Gestão Empresarial

Venture Builder: hora de conhecer a nova tendência

Se você ainda não escutou o termo Venture Builder, está na hora de se atualizar pois tal tendência tem apresentado movimento crescente, principalmente nas indústrias de tecnologia e startups.

Continue lendo o artigo para saber tudo sobre Venture Builder!

Afinal, o que é Venture Builder?

O termo foi utilizado pela primeira vez em 2011 pelo investidor anjo Nova Spivack, significando uma nova abordagem para a criação de startups. No Brasil, as primeiras Venture Builders surgiram em meados de 2013.

Basicamente, Venture Builders (também conhecidas como Estúdios de Tecnologia, Fábricas de Startups, Startup Studio ou Venture Production Studios) são organizações que constroem startups usando recursos e ideias próprios. Para facilitar o entendimento, é essencialmente uma startup que cria startups.

Corresponde a um modelo inovador que rompe com as formas mais comuns de investimento de capital de risco, aceleradoras e incubadoras. Visam compartilhar recursos, racionalizar e otimizar o processo de inovação das startups, reduzir custos e riscos e aumentar a agilidade e o impacto dos negócios. É, então, uma holding que tem participação acionária nas empresas que ajudou a criar. Porém, as mais bem-sucedidas também se envolvem na parte operacional do processo, participando de todo o ciclo de desenvolvimento das empresas nascentes. Neste caso, ao invés de buscar uma startup para investir, o objetivo é encontrar empreendedores e formar um time.

As ideias de negócio surgem de sua própria rede de recursos com base em necessidades internas ou visões próprias das demandas de mercado, destinando recursos financeiros e equipes internas para desenvolvê-las. Por serem mais operacionais e envolverem mais “mão na massa”, são responsáveis por levantar capital e recursos humanos, fornecer o planejamento estratégico, sediar negócios em um único ambiente, fornecer a estrutura física, desenvolver o design de modelos de negócios, construir MVPs, contratar gerentes de desenvolvimento, executar campanhas de Marketing, entre outros. Logo, além de apoiar com networking, geralmente há uma grande equipe multidisciplinar e focada em apoiar os negócios, tornando as venture builders mais ativas e envolvidas na operação dos negócios.

Partem do princípio que quanto mais se investe em diversas startups, maior a velocidade de fornecimento de protótipos de produtos e, consequentemente, maior probabilidade de sucesso de uma ou algumas delas. Além disso, uma solução encontrada para o problema de uma startup, pode servir de solução para as demais.

Alguns são os valores compartilhados por Venture Builders:

  • Comprometimento de capital;
  • Experiência na indústria, já que contribuem com know-how e expertise;
  • Desejo de construir algo novo e inovador;
  • Tendência natural pela colaboração, já que, visando o sucesso, é necessária uma rede de compartilhamento forte e eficaz. Infraestrutura, capital, equipes, conexões, know how, experiências, softwares, competências, canais de mercado, entre outros são fatores compartilhados, aumentando o aprendizado e reduzindo custos desnecessários. Tal compartilhamento está em consonância com a economia colaborativa, que modificou a forma como a sociedade acessa e utiliza os recursos, tornando-a mais efetiva;
  • Foco nas pessoas: trazer empreendedores com os perfis certos para cada etapa ajudando-os a se desenvolver.

 

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Exemplos e tipos de Venture Builder

Para exemplificar, algumas são as Venture Builders que mais se destacam no mundo:

  • Obvious Corp: participou de Twitter, Medium, Branch, Lift;
  • HVF (Hard Valuable Fun): produziu Affirm.com e Glow.com, entre outras;
  • Betaworks: portfólio formado por Instapaper e Blend, por exemplo;
  • Rocket Internet: PayMill, Jumia, FoodPanda, etc.

Além disso, cabe ressaltar que são vários os tipos e modelos de Venture Builder, conforme os recursos que têm disponíveis e o objetivo que desejam alcançar. Dentre eles, destacam-se:

Fábrica de Produto: focam em um bom time de produto, atuam como um empreendedor que busca a melhor solução possível para um problema. Neste caso, o venture builder fica com uma pequena participação do negócio, que continuará sua jornada sozinho;

Eficiência operacional: a busca é por criar múltiplas startups que compartilhem recursos como financeiro, marketing, administrativo, contabilidade, desenvolvimento, entre outros. Aqui, o venture builder é o acionista majoritário;

Venture Capitalist: busca originar startups que seguirão o caminho do venture capital, ou seja, focam em validar as etapas iniciais, lançar um bom produto e depois a startup passa a buscar investimentos de fundos de mercado. Nesse caso, ficam com uma participação minoritária;

Fábrica de Exits: o objetivo é criar uma startup já imaginando sua venda para potenciais compradores. Aqui, são geralmente acionistas majoritários.

Mas porque um empreendedor se interessaria pelo modelo de Venture Builder?

O empreendedorismo, ao mesmo tempo que desperta interesse pela busca de potencial sucesso, causa receio devido aos riscos envolvidos. Assim, o modelo Venture Builder pode trazer um maior equilíbrio entre risco e retorno, apresentando algumas vantagens:

  • Não é preciso ter uma ideia: ao partir do problema e estar junto de uma rede de compartilhamento qualificada é possível encontrá-la;
  • Não é necessário ter um sócio para iniciar o negócio;
  • O modelo complementa competências que o empreendedor sozinho ainda não possui;
  • Não é necessário se preocupar com o financiamento;
  • Atividades administrativas são compartilhadas, assim o empreendedor pode focar em validar o negócio e o produto;
  • Maior agilidade no processo de tomada de decisão;
  • Permite gerar novas oportunidades de negócios através de uma rede de clientes e parceiros.

 

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Conteúdos Relacionados:

Valuation para startups: o que influencia, quais métodos usar e como deve ser feito.

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