Você sabe o que é o CPC 15?
Essa é uma dúvida muito comum entre gestores e empresários. Entender a relação entre o CPC 15 e o laudo PPA é fundamental para garantir que todas as obrigações contábeis e fiscais da empresa estejam em dia.
Para evitar erros e atrasos nos registros e balanço contábeis da empresa, é fundamental manter uma rotina de avaliação de bens imóveis e bens móveis, bem como todos os tipos de ativos e passivos da instituição.
Pensando nisso, decidimos criar um conteúdo completo desmistificando a CPC 15, explicando o que é o Laudo PPA e todas as demais informações fundamentais para o bom funcionamento da sua empresa.
Quer saber mais sobre o tema? Continue a leitura.
O CPC 15 é responsável por regular a forma com que as empresas irão contabilizar todas as operações de aquisição do controle societário:
No Brasil é comum encontrarmos muitas diferenças em procedimentos utilizados na área contábil e em demais áreas de atuação das empresas.
Para conseguir gerenciar todos esses procedimentos e garantir que ele sejam feitos da forma mais eficiente e padronizada possível, é preciso criar um conjunto de regras para que as empresas possam seguir e se nortear a partir dessas.
Por isso, foi necessário instituir o CPC 15, que possui como objetivo aprimorar a relevância, a comparabilidade e a confiabilidade de informações que a empresa fornece em suas demonstrações contábeis referentes a combinação de negócios e os efeitos que essas combinações podem causar.
Para padronizar os diversos aspectos da combinação de negócios e demonstrações contábeis, o CPC 15 estabelece a forma com que as empresas:
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O CPC 15 estabelece todos os princípios e as exigências para a aplicação do método de aquisição.
Além disso, ele também é responsável por determinar quais são as informações que precisarão ser divulgadas para que todos os envolvidos consigam avaliar as demonstrações contábeis da empresa, a natureza desses dados e como eles podem influenciar nas finanças da instituição.
É importante pontuar, inclusive, que o método de aquisição tradicionalmente envolve quatro passos primordiais:
O valor pago em uma combinação de negócios e o valor real do patrimônio são diferenciados por três informações importantes:
Tendo isso em mente, é possível responder à pergunta mais comum: como as cláusulas de retenção em combinações de negócios podem afetar o valor ágil?
Antes do CPC 15, o ágil gerado na combinação de negócios de uma empresa dispensava o tratamento contábil, o que por consequência sugere que ele seja amortizado de forma automática.
Na prática, podemos identificar, por exemplo, que uma empresa será comprada pelo valor de R$1 milhão, somando todos os ativos da instituição. Nesse exemplo, podemos considerar que a empresa possui passivos de R$200 mil, que não foram considerados no momento de estabelecer o valor referente à soma dos ativos.
Nesse cenário, se a empresa está sendo comprada por R$1 milhão devido à soma de ativos, mas possui R$200 mil em passivos, naturalmente presumimos que o valor mais justo para sua comercialização seria de R$800 mil.
No entanto, o valor justo é encontrado quando os ativos e passivos da empresa são devidamente precificados a mercado na data prevista da operação.
Por isso, nesse exemplo, a empresa poderia ter R$1 milhão em ativos e R$200 mil em passivos reconhecidos por custo na base contábil mas que, após a avaliação minuciosa de um especialista, foi identificado que os ativos valem R$1,2 milhão, o que justificaria o valor que está sendo cobrado.
Por isso é tão importante que o Laudo PPA seja elaborado de forma eficiente e completa: é através dele que iremos identificar quais são os ativos intangíveis que não foram contabilizados, precificá-los corretamente e alocá-los da forma mais adequada.
Para identificar os valores justos, é preciso considerar também:
Para além dessas informações que naturalmente deverão ser implantadas em uma planilha de controle, existem outros dados menos palpáveis que precisam ser considerados:
Todas essas informações são muito teóricas e abrem espaço para várias interpretações, e é por isso que ter uma norma para estabelecer padrões nesses procedimentos é tão importante.
É possível que a combinação de negócios seja estruturada em três formatos diferentes.
São eles:
É possível obter controle de um ou mais negócios seguindo quatro modelos diferentes.
São eles:
O laudo PPA, citado anteriormente em alguns momentos, traz uma série de informações valiosas e faz parte de todo o trabalho realizado nas finanças corporativas, contemplando também a valoração de intangíveis da instituição.
Esse laudo PPA possui como objetivos mais relevantes:
O documento em questão está ligado ao “CPC 15 – Combinação de negócios”, e correlaciona não só com a CPC, mas com a Norma Internacional de Contabilidade IFRS 3 e com as exigências fiscais estabelecidas pela lei 12.973/14 e pela Instrução Normativa RFB 1.515/14.
Para conseguir alocar o preço pago pela transação, a Norma Internacional de Contabilidade define que o valor pago para que uma instituição obtenha controle de outra entidade deverá seguir os seguintes passos:
É importante ter em mente que o laudo PPA é obrigatório para todas as instituições, independente de seu segmento, que adquirirem participação em outras empresas.
Manter as obrigações fiscais e contábeis da empresa em dia é fundamental, e o laudo PPA é uma das documentações obrigatórias para as empresas que optaram pelo Lucro Real como regime de tributação. Através desse documento, é possível agir com o propósito de dedutibilidade do ágio gerado durante a combinação de empresas.
É de extrema importância que o laudo PPA seja elaborado por um profissional especializado e perito independente e protocolado na Secretaria da Receita Federal do Brasil, para que as informações ali contidas tenham validade jurídica, fiscal e contábil, além de garantir a imparcialidade nas informações.
O sumário do laudo PPA também poderá ser registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
Como explicado anteriormente, o laudo PPA é conhecido como um instrumento fundamental para a realização da combinação de negócios entre as empresas.
É preciso, no entanto, que as empresas em questão sejam adotantes do Lucro Real como regime tributário, e podem se combinar de até quatro formas:
A Investor é uma empresa especializada em consultoria empresarial, e atua nas mais diversas frentes para auxiliar as empresas com a gestão contábil, gestão fiscal e gestão de passivos e ativos da instituição.
Atuando em três frentes (Consultoria Imobiliária, Finanças Corporativas e Gestão do Ativo Imobilizado), a Investor se destaca na área de Finanças Corporativas por diversos serviços prestados, entre eles:
Através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 15), é possível estabelecer uma padronização nas operações que dizem respeito à combinação de negócios.
Quando pensamos em processos com algumas abordagens mais intangíveis, é interessante ter uma norma reguladora para a mensuração não só dos valores que naturalmente são “óbvios”, como também daquelas circunstâncias em que mais interpretação e dedução são necessárias — como é o caso de identificar o valor de clientes fiéis, notoriedade em uma determinada região ou know-how dos colaboradores.
O laudo PPA é uma ferramenta fundamental nesse processo, e por isso é necessário que os gestores e empresários saibam a sua função, como realizá-lo e como encontrar as melhores empresas parceiras para apoio durante esse processo de compra e venda de entidades.
Importante pontuar também que a realização do laudo PPA é obrigatório para todas as empresas dos mais diversos segmentos e mercados que atuam com o Lucro Real como regime tributário e que irão adquirir o controle de uma outra instituição.
Ficou alguma dúvida ou quer aprender mais sobre o laudo PPA? Leia nosso artigo Laudo PPA: O que é, objetivo e passo a passo para elaboração.
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