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Análise de riscos do seu negócio

Seja qual for o segmento da empresa, é necessário que os gestores estejam cientes da existência de riscos característicos do negócio que podem gerar prejuízos.

Esses riscos se tornam ainda mais presentes quando analisamos o momento de instabilidade política e econômica do Brasil e do mundo. O atual cenário político-econômico, extremamente especulativo e complexo, traz inseguranças a todos os empreendedores, sejam eles gestores de empresas já consolidadas ou de startups. Então, o que fazer?

Além do cenário de crises recorrentes, os mercados financeiro e empresarial têm se tornado cada vez mais complicados. Inovações tecnológicas inesperadas, aumento drástico da competitividade por soluções similares e surgimento repentino de concorrentes são alguns dos grandes medos dos executivos que precisam ser enfrentados de forma inteligente. Por isso, mais do que nunca, é necessário voltar suas atenções para consolidar um bom gerenciamento de riscos.

A análise focada na prevenção deve ser assunto de urgência em qualquer empresa, pois, quando bem executada, garante aos gestores o conhecimento e o preparo necessário para lidar com situações atípicas e inesperadas. Portanto, se você deseja adquirir informações relevantes para melhorar suas estratégias, este artigo é para você!

O que se configura como um risco para a empresa?

Independentemente do mercado em que você esteja analisando, ele está sujeito a riscos. Ou seja, o capital investido pode sofrer flutuações positivas ou negativas dependendo dos fatores de mercado ou fatores internos. Portanto, o risco se define como o conjunto de probabilidades de diversos eventos ou alterações imprevisíveis que podem afetar seus negócios.

Em outras palavras, riscos são as incertezas das atividades econômicas. Se, por um lado, os riscos negativos podem trazer prejuízos catastróficos, os riscos positivos são aqueles que geram benefícios como, por exemplo, uma valorização além do esperado de uma ação. Então, é necessário entender que eliminar todos os riscos significa parar de arriscar, o que, gradualmente, irá levar o negócio à estagnação.

Quais são os principais riscos que as empresas correm?

Quando falamos em riscos para seu negócio, estes podem se referir a diversos aspectos diferentes. Veja alguns dos mais comuns:

Sazonalidade

Refere-se a variação de demanda de um determinado produto dependendo da época do ano. Por exemplo: você é dono de uma franquia de uma sorveteria. Naturalmente, no verão ela tem alta demanda, enquanto no inverno a demanda diminui.

Este risco exige perícia do gestor, que deve analisar estrategicamente quando terá maiores lucros e como deve poupar e agir em épocas de baixa demanda.

Efeitos da economia

Querendo ou não, sua empresa ou negócio está inserida no mercado. Por isso, as mudanças econômicas constituem um risco. Uma alteração no dólar, por exemplo, pode afetar diretamente os preços de mercado, chegando até sua empresa. Obviamente, existem negócios mais propensos aos efeitos da economia que outros. Mas, em caso de uma economia em recessão, é bem provável que todos os negócios sejam afetados.

Mas, da mesma forma que algum fator econômico pode piorar a viabilidade de algum investimento, outros podem fazer com que investimentos se tornem mais rentáveis. Por exemplo, os fundos imobiliários são uma ótima opção para investimento em nosso mercado para quem deseja investir através de um projeto de base imobiliária, principalmente em períodos de redução da taxa Selic.

Controles governamentais

Alguns setores da economia são submetidos a controles governamentais mais severos, em que as regras podem mudar subitamente. Nestes casos, pelo grande grau de risco, é necessário um capital de investimento maior para resistir a mudanças, como aumento de tributos, por exemplo.

Existência de monopólios

Determinados setores econômicos são quase que completamente dominados por empresas específicas. Nestes casos, os riscos decorrem de alguma mudança de postura desse monopólio, que afeta todo o mercado envolvido. Uma simples mudança pode ter efeitos intensos para os atingidos.

Setores em estagnação ou retração

Caso seu negócio esteja em um setor em estagnação ou retração, a procura de produtos é menor do que a oferta. Neste caso, os riscos decorrem dos prejuízos que você pode ter nestes cenários e as dificuldades maiores de expansão. Por exemplo, em nosso atual cenário político-econômico, o setor imobiliário se prejudica pela crise, entrando nesta relação desequilibrada de oferta e demanda.

Barreiras à entrada e desenvolvimento de empresas

Outro risco que seu negócio pode enfrentar são as chamadas barreiras à entrada e desenvolvimento das empresas. Por exemplo, se você deseja abrir uma construtora, é importante ter em mente que as empresas já estabelecidas neste mercado exigirão que, para seu negócio dar certo, você precise investir um grande capital. É necessário avaliar o nível de dificuldade de se obter matéria-prima, licenças específicas etc. Portanto, neste caso, um alto nível de conhecimento técnico é necessário.

Uma situação comum em relação ao desenvolvimento é o risco de investir em algum projeto que possa trazer benefícios para a empresa. Nesse caso, analisar a chance de obter retorno positivo é essencial antes de movimentar algum tipo de ação. A melhor forma de agir, portanto, é analisar minuciosamente as incertezas de acordo com o orçamento de capital definido para cada investimento. Dessa forma, é possível aproveitar seus recursos disponíveis ao máximo. No caso de investimentos intrinsecamente mais arriscados, como no mercado de M&A, uma forma de garantir certa segurança durante as negociações é a Escrow Account, que visa mitigar eventuais prejuízos.

Como gerenciar os riscos?

Agora que já entendemos quais são os riscos mais comuns que você pode se deparar, é essencial entender como gerenciar os riscos do seu negócio para reduzir perdas. Mas, antes de conferir nossas quatro dicas que vão auxiliar sua análise, tenha em mente que elas fazem parte de um planejamento do gerenciamento de riscos, que deve ser desenvolvido pela sua equipe de acordo com as especificidades da sua empresa e mercado.

Ou seja, a elaboração de uma estratégia precisa ser consolidada e executada corretamente para que as dicas funcionem!

Identificação

O primeiro passo é identificar quais são os riscos que seu negócio está sujeito. Como você viu, existem diversos tipos de riscos, mas cada empresa tem suas peculiaridades. Durante a identificação, você pode encontrar riscos que nem imaginava que estavam por perto.

Para ajudar nessa identificação, existem ferramentas e técnicas que auxiliam grandes empresas:

1-Análise SWOT: Essa análise é uma ferramenta utilizada para desvendar as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças de seu negócio. Com ela, é possível avaliar os ambientes internos e externos da organização, servindo como base para a criação de estratégias para explorar riscos e oportunidades.

2-Diagrama de causa e efeito (Diagrama de Ishikawa/espinha de peixe): Esse diagrama auxilia a descobrir as causas raiz dos problemas da sua empresa. Com sua utilização, é possível analisar os riscos que seus processos e projetos estão sujeitos.

Além dessas duas ferramentas, você pode realizar reuniões estratégicas, como reuniões de brainstorming, que criam um espaço de diálogo para que você analise melhor as situações indesejadas.

Análise quantitativa

É neste processo que você, já tendo identificado quais são os riscos, os avalia qualitativamente, analisando quais são os mais prováveis e quais merecem mais sua atenção. Além da probabilidade, que é a chance de ocorrência do risco, você deve ter em mente o impacto que determinada situação pode desencadear na sua empresa. Ou seja, qual o potencial de perda ou ganho que o risco tem?

Além de ficar atento a probabilidade e ao possível impacto do risco, você também deve avaliar sua urgência. Uma boa dica é utilizar a  Matriz GUT. Ela é uma ferramenta visual que determina os problemas de acordo com sua Gravidade, Urgência e Tendência de forma simples e prática. Ela pode ser utilizada em conjunto com outras ferramentas de qualidade.

Criação de planos de ação

Neste processo, você deve pensar realmente em como se aproveitar dos riscos positivos e como solucionar os negativos de forma estratégica. Para isso, é necessário estar sempre em sintonia e alinhado com sua equipe. Assim, vocês conseguirão criar planos de ação focados na solução de problemas, na expansão da empresa e em diversos outros pontos importantes que perpassam os riscos.

Monitoramento e controle

Não basta que você identifique os riscos, planeje respostas e as coloque em prática sem monitorar seus resultados. Para controlar, principalmente, efeitos negativos, sua equipe deve permanecer atenta, monitorando os planos de ação corretivos e analisando sua eficiência. Dessa forma, se alguma falha surgir pelo caminho, você terá tempo para reverter a situação e colocar o plano de volta nos trilhos antes que o problema traga consequências maiores.

 

Por fim, mantenha os riscos sempre em mente, reavaliando os já existentes e identificando os novos que podem surgir. Lembre-se também de sempre vê-los pelos dois lados da moeda: quais prejuízos e quais oportunidades eles podem trazer para o crescimento do seu negócio?

 

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