Finanças empresariais: saiba como gerenciá-las em sua empresa

homem e mulher fazendo balanço patrimonial

Seja na carreira profissional ou na vida pessoal, ter total controle das finanças é uma responsabilidade que impacta, diretamente, em diversas áreas. Quando esse controle envolve o dinheiro da empresa, o assunto é ainda mais sério.

Útil tanto para as grandes empresas, o controle financeiro empresarial também é importante para os pequenos empreendedores, afinal, as atitudes relacionadas ao dinheiro e ao investimento dele dizem muito sobre o futuro do empresário.

Entretanto, essa não é uma tarefa fácil. Saber como gerenciar custos da empresa de forma efetiva é tarefa difícil. O que pode ser comprovado pelo alto índice de falência das empresas brasileiras logo nos primeiros cinco anos, ou seja, historicamente, mais da metade das empresas fecham as portas antes mesmo de consolidar sua marca no mercado.

Dados do IBGE apontam que 6 em cada 10 negócios fecham as portas antes de completarem 5 anos, e o motivo, para muitos especialistas, está ligado às finanças. A inexistência ou mesmo a insuficiência de um plano financeiro inviabiliza que muitas organizações possam dirigir, controlar e coordenar ações para a execução dos seus objetivos.

Para ter acesso às finanças da empresa e mantê-las em dia, a tecnologia pode dar aquela ajuda com aplicativos que organizam a rotina e promovem o controle de forma online, o que deixa a tarefa um pouco mais fácil.

Como veremos a seguir, estas e outras atitudes podem beneficiar tanto o empresário quanto a rotina da sua empresa uma vez que o capital e o lucro ocupam locais de destaque e caminham em sinergia para o crescimento da empresa. Vejamos!

O que é finanças empresariais?

Finanças empresariais, em resumo, é o setor que cuida de todo capital da empresa, seja para aplicação e investimento ou para o estudo de decisões relacionadas ao dinheiro da empresa.

Seja pública, privada, grande ou pequena, toda empresa precisa de uma gestão e controle de suas finanças a fim de manter a rotina financeira organizada e também para que seja possível maximizar o valor da empresa.

O setor, portanto, visa estudar, basicamente, como as empresas devem alocar seus recursos e ainda ajuda na tomada de decisões sobre investimentos, financiamentos e aplicações.

Uma boa gestão e controle das finanças empresariais também norteia o empresário em relação ao investimento do capital em diversas frentes de atuação, seja em ações ou títulos, capital próprio ou empréstimo bancário, tudo feito de maneira consciente e organizada.

Qual a importância da gestão das finanças empresariais?

pessoas financas corporativas Uma correta administração financeira permite que se visualize a atual situação da empresa e objetiva melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimônio por meio da geração de lucro líquido proveniente das atividades operacionais.

Portanto, entre as principais metas da gestão das finanças empresariais está a análise e o planejamento dos resultados e ações necessárias para obter melhorias, boa utilização dos recursos financeiros, analisar a concessão de créditos e o fluxo de caixa e, ainda, controlar as contas a receber e a pagar, prevendo o pagamento de impostos e despesas operacionais.

A boa gestão dos recursos financeiros e administrativos de uma empresa é fundamental para a sua saúde, e uma má gestão pode trazer consequências graves, inclusive o fim do negócio.

Além disso, o desequilíbrio financeiro da empresa pode levar o gestor ao endividamento, ao déficit na liquidez do capital e a necessidade de tomada de empréstimos imediatos que podem ter juros altos, atraso nas contas a pagar, entre outros prejuízos.

Quais as principais atividades do gerenciamento de finanças empresariais?

Um bom controle financeiro começa com a atuação de um profissional da área, que compreenda tanto as rotinas empresariais, quanto financeiras de uma instituição e, principalmente, que tenha visão mercadológica para entender os direitos e deveres do empresário.

Algumas dessas atividades são padrões e comuns a todas as empresas a fim de manter organizada a rotina que envolve o dinheiro aplicado na empresa. Lidar com a gestão das finanças de uma empresa requer, acima de tudo, compreensão dos processos rotineiros da empresa.

Veremos, a seguir, alguns deles.

Contas a Pagar

Geralmente, existe um departamento específico para cuidar das contas a pagar de uma empresa – a equipe financeira – é quem define todas as estratégias para acompanhar as entradas e saídas e, a partir disso, organizar todos os orçamentos dos demais setores.

Portanto, uma boa gestão financeira é fundamental para garantir o sucesso da empresa quando está relacionado também ao pagamento das contas como um todo. Essa equipe é responsável por toda e qualquer saída monetária da empresa.

Cabe aos profissionais de Contas a pagar, gerenciar e acompanhar todas as despesas e, além disso, administrar todas as obrigações financeiras da empresa, ou seja, os pagamentos dos funcionários, a conta energia elétrica, a matéria-prima para a produção de um produto e assim por diante.

Além disso, os profissionais envolvidos neste setor ainda devem prever quais recursos serão necessários para pagamentos futuros e se eles já estão disponíveis ou não de acordo com alguns processos:

  • Organização das contas;
  • Acompanhamento das datas de vencimento;
  • Ferramentas de pagamento de contas;
  • Renegociação de pagamentos.

Contas a Receber

Tudo o que a empresa tem a receber, seja dos parceiros, prestadores de serviços e fornecedores, entra para a conta do setor de Contas a Receber. Nela estão os benefícios futuros que a empresa concordou com seus clientes.

Portanto, a cobrança de contas a receber tem como objetivo principal reduzir atrasos no pagamento e inadimplência, com o mínimo de desgaste possível no relacionamento com os clientes. Algumas tarefas são características e obrigatórias do setor, entre elas:

  • Envio de emails ou SMS com lembretes de contas com vencimento próximo;
  • Envio de emails ou SMS para cobrança de contas a receber em atraso;
  • Ligações telefônicas de cobrança;
  • Envio de cartas administrativas de cobrança para clientes inadimplentes;
  • Visitas presenciais para cobrança de clientes inadimplentes;
  • Protesto de contas vencidas em cartório;
  • Negativação do cliente junto à serviços de proteção ao crédito como SERASA e SPC;
  • Cobrança judicial de clientes inadimplentes.

Para obter bons resultados é importante que a sua empresa crie uma régua de cobrança – uma técnica direcionada para reduzir o número de inadimplentes e, assim, deixar as finanças da empresa em ordem.

A ferramenta permite planejar todas as tarefas que devem ser executadas a partir do momento em que são criadas as contas a receber do cliente.

Fluxo de Caixa

O dia a dia de uma empresa é repleto de operações que envolvem sistemas e processos que ajudam na organização da rotina, seja ela de pessoal ou financeira. Para manter as finanças controladas, o empresário pode usar um sistema básico de planejamento chamado fluxo de caixa.

Com essa ferramenta é possível apurar e projetar o saldo disponível para que exista sempre capital de giro acessível tanto para o custeio da operação da empresa (folha de pagamento, impostos, fornecedores, entre outros) quanto para o investimentos em melhorias (reforma da fachada, por exemplo).

Na ferramenta de fluxo de caixa, devem ser registrados:

  • Todos os recebimentos: vendas à vista em dinheiro, cheque, cartões; vendas a prazo, recebimento de duplicatas, entre outros;
  • Todos os pagamentos: Compras à vista e a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas e outros pagamentos;
  • Previstos: Recebimentos e pagamentos previstos para o futuro, num período de pelo menos três meses;
  • Benefício fluxo de caixa: Ao elaborar o fluxo de caixa, o empresário terá uma visão financeira do presente e do futuro da empresa.

Dessa forma, é possível planejar algumas tomadas de decisões importantes, como redução de despesas sem o comprometimento do lucro, o planejamento dos investimentos, a organização de promoções para desencalhe de estoque, o planejamento de solicitação de empréstimos, a negociação para dilatar prazos com fornecedor, e outras medidas para que dificuldades financeiras possam ser evitadas ou minimizadas.

Gestão do Capital de Giro

O Capital de Giro de uma empresa é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Na prática, uma gestão eficiente dos valores que a empresa tem em caixa, significa garantir liquidez suficiente para saldar as despesas e as dívidas.

De forma geral, a gestão do capital de giro inclui o financiamento de capital de giro, além de gerenciar os ativos e passivos atuais. Sendo assim, com a gestão é possível:

  • Ciclo de operação suave: garantir um ciclo operacional tranquilo. Isso significa que o ciclo nunca deve parar pela falta de dinheiro, seja para comprar matérias-primas, salários, pagamentos de impostos, etc;
  • Capital de giro baixo: para atingir o bom ciclo operacional, também é importante manter a necessidade de capital de giro no nível mais baixo. Isso pode ser alcançado por termos de crédito favoráveis ​​com contas a pagar e receber, ciclo de produção mais rápido, gerenciamento eficaz de estoque, etc;
  • Minimizar a taxa de juros ou o custo do capital: É importante entender que o custo dos juros do capital é um dos maiores custos em qualquer empresa. A administração da empresa deve negociar bem com as instituições financeiras, selecionar o modo correto de financiamento, manter a estrutura de capital ideal etc;
  • Bom retorno do Investimento de Ativos Correntes: Em muitos negócios, você tem uma crise de liquidez em um ponto do tempo e excesso de liquidez em outro. Isso acontece principalmente com as indústrias sazonais. No momento do excesso de liquidez, a administração deve ter boas oportunidades de investimento de curto prazo para se beneficiar dos fundos ociosos.

Aplicação e Captação de Recursos

Controlar as finanças empresariais significa também gerenciar recursos para aplicação e captação de verbas e valores para investimentos em melhorias, desenvolvendo, assim, o negócio frente ao mercado.

Captar recursos, portanto, é importantíssimo para todas as empresas, seja para o recurso ser empregado como capital de giro, seja para expandir a organização (por meio da abertura de filiais ou aquisição de equipamentos mais modernos, por exemplo).

Sendo assim, a gestão de controle das finanças, além de planejar a real necessidade da captação do recurso e onde ele será investido quando alcançado, possibilita ao empresário avaliar diferentes formas de captação.

Como as decisões são tomadas com base em finanças empresariais?

planilha due diligence

Em algumas situações, problemas de natureza financeira são resultados de decisões empresariais equivocadas, tomadas de forma impensada ou mal planejadas, sem avaliar e controlar, principalmente, a parte financeira.

A falta de controles gerenciais e informações para a gestão do capital de giro (compras, estoques, contas a receber e contas a pagar), gestão de preços e margens de lucro, provocam um permanente desajuste financeiro, aumentando as preocupações do dia a dia da empresa.

Alguns processos e operações são úteis para que a gestão financeira de seus negócios seja aprimorada. Vejamos:

Decisão de financiamento

A atividade empresarial é realizada de acordo com a tomada de decisões dos gestores, depois de avaliado o cenário atual econômico e também da empresa reunindo informações financeiras e possibilidades de investimento.

Mediante o emprego de diferentes tipos de fundos obtidos externamente ou gerados no curso normal das operações, a empresa passa a ter condições de decidir o financiamento de recursos, seja por capital próprio e/ou capital de terceiros.

Decisão de investimento

A decisão de investimentos implica em aplicar técnicas financeiras e contábeis para determinar qual investimento é mais favorável à organização. Desta forma, o empresário pode identificar qual iniciativa ou projeto possui maior potencial de rentabilidade para o negócio, norteando os próximos passos da empresa.

Existem algumas formas de fazer a análise de investimentos, todas elas bastante eficazes, entre elas:

  • Valor Presente Líquido (VPL): considera o valor do dinheiro ao longo do tempo, o que é uma ótima maneira de identificar o potencial de retorno de um investimento;
  • Taxa Interna de Retorno (TIR): outra forma de calcular a análise e decisão de investimentos é por meio da TIR – Taxa Interna de Retorno, que iguala o VPL a zero, tornando-se um cálculo complementar ao Valor Presente Líquido e indicando o retorno real sobre o investimento feito;
  • Payback: consiste em determinar o tempo mínimo para que você recupere o investimento inicial no seu controle de ponto.

Decisão de dividendo

Os dividendos são os proventos ou partes do lucro de uma empresa que são distribuídos entre os seus acionistas em dinheiro. Diretamente ligado à Bolsa de Valores (B3) e às organizações que aparecem listadas dentro do mercado de ações.

Todas as empresas da B3 têm necessariamente que dividir no mínimo 25% dos seus lucros com os detentores de seus papéis. Portanto, o dividendo pode ser pensado como sendo uma parte de um grande bolo que determinada empresa produz.

Neste caso, existem vários tipos de proventos:

  • Dividendos;
  • Juros sobre Capital Próprio;
  • Bonificação;
  • Direitos de Subscrição.

Dicas para controlar as finanças empresariais

A falta de controle das finanças empresariais podem acarretar problemas gravíssimos à organização e ao empresário e levá-lo à falência e ao endividamento. Os gestores devem, portanto, se esforçar para manter as finanças em ordem antes que a organização sofra as consequências.

Algumas atitudes contribuem para que as contas da organização estejam em dia e para evitar o prejuízo, bem como contribuir para o crescimento do negócio.  Confira abaixo algumas dicas:

Não misture as contas pessoais com as contas da empresa

Misturar as duas contas é problema na certa. Uma das principais regras é a separação das contas pessoais das contas da empresa, já que a maior parte das empresas fecham por atitudes inconsequentes que acarretam problemas financeiros.

Perder o controle dos negócios, não ter visibilidade dos gastos, gerar problemas com o fisco e a Receita Federal, são consequências da falta de organização das contas do negócio. Ademais, a confusão patrimonial poderá descaracterizar a empresa e atingir seus bens e incorrer em processos administrativos perante à justiça.

Faça um bom planejamento financeiro

Ter disciplina financeira faz parte de um bom planejamento que deve começar o quanto antes na rotina da empresa. Essa atitude contribui para mostrar todo o cenário e a saúde financeira da organização e, ainda, apresenta diretrizes que culminam no crescimento do negócio.

Use um software de gestão para te ajudar nas análises

Os softwares de gestão são importantes para conquistar excelentes resultados nas operações da empresa, uma vez que por meio deles os gestores são capazes de registrar, organizar, consultar e analisar diferentes dados e indicadores, auxiliando efetivamente na tomada de decisões estratégicas.

Acompanhe o fluxo de caixa

Acompanhar o fluxo de caixa é uma das mais importantes e básicas atividades que o empresário, ou sua equipe, tem que desempenhar para a saúde financeira do empreendimento. Ter o controle desses valores evita endividamentos, gastos desnecessários e, em casos mais graves, a falência.

O primeiro passo é registrar as movimentações financeiras diariamente priorizando os dados do mês corrente e tudo o que está em aberto. Assim, é possível ter uma noção da situação atual da empresa e pode começar a criar estratégias para um futuro promissor.

Tenha uma equipe qualificada

Uma equipe engajada com o crescimento da empresa, bem como com qualificação técnica para atuar na área financeira faz a diferença na gestão da organização. O profissional dessa área tem a capacidade de tomar e/ou auxiliar decisões mais assertivas para que  o planejamento financeiro seja respeitado e os resultados continuem aumentando.

Assim, a área atua, diretamente com os números e orçamentos da empresa, atuando estrategicamente para evitar o desequilíbrio das contas e impactando positivamente na renda e nos objetivos em curto, médio e longo prazo.

Conclusão

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Como você viu, a gestão e o controle de finanças da empresa é uma atitude que impacta diretamente nos planos que o empresário deseja e vislumbra para o futuro do negócio. A área é dinâmica e promove inovações à instituição uma vez que possui profissionais atuantes e responsáveis.

Caso você precise de gerenciar a área financeira da empresa, conte com uma equipe especializada, pronta e preparada para atuar com o cenário mercadológico mais atrativo para o crescimento da organização.

Para isso, conte com a Investor e tenha segurança nas operações!

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