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Entenda o que muda do IFRS para as outras normas contábeis

IFRS para as outras normas contábeis - Investor

A adoção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tem sido uma transformação significativa no campo da contabilidade, com o objetivo de promover a transparência e a comparabilidade das demonstrações financeiras globalmente. No entanto, o IFRS não é o único conjunto de normas contábeis em uso no mundo. Existem outras normativas amplamente seguidas, como o US GAAP (Generally Accepted Accounting Principles), nos Estados Unidos, e as normas contábeis adotadas em muitos países, como o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) no Brasil. 

Comparar o IFRS com essas outras normas revela tanto semelhanças quanto diferenças importantes que impactam a forma como as empresas relatam suas informações financeiras. Neste artigo, vamos abordar as principais diferenças entre a IFRS e as demais normas contábeis do planeta. Índice

IFRS e US GAAP

O US GAAP e o IFRS são dois dos sistemas contábeis mais importantes a nível global, mas com algumas diferenças chave em sua abordagem e aplicação.

Abordagem de Princípios vs. Regras

O IFRS na contabilidade adota uma abordagem mais flexível e baseada em princípios. Ele fornece diretrizes gerais e permite que as empresas usem seu julgamento profissional em muitas situações, com o objetivo de refletir fielmente a realidade econômica das transações. A flexibilidade no IFRS pode ser vista, por exemplo, na forma como as empresas lidam com a mensuração de ativos intangíveis e as regras de reconhecimento de receita. O US GAAP, por outro lado, é mais prescritivo e baseado em regras. Ele contém normas detalhadas e específicas para uma ampla variedade de transações e situações, o que limita a interpretação subjetiva. Essa abordagem pode ser vantajosa em termos de consistência, mas, em alguns casos, resulta em uma menor representação da realidade econômica das transações.


Reconhecimento de Receita

O IFRS e o US GAAP tinham diferenças significativas nas normas de reconhecimento de receita, mas essas diferenças foram amplamente reduzidas com a introdução de um padrão global de reconhecimento de receita em 2014, denominado IFRS 15 e ASC 606 (adotado pelo US GAAP), o qual proporciona uma abordagem mais uniforme para o reconhecimento de receita em contratos com clientes Ambos os padrões agora possuem uma estrutura semelhante, com o objetivo de aumentar a consistência na forma de reconhecer a receita em contratos com clientes a nível mundial. A principal diferença é que, antes dessa convergência, o IFRS era mais flexível em relação ao momento do reconhecimento da receita, enquanto o US GAAP tinha regras mais detalhadas, como as relacionadas ao reconhecimento da receita de contratos de longo prazo.

Tratamento de Arrendamentos

 

O tratamento de arrendamentos é outro exemplo de diferença. Até a introdução do IFRS 16, o IFRS tratava os arrendamentos operacionais e financeiros de maneira mais simples, exigindo a contabilização apenas de arrendamentos financeiros no balanço patrimonial. O US GAAP, com sua abordagem mais detalhada, exigia que todos os arrendamentos fossem tratados de forma mais rígida e com maiores distinções entre arrendamentos operacionais e financeiros. Com o IFRS 16 e o ASC 842 do US GAAP, houve uma maior convergência, já que ambos agora exigem que a maioria dos arrendamentos seja registrada no balanço, com a diferenciação apenas quanto ao tratamento da despesa.

IFRS e CPC (Brasil)

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi criado no Brasil para adaptar as normas contábeis locais ao padrão internacional do IFRS. O Brasil passou a adotar o IFRS a partir de 2010, com a convergência das normas brasileiras para as internacionais, mas ainda existem algumas diferenças.

Convergência com IFRS

O CPC tem como objetivo garantir a harmonização das normas contábeis brasileiras com o IFRS. Na maioria das áreas, como reconhecimento de receita, mensuração de ativos e passivos, e a preparação das demonstrações financeiras, as diferenças são mínimas ou inexistem. No entanto, algumas normas do CPC ainda mantêm especificidades relacionadas à tributação e à forma de apuração de certos impostos, o que pode gerar diferenças na forma de apuração do lucro líquido e da base tributável.

Aspectos Fiscais

Uma das maiores diferenças entre o IFRS e o CPC está relacionada à tributação. No Brasil, o sistema tributário está intrinsecamente ligado às normas contábeis locais, o que cria desafios na harmonização dos conceitos fiscais com as normas internacionais. A forma como o CPC lida com os impostos sobre lucros e as diferenças temporárias entre o lucro contábil e tributável pode ser um fator importante a ser considerado pelas empresas ao implementar o IFRS no Brasil. Além disso, o CPC tem algumas particularidades devido ao regime tributário brasileiro, como a contabilização dos tributos diferidos e as regras específicas para a apuração do lucro tributável, que podem ser diferentes das exigências do IFRS.

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Conclusão

Em suma, as normas contábeis, como o IFRS e as normas locais, possuem diferenças significativas em termos de aplicação e abordagens para o reconhecimento de receitas, avaliação de ativos e passivos, entre outros aspectos. Enquanto o IFRS busca um padrão internacional mais homogêneo e voltado para a transparência e comparabilidade, as normas locais podem ser mais voltadas à realidade específica de cada país ou região, oferecendo flexibilidade para atender a particularidades econômicas e fiscais. Para empresas que operam em um ambiente globalizado, entender essas diferenças é essencial para garantir conformidade e tomar decisões financeiras estratégicas. A adaptação a essas normas exige não apenas uma mudança técnica, mas também um esforço contínuo para alinhar práticas contábeis às melhores práticas internacionais, mantendo a confiança dos stakeholders e contribuindo para a transparência e eficácia nos mercados financeiros.

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