Você já ouviu falar sobre grupo empresarial?
Um erro que muitas pessoas cometem quando pensam nesse modelo de administração de empresas é achar que todas devem ser do mesmo segmento.
Os grupos empresariais são formas estratégicas, otimizadas e muito mais assertivas de gerenciar empresas de setores distintos, estimular a economia e garantir que a rentabilidade seja favorável mês a mês.
Quer saber mais sobre esse modelo de gestão, entender como funciona, o que é e quais são os tipos existentes?
Continue a leitura.
Antes de explicarmos como os grupos empresariais funcionam, é preciso entendermos o conceito e o objetivo por trás desse tipo de administração.
O grupo empresarial consiste em um conjunto de empresas, que não são necessariamente do mesmo setor ou com características semelhantes, mas que são administradas por uma empresa em comum, chamada companhia matriz.
Nesse cenário, as empresas pertencem ao mesmo grupo empresarial e podem estar conectadas de diferentes maneiras.
Além disso, é comum que elas possuam operações jurídicas e contábeis específicas, por não serem necessariamente do mesmo segmento.
Em alguns casos, as holdings preferem atuar no mesmo segmento, como cervejas ou ramo alimentício.
No entanto, essa não é uma regra: em muitos casos, a diversidade pode ser a melhor alternativa para o grupo empresarial, que passará a movimentar a economia em diversos setores do mercado.
A proposta do grupo empresarial é facilitar a gestão de empresas e garantir a manutenção da estabilidade desses conglomerados.
Através de uma administração realizada pela companhia matriz, é possível melhorar a rentabilidade da empresa e a lucratividade média, além de estimular diferentes setores da economia ao mesmo tempo.
Um grupo empresarial é caracterizado pela existência de diversas empresas sob a mesma administração, mesmo que de segmentos diferentes.
Nesse contexto, é possível termos empresas com funções diferentes dentro de um grupo, como empresa controladora, empresa controlada e empresas coligadas.
A empresa controladora é a responsável pela administração das demais instituições.
A empresa controlada é, por sua vez, aquela que é administrada pela empresa controladora, possuindo assim influência direta na demonstração contábil realizada pela empresa matriz.
Por fim, a empresa coligada possui um modus operandi diferente: a empresa controladora tem uma influência parcial na sua administração, com um controle de 20% a 50% do capital votante.
O grupo empresarial permite que as empresas se relacionem através dos títulos de empresa controladora, empresas controladas e empresas coligadas, sem necessariamente fazer parte do mesmo grupo econômico.
Como explicamos anteriormente, uma empresa controladora é responsável por administrar e deter o poder acionário sobre as empresas controladas.
As empresas controladoras também podem ser chamadas de holding ou empresa matriz.
Caracterizam-se por empresas que não produzem ou fornecem nenhum tipo de produto ou serviço, tendo suas atividades resumidas apenas à administração das empresas administradas.
Essas holdings são responsáveis pela circulação de capital.
Como explicado anteriormente, as empresas de um grupo empresarial não precisam, necessariamente, serem do mesmo segmento.
Isso permite que diversos setores do mercado sejam estimulados: as controladoras vão administrar diferentes negócios, evitando que o capital fique concentrado em apenas um nicho.
As holdings são responsáveis por administrar as empresas controladas.
Essas instituições controladas, como o próprio nome diz, são administradas pela empresa controladora, e são responsáveis por produzir bens ou ofertar serviços no mercado.
Um detalhe importante é que as empresas controladas possuem influência na demonstração contábil da holding.
Isso acontece porque, por ser uma empresa que administra o capital de outras instituições, ela precisará realizar o balanço patrimonial considerando seus números e todas as empresas que estão sendo administradas.
Por fim, as empresas coligadas são influenciadas, parcialmente, pela holding.
As empresas controladoras que possuem de 20% a 50% de capital votante são capazes de influenciar as empresas coligadas.
Não há, no entanto, a necessidade de uma relação de hierarquia. Basta que as empresas estejam unidas, e que exista uma instituição (chamada holding) que consiga expandir sua rentabilidade, diversificando as atividades e investimentos.
Para que um grupo seja considerado grupo econômico, é preciso que ele se adeque a pelo menos três aspectos elementares: sua formação, a personalidade jurídica e as responsabilidades dos sócios.
O grupo econômico exige que uma empresa matriz exista, para auxiliar na administração das demais.
Importante pontuar, no entanto, que isso não altera o quadro societário das empresas controladas, podendo essas manter o grupo de sócios constituído anteriormente.
A formação de um grupo econômico está ligada às demandas existentes no mercado, mesmo que essas motivações sejam fiscais ou tributárias.
Existem também os grupos formados por fusões, aquisições ou incorporações de outras empresas que já existem no mercado.
Os grupos empresariais também precisam ter, em sua formação, as empresas controladas e/ou coligadas, como explicado anteriormente.
O segundo fator fundamental para a construção de um grupo econômico é a personalidade jurídica: as empresas que constituem o grupo devem ter, necessariamente, um CNPJ próprio.
A personalidade jurídica, portanto, consiste na existência de empresas distintas dentro do grupo econômico, em que todas estão focadas em gerar resultados positivos para a holding.
O último fator fundamental para a construção de um grupo econômico é a definição dos sócios da empresa, bem como suas responsabilidades.
De acordo com os artigos 1.032 e 1.033 do Código Civil, a responsabilidade do sócio retirante pelo prazo de dois anos está prevista.
Vamos entender cada um deles.
Os grupos econômicos considerados horizontais são aqueles em que as empresas possuem um propósito único, e permitem uma gestão das atividades de forma mais horizontal, com bastante autonomia.
Esse modelo é visto, muitas vezes, em startups brasileiras, que conseguem seguir modelos mais modernos de gestão.
Nesse cenário, muitas vezes a noção de hierarquia não é tão definida, e todos os envolvidos possuem autonomia suficiente para tomarem as decisões mais interessantes para cada empresa, considerando suas necessidades e especificidades.
Já os grupos econômicos verticais são os que possuem uma estrutura de poder mais centralizada, comumente nas empresas maiores, como a holding.
Nesse sentido, as empresas que possuem maior poder de decisão serão responsáveis por definir questões como procedimentos, normas e até mesmo as regras de conduta da instituição.
Ao contrário do modelo horizontal, onde a autonomia é sua principal característica, os grupos econômicos verticais têm uma hierarquia mais bem definida, esclarecida e que, naturalmente, é seguida por todos os envolvidos.
Um grupo empresarial pode ser uma excelente alternativa para aumentar o patrimônio de uma empresa e estimular a economia em diversos setores do mercado.
Para quem gostaria de ser uma holding, é importante ter em mente que essa empresa controladora não será responsável por produzir ou oferecer produtos e serviços para o mercado.
Cabe às empresas matriz atuarem de forma estratégica na administração das demais.
Para as empresas que irão entrar em um grupo empresarial como coligadas ou controladas, é interessante contar com a expertise e olhar estratégico de uma matriz.
Essa nova perspectiva de mercado, bem como apoio nas questões administrativas, poderá definir a construção de uma empresa muito mais sustentável e eficiente.
Além disso, as holdings dos grupos empresariais também são responsáveis em investir no crescimento e desenvolvimento das empresas controladas, o que permite que os negócios sejam cada vez mais promissores.
Um grupo empresarial pode trazer diversas vantagens, tanto para as empresas administradoras quanto para as empresas administradas.
No entanto, também é necessário identificar as desvantagens, para entender em quais momentos esse modelo de administração empresarial é mais interessante.
Vamos entender esses dois cenários.
As vantagens do grupo empresarial são:
Ainda, é preciso estar atento às desvantagens do grupo empresarial, para saber realmente em qual contexto esse modelo de administração é positivo.
São desvantagens:
Conheça alguns dos maiores grupos empresariais do país:
Além desses, também podemos citar: Amaggi, Grupo Andrade Gutierrez, Novonor, Copersucar, 3G Capital, Marfrig, J&F Investimentos, Grupo Vicunha, 3G Capital, Votorantim S.A..
Para saber se as empresas são do mesmo grupo econômico, é necessário avaliar qual é a holding daquela instituição.
Esse é o ponto em comum entre todas elas, visto que não é necessário que as empresas sejam do mesmo segmento para fazerem parte do mesmo grupo.
A holding empresarial consiste na empresa administradora, ou empresa matriz.
Essa holding é responsável por gerenciar as empresas que estão no grupo empresarial, e pode atuar em diferentes frentes.
Como explicado anteriormente, são tipos de holdings:
O Votorantim S.A. é um grupo empresarial brasileiro que concentra a administração de empresas dos setores de:
Trata-se de uma holding familiar.
Como explicamos anteriormente, esse modelo de empresa matriz possui seu patrimônio administrado, como o próprio nome diz, por membros da família. Nesse caso, a deliberação entre sócios prevalece.
A Itaúsa é um holding brasileira de investimentos, focada em capital aberto, que investe em empresas como:
A Anheuser-Busch InBev é resultado da fusão da empresa belga Interbrew e da brasileira Ambev.
Atualmente, controla aproximadamente 21,2% do mercado de cervejas do mundo, e tem em sua carteira de empresas coligadas e controladas instituições como:
Já a BRF, uma empresa brasileira, é focada no ramo alimentício, e também é fruto de uma fusão: Sadia e Perdigão.
Hoje, as duas empresas são geridas pela BRF, que passa a ser a holding do grupo empresarial.
É uma opção interessante para os três componentes: tanto para a holding quanto para as empresas coligadas e controladas.
Existem diferentes tipos de holding, e dois tipos de grupos econômicos. É importante que os empresários identifiquem os modelos que fazem mais sentido, antes de passarem a integrar um grupo empresarial.
Um dos objetivos da adoção da gestão empresarial é o crescimento da empresa.
Pensando nisso, gostaríamos de sugerir a leitura do artigo Crescimento Empresarial: 6 dicas para sua empresa crescer como forma de complementar seu entendimento do assunto.
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