ou Progressivo? Calcular agora!
Índice Ministério de Portos e Aeroportos lança plano estratégico com 1.500 projetos até 2035 Decisão…
Índice Atlético Mineiro lidera ranking das SAFs mais valiosas do Brasil Softplan adquire Runrun.it e…
Índice Maior Carteira de Leilões Portuários da História Enfrenta Desafios para Atração de Concorrentes EcoRodovias…
Índice M&As no setor de tecnologia já superam as expectativas em 2024 Fleury adquire laboratório…
Índice O que é o CPC 34? Objetivo do CPC 34 Atividades Envolvidas na Exploração…
Índice Governo lança programa para otimizar concessões rodoviárias ANTT marca audiência pública para concessão da…