Uma joint venture, ou “aventura em conjunto”, nada mais é do que uma união de empresas, que resulta na criação ou não de uma outra empresa.
Mas as primeiras organizações continuam com a sua independência financeira, jurídica e comercial.
Essa união tem como objetivo beneficiar as duas empresas, onde uma ajuda a outra, em algum ponto da cadeia de produção.
Tal aliança entre empresas é bastante comum no mercado financeiro, especialmente quando elas desejam aumentar a sua atuação no mercado ou então entrar em outros mercados financeiros.
Ficou interessado em saber mais sobre joint venture?
Continue acompanhando este artigo, pois iremos explicar o que é e quais as vantagens e desvantagens para as empresas envolvidas.
Boa leitura!
Existem várias formas de expandir um negócio, como, por exemplo, por meio de fusões e aquisições.
Entretanto, existe também a joint venture, que é uma estratégia bastante utilizada no mercado hoje em dia.
Por isso, a partir de agora vamos falar a respeito desse conceito e suas principais características.
Uma joint venture nada mais é que acordo comercial feito entre duas ou mais empresas por um determinado período.
Tal acordo tem o objetivo de unificar os recursos das empresas para que elas possam realizar determinada operação, podendo ser um novo projeto, aumentar a área de atuação no mercado ou então agregar valor para cada uma das empresas envolvidas, por exemplo.
Assim, sempre que as empresas decidem se unir através de uma joint venture, elas manterão sua identidade, seus interesses comerciais, suas ações na bolsa de valores, entre outros.
Mas, mesmo assim, elas terão que arcar com os custos e despesas de associação e lucros da joint venture.
Um país que utiliza muito essa prática é a China, pelo fato de o governo local exigir que as empresas estrangeiras se associem com as nacionais para que possam funcionar no país.
A principal intenção do país é manter o mercado nacional forte e beneficiar, ao mesmo tempo, o mercado industrial, facilitando assim que investidores atuem no país.
Juridicamente, a joint venture pode ocorrer de duas formas:
Agora, as principais características de uma joint venture são:
É importante destacar a diferença entre uma joint venture e uma fusão.
A fusão acontece quando duas ou mais empresas decidem formar uma única nova empresa.
Enquanto a joint venture é somente uma parceria legal entre as empresas por tempo limitado.
O objetivo de uma joint venture é desenvolver um projeto que traga benefícios para todas as partes envolvidas.
Dessa forma, suas podem ser simples ou complexas, e tal definição é o que irá determinar o tento que a joint venture irá durar.
Como visto, o objetivo da união de empresas é desenvolver um projeto que aumente as margens das empresas envolvidas no mercado.
Assim, existem vários motivos que levam as empresas a utilizarem essa estratégia. Dentre eles, podemos destacar:
Mas como nem tudo são flores, uma joint venture também pode acarretar:
Agora, vamos falar sobre a principal característica desse modelo de parceria.
A principal característica de uma joint venture é o benefício comum para todos os envolvidos, especialmente pelo fato de que as empresas dobram a capacidade empresarial e a experiência.
Entretanto, é preciso deixar bem claro quais são os benefícios que as empresas desejam alcançar desde o início do processo, com a devida comunicação entre as partes, para que a relação dê certo.
Agora é o momento de se falar sobre os tipos existentes.
Uma Joint Venture contratual nada mais é que um acordo onde duas ou mais empresas se reúnem para a realização de determinado projeto de negócios e, como o próprio nome sugere, assinam um contrato que contém todos os termos do negócio.
Aqui,ao invés de ser criada uma entidade jurídica separada para o projeto, ambas as partes trabalham de forma conjunta.
Assim, os lucros e perdas do empreendimento são compartilhados, de acordo com os termos que foram estabelecidos no próprio contrato.
Esse tipo de joint venture contratuais representa a associação de interesses que tem o objetivo de cumprir os objetivos específicos do negócio, com a devida divisão dos riscos (bônus e ônus são compartilhados).
E, como não existe a criação de uma terceira empresa, em tal modalidade não existe a necessidade de mudanças estruturais nas empresas envolvidas.
A principal característica de uma joint venture societária é realizar um empreendimento em comum por meio da criação de uma nova empresa que irá assumir uma identidade jurídica própria.
Além disso, esse tipo de união de empresas se parece com uma parceria comercial, entretanto ela conta com uma uma diferença fundamental.
As parcerias contam com um relacionamento comercial contínuo e de longo prazo, já a joint venture societária se baseia em somente uma transação comercial
O modo que o mercado globalizado age com as novas demandas e tecnologias proporciona o surgimento de novos modelos de negócios bem como novas estruturas empresariais.
Assim, um dos processos mais populares no mundo dos negócios é justamente o joint venture.
Isso acontece porque a união de empresas é uma coligação ou associação entre duas empresas que passam a trabalhar em conjunto em busca de um objetivo ou benefício em comum, entretanto elas não se unificam.
Tal associação proporciona trocas e ajuda em investimentos diante de novos objetivos.
Assim, a joint venture é uma conexão ou contrato de sociedade entre duas ou mais empresas, que podem ter diversos objetivos, tais como:
Todos sabem que o mundo dos empreendimentos em conjunto é uma tarefa bastante complicada.
Por isso, você tem que estar ciente de suas desvantagens e vantagens.
Dessa forma, a seguir vamos falar sobre as vantagens da união de empresas:
As empresas que decidem fazer parte do joint venture irão dividir todos os custos das operações, fazendo com que as despesas sejam reduzidas.
Dessa forma existe uma diminuição dos gastos podendo resultar em uma margem de lucro maior para as empresas é um produto com menor preço final para o consumidor.
Algumas joint ventures fecham acordos de logística, o que proporciona uma melhor distribuição de todas as mercadorias que foram produzidas.
Desse modo, a empresa irá conseguir atender a um mercado maior sem a necessidade de um investimento alto em infraestrutura e pessoal para fazer isso.
Esse tipo de parceria permite que novas tecnologias, tais como um equipamento de última geração, sejam adquiridos.
Como tais equipamentos são bem caros, a grande maioria dos empresários não conseguem comprá-los sozinhos.
Assim, fazendo parte de uma joint ventures, e adotando as novas tecnologias, a linha de produção será mais eficiente, mais rápida, e os produtos terão mais qualidade.
Como as empresas que participam do joint venture irão fazer a divisão dos custos das operações, as despesas de cada empresa serão reduzidas.
Com isso, existirá uma diminuição dos gastos, resultando em uma maior margem de lucro, um aumento na oferta do produto bem como um produto com menor preço para o consumidor final.
Além de fazer a analisar das vantagens da joint venture, também é necessário saber quais são as desvantagens da aliança entre duas empresas:
Nem sempre o momento de tomar decisões entre as empresas que participam de uma joint venture é fácil.
Isso acontece pelo fato de que, como existem muitas pessoas envolvidas nas decisões, surgem ideias e opiniões diferentes.
Dessa forma, se não houver um acordo, pode acabar causando um atraso na produção ou nas operações.
Cada empresa tem uma filosofia própria de gestão, ou seja, elas possuem formas diferentes de tratar sobre o mesmo problema.
Esse talvez é o principal motivo que joint ventures encerram suas atividades antes do tempo.
Ter um equilíbrio das responsabilidades é essencial para o sucesso da união de empresas.
Por exemplo, uma das empresas fornece o pessoal para realizar o projeto, e a outra disponibiliza a tecnologia necessária.
Assim, a primeira empresa irá precisar de um tempo maior bem como de mais recursos para conseguir cumprir com a sua parte do acordo.
Por isso, é essencial que o contrato esteja descrito qual é o papel de cada uma das partes.
Existem vários casos de joint venture que é feito entre empresas de nacionalidades diferentes, tal qual o exemplo da China, mencionado anteriormente.
Assim, diferentes culturas contam com diferentes formas de agir frente às mesmas situações.
Pois, o que pode ser considerado normal em uma cultura, pode ser considerado ofensivo em outra.
Por isso, é fundamental conhecer e disseminar os costumes de ambas as culturas para que todos caminhem na mesma sintonia.
Ao apostar em uma joint venture, você precisa estudar bem sobre o assunto e seguir algumas dicas, pois isso pode ser um diferencial para que sua estratégia dê certo.
Primeiramente é preciso que se faça um planejamento orçamentário para saber se o negócio será vantajoso para as partes, bem como verificar se as ideias estão alinhadas com o planejamento estratégico.
Depois que você concluir que sim, é recomendado que se faça uma revisão de toda a estratégia comercial para saber se a joint venture será uma boa opção.
Constatando que a estratégia é boa e será executada, é essencial conhecer a(s) empresa(s) parceiras.
Isso pode ser feito por meio de um processo de Due Diligence para que você analise os documentos e dados contábeis e financeiros para eliminar ou reduzir os riscos da operação.
Depois disso, você irá estabelecer o(s) parceiro(s) e a partir desse ponto irá começar a elaborar um plano e discutir de forma clara com os parceiros as metas e expectativas para que o acordo tenha um objetivo comum a ser atingido.
Entretanto, é preciso também que se faça um balanço dos investimentos que deverão ser realizados pelas partes, bem como saber o grau de especialização de cada parte.
A chave para o sucesso também consiste na participação ativa e no acompanhamento de todo o andamento da joint venture.
Seguindo estas dicas você conseguirá fazer uma união mais tranquila e a probabilidade de sucesso será ainda maior.
Um exemplo atual brasileiro é a união feita entre as empresas Unilever e Perdigão em torno dos produtos Becel e Doriana.
A Unilever, que é a dona das duas marcas, disponibiliza a produção, enquanto a Perdigão faz a distribuição dos produtos nos pontos de vendas por ela negociados, o que garante a entrada da marca em novos mercados.
Dessa forma, as duas empresas contribuem em conjunto para o marketing e inovação.
Entretanto, o acordo entre elas pode ser impedido por órgãos de controle como o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Como aconteceu com o banco Itaú e a Mastercard, quando eles tinham o objetivo de lançar uma bandeira de cartões.
A ação foi contestada em primeira instância, sob alegação de risco à concorrência.
Existem diversos exemplos de união de empresas, entretanto alguns deles tiveram mais resultados positivos do que outros. Entre os mais conhecidos, podemos citar:
Portugal Telecom e Telefónica Movile (Espanha) que em conjunto lançaram a empresa de telefonia Vivo, no ano de 2002.
Essa parceria foi um grande sucesso e, no ano de 2010, a Telefónica comprou a parte da Portugal Telecom no negócio;
Volkswagen e Ford lançaram, no Brasil, no ano de 1987, a empresa Autolatina.
A ideia inicial era ter um negócio imbatível para atender ao mercado latino-americano, entretanto ela foi dissolvida nove anos depois, devido à incompatibilidade entre a filosofia das duas empresas;
Nintendo, Gradiente e Estrela do Brasil se uniram em um joint venture para formar a Playtronic.
Essa parceria foi um grande sucesso no Brasil e quando ela chegou ao fim os jogos da Nintendo ficaram mais caros, a quantidade de assistências técnicas caiu, e a linguagem e suporte dos jogos não estavam mais em português.
Uma Joint Venture nada mais é que a parceria de duas ou mais empresas que juntam seus recursos e experiências para alcançar um objetivo em comum, por um tempo determinado.
Os motivos para adotar essa estratégia incluem: expansão de negócios, desenvolvimento de novos produtos, acessar novos mercados e canais de distribuição, e busca por maior expertise técnica e recursos.
É importante destacar que as operações de joint venture não geram somente benefícios e lucratividade.
Isso porque, nessa associação temporária os riscos, prejuízos e custos também são compartilhados.
Por isso, antes de sua empresa adotar essa estratégia é preciso que se faça diversas análises de mercado, financeiro, entre outros.
Esperamos que este artigo tenha sido útil a você.
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