Você sabe o que são os eventos subsequentes?
A realização do balanço de uma empresa é fundamental para acompanhar seu desempenho, bem como identificar possíveis problemas e oportunidades para serem consideradas nos próximos meses.
No entanto, ao identificar os números após a realização do balanço, e antes das demonstrações contábeis, podem ocorrer os eventos subsequentes, sendo eles eventos favoráveis ou desfavoráveis.
Quer entender mais o que são eventos subsequentes, quais são os objetivos, os tipos e a importância dessa prática dentro das empresas?
Continue a leitura.
Antes de começarmos a explicar quais são os benefícios e apresentarmos exemplos práticos de eventos subsequentes, é fundamental entendermos o conceito e o objetivo dessa prática, bem como sua aplicação no dia a dia.
Como dito anteriormente, os eventos subsequentes são “eventos” desfavoráveis ou favoráveis que acontecem dentro de uma empresa, após a realização do balanço, e antes da apresentação das demonstrações contábeis.
Os eventos subsequentes podem dar origem a ajustes em valores reconhecidos nas demonstrações contábeis de uma empresa, por exemplo, ou permitirem o reconhecimento de itens que, até então, não haviam sido reconhecidos no documento.
Além disso, os eventos subsequentes também podem não originar esses ajustes, apesar de serem significativos e resultarem na divulgação das demonstrações contábeis.
A grosso modo, os eventos subsequentes são responsáveis por definir quais e quanto serão realizadas as divulgações de uma empresa, bem como os ajustes necessários nas demonstrações contábeis, considerando os eventos após a data do balanço.
Entenda cada um deles.
Os eventos ou condições que já existiam antes da data do balanço são aqueles que originam os ajustes, uma vez que já havia indícios desses acontecimentos.
Por serem identificados antes do balanço, eles precisam constar nas demonstrações contábeis, uma vez que já eram de conhecimento dos responsáveis.
São exemplos de eventos ou condições que já existiam antes da data do balanço: incorporação da empresa, acordo de fusão, cisão ou até mesmo um dano ambiental, capaz de comprometer as atividades da empresa.
Já os eventos ou condições que surgiram após a data de balanço não são capazes de originar ajustes.
Nesse caso, apenas notas explicativas são emitidas, uma vez que durante a realização do balanço não havia indícios desses eventos.
São exemplos de eventos ou condições que surgiram após a data do balanço: paralisação de produção por incêndios, inundações ou destruição de ativos, por exemplo.
Em uma auditoria, os eventos subsequentes são aqueles eventos que, favoráveis ou desfavoráveis, ocorrem durante a data das demonstrações contábeis ou durante a data de autorização de emissão das demonstrações.
Como explicado anteriormente, podemos identificar dois tipos de eventos subsequentes:
Na auditoria, para conseguir determinar quais são os eventos que se enquadram em eventos subsequentes, é preciso avaliar a data das demonstrações e a data da autorização de emissão das demonstrações.
Dessa forma, será possível identificar os eventos que se enquadram em cada um dos tipos, e o parecer da auditoria será emitido após a definição das demonstrações contábeis finais.
Tanto o processo de elaboração quanto a autorização para a emissão das demonstrações contábeis podem variar.
Dependendo da empresa e da jurisdição, esses prazos serão diferentes.
A autorização das demonstrações contábeis individuais é, comumente, responsabilidade do chefe do órgão central de finanças, contador ou controlador geral, por exemplo.
O objetivo do CPC 24 é conseguir determinar em quais situações as empresas deverão realizar ajustes nas demonstrações contábeis, sempre respeitando os eventos subsequentes que ocorreram no período contábil.
Além disso, o pronunciamento também determina quais informações devem ser divulgadas pela empresa referente a data da autorização da emissão das demonstrações contábeis, bem como sobre os eventos subsequentes que ocorreram no período das demonstrações.
O CPC 24 se caracteriza por ser um pronunciamento capaz de estabelecer às entidades as melhores práticas para realização do balanço e divulgação dos demonstrativos contábeis, considerando os eventos subsequentes em seus dois tipos.
De acordo com o CPC 24, as empresas deverão divulgar a data em que foi concedida autorização para a emissão dos demonstrativos contábeis, bem como o responsável pela autorização.
Caso os sócios ou profissionais tiverem a possibilidade de alterar as demonstrações contábeis após serem emitidas, esse fato deverá ser divulgado.
O CPC 24 também regula os tipos de eventos subsequentes, bem como o que fazer caso cada um deles aconteça.
Relembrando, são tipos de eventos subsequentes:
No caso dos que aconteceram antes da data do balanço, o CPC 24 define que esses devem ser considerados durante a realização das demonstrações contábeis.
Nesse caso, a empresa deverá retroagir e ajustar os valores que estão nas demonstrações e que refletem esses eventos.
No caso de eventos que ocorreram após esse prazo, cabe às empresas apenas a criação de notas para esclarecer esses eventos, e explicar: a natureza dos eventos subsequentes e a estimativa dos efeitos financeiros desses eventos, ou uma declaração para explicar que essa estimativa dos efeitos financeiros não pode ser executada.
A NBC TA 560 (Norma Brasileira de Contabilidade de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica) aborda as evidências de uma auditoria.
Nesse modelo de norma, reúnem-se especificidades sobre a coleta de evidências, saldos iniciais, confirmações externas e até mesmo verificações das estimativas contábeis da empresa.
Na NBC TA 560, as normas estabelecem que o auditor independente deverá executar da melhor forma possível todos os procedimentos de auditoria previstos para obter evidências apropriadas.
A expectativa é conseguir identificar quais foram os eventos que ocorreram no prazo das demonstrações contábeis, além dos eventos até a data do relatório.
Essas informações precisam ser analisadas como eventos subsequentes e identificar o que precisa ser ajustado ou divulgado nas demonstrações contábeis, como explicado anteriormente.
Analise se houveram eventos que ocorreram nesse período, entre a data da demonstração contábil e a data da autorização da emissão, e veja qual é a natureza desses eventos, e como eles impactam positiva ou negativamente os resultados financeiros da empresa.
A divulgação dos eventos subsequentes passa por um processo de análise, onde é definido se realmente há relevância na divulgação, considerando os impactos desse evento na empresa.
Caso exista algum impacto na parte financeira, é fundamental que os eventos subsequentes sejam divulgados, uma vez que eles implicam diretamente na transparência e qualidade das informações.
Se houverem eventos que não foram divulgados, esse tipo de ação pode ser considerada fraude, levando a penalização da empresa.
Existem dois tipos de eventos para serem analisados: aqueles que já existiam antes da data do balanço e os que aconteceram após o balanço ser feito.
Vamos separá-los para ficar mais claro.
Para os eventos que já existiam antes da data do balanço, são consideradas: possíveis fusões da empresa, incorporação da instituição ou cisão.
Além disso, os danos ambientais que podem comprometer as atividades da empresa ou de algum setor específico também são considerados eventos subsequentes.
No caso dos eventos ou condições que apareceram após a data do balanço, alguns fatos podem ser identificados:
É preciso contar com o apoio profissional para realizar as demonstrações contábeis, bem como identificar o que cada tipo de evento subsequente está acontecendo, e lidar adequadamente, seja com a alteração, seja com a criação de notas de esclarecimento.
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