Funcionando como indicador de performance operacional, o custo de mercadoria vendida (CMV) é um dos primeiros e um dos mais importantes passos para se identificar o preço de custo de um produto. Para o gestor essa informação é de suma importância para que possa dimensionar sua margem de lucro, em especial, aqueles que atuam no comércio.
A fórmula de cálculo considera o valor pago pelas mercadorias e também os investimentos realizados para o transporte, pagamento de impostos, armazenagem, até o momento da venda. Portanto, falar em CMV é ter em mente importante ferramenta para controlar os estoques, seja ele de matéria-prima, produtos semi acabados ou os já prontos para serem comercializados.
Todas as informações são importantes e devem ser controladas e monitoradas corretamente. Isso para que o negócio se torne o mais rentável possível. Neste post vamos explicar e entender um pouco mais sobre esse importante indicador para mensurar o negócio de forma eficiente. Boa leitura!
Ou seja, CMV é a soma de todos os valores que o empreendimento gasta para produzir e armazenar seus produtos até que sejam vendidos. A identificação do custo de mercadorias vendidas deve ser feita de forma clara e eficiente.
Por isso o gestor deve adotar sistemas de gestão integrados como o enterprise resource planning (ERP).
O CMV deve ser aplicado em qualquer tipo de negócio, independente do seu tamanho e ramo de atuação. Para isso, seu cálculo pode ser feito por diferentes métodos, como os inventários permanente e o periódico.
Servir de base para se identificar o resultado bruto sobre a venda de um determinado produto é a principal finalidade de se saber qual o custo da mercadoria vendida (CMV).
Somente a partir deste indicador a empresa saberá se sua operacionalização está sendo lucrativa ou não.
Por isso, saber comprar – optando por mercadorias com preços baixos -, e saber vender, obtendo maior margem de lucro, é crucial para a saúde financeira da empresa.
Para calcular o CMV é preciso considerar todos os gastos envolvidos, desde a aquisição da matéria-prima até a venda ao consumidor final. Mesmo quem atua no comércio ou somente revenda precisa identificar o CMV dos produtos, para ter lucro.
Esse resultado é obtido depois de subtrair do faturamento o valor do CMV. Informação que geralmente aparece nas primeiras linhas dos demonstrativos de resultado do exercício.
Ou seja, isso inclui valores gastos, por exemplo, com aquisição de matéria-prima e de insumos junto aos fornecedores, aluguel de um local para armazenar, frete, seguro, impostos, folha de pagamento, entre outros componentes.
Como o CMV está ligado diretamente a um controle de estoque eficiente, toda empresa precisa calcular o custo da mercadoria vendida corretamente.
Isso garantirá eficiência e confiabilidade na venda e na entrega dos produtos, em especial para as unidades que conseguem manter o nível do estoque elevado.
Isso evita perda de venda e de cliente. Outra vantagem em saber o real CMV da mercadoria é que o resultado irá compor a base de cálculo do lucro operacional da empresa.
Portanto é imprescindível dimensionar e monitorar o CMV, para que o gestor possa traçar boas estratégias rumo ao controle e redução dos gastos.
Para isso é preciso ficar atento aos custos com estocagem de mercadorias e também na negociação na hora da compra, sempre optando por melhores preços e fornecedores. Para se chegar a esse resultado é preciso adotar algumas medidas importantes.
Registrar tudo o que entra e o que sai no armazém, computando também os itens devolvidos é essencial para se fazer um bom controle de estoque.
A medida também contribui para que a empresa entenda melhor a demanda dos clientes por cada item comercializado.
Caso seja identificado algum problema, como falta ou encalhe de algum produto, é possível resolvê-lo da melhor forma e no menor tempo possível.
Melhorar o controle de estoque ajuda o gestor até na hora de algum tipo de promoção ou liquidação de mercadorias que estejam próximas da validade, por exemplo.
Para isso o gestor precisa considerar alguns componentes importantes como sazonalidade de mercadorias, obsolescência e até o prazo de deterioração do produto. Controlar muito bem seus estoques, também evita que a empresa possa ter extravios, erros ou retrabalho.
Identificar e monitorar o lucro bruto é fundamental. Para se obter esse valor é preciso tirar o CMV da receita líquida. Não basta apenas analisar o lucro líquido, sem dimensionar o valor gerado nas vendas antes de abater outras despesas como as fixas e os impostos.
Por isso é fundamental monitorar o lucro bruto para saber se os preços e as estratégias adotadas de produção e de vendas estão corretas ou se precisam ser corrigidas em algum momento do processo operacional.
Por exemplo, saber se as despesas fixas necessitam de redução para que o lucro final possa aumentar.
Uma declaração mais dinâmica possibilita analisar a situação financeira da empresa de forma correta.
Pois nem sempre vendas e faturamento são sinônimos de uma boa posição financeira. Identificando o CMV a empresa consegue avaliar o peso dos preços dos produtos comprados ou produzidos sobre o lucro.
Ele trará informações importantes para que o gestor entenda seu desempenho no negócio, observando o lucro a partir das despesas reais. Dependendo do regime tributário adotado pela empresa o cálculo do CMV pode variar.
Os períodos em análise são conhecidos como inventário periódico, quando o controle de estoque é feito de forma sazonal ou permanente, quando esse controle é realizado de forma constante, com registros sistemáticos de entradas e de saídas.
Identificando os custos excessivos os gestores conseguem avaliar se há gastos exagerados em determinado ponto da cadeia produtiva ou de logística de venda.
Por meio do monitoramento do CMV é possível detectar algum gargalo, reduzir gastos, planejar novas estratégias de vendas, gerando maior lucro para a empresa.
O CMV também contribui para o planejamento de ações de marketing como promoções e liquidações. Outra vantagem que pode gerar economia para o negócio é aumentar a rotatividade do estoque, evitando encalhes e perda de dinheiro.
Essa é uma das melhores estratégias em busca de melhores preços, prazos e entregas de matérias-primas e insumos. Preços altos irão impactar diretamente no lucro bruto.
Melhorar o planejamento das compras pode ser uma alternativa em busca de preços mais competitivos e, por consequência, irá ajudar a manter os estoques mais equilibrados, com vendas e entregas garantidas.
A composição do CMV considera principalmente os elementos ligados ao estoque como os valores dos estoques inicial (EI) e o final (EF e as compras (C).
Portanto sua fórmula é a seguinte: CMV = EI + C – EF. Importante lembrar que o preço pago pela mercadoria pode variar por diferentes fatores, como a quantidade solicitada.
Grandes volumes podem custar mais barato do que um pedido com poucas unidades. Para identificar o valor gasto com a compra de produtos é preciso adotar alguns métodos e indicadores como:
– O primeiro que entra e o primeiro que sai (PEPS), considerando o CMV das mercadorias mais antigas no estoque;
– O último que entra e o primeiro que sai (UEPS), levando-se em conta o valor gasto com as mercadorias mais recentes;
– O custo médio, quando se calcula o CMV pela média dos valores pagos pelos produtos.
Ele é obtido por meio da diferença entre o valor das vendas realizadas e o valor do custo das mercadorias vendidas em determinado período. Portanto o cálculo mais preciso seria a partir da fórmula RCM = vendas a vista + vendas a prazo – ICMS sobre vendas – PIS faturamento – Cofins – CMV.
Considerando um estoque com aproximadamente 300 itens de um determinado produto (EI), acrescido de mais 500 novos (C) e um estoque final (EF) de 200 mercadorias. Lembrando que a fórmula correta a ser aplicada aqui é CMV = 300 + 500 – 200.
Portanto o resultado final é 600. Esse tipo de cálculo permite ainda identificar o volume de produtos vendidos, contribuindo ainda mais para melhorar o controle de estoque.
Também podemos aplicar a fórmula de cálculo do CMV para identificar o custo unitário do produto.
Por exemplo, se a empresa for um supermercado, é preciso identificar o valor unitário de cada item disposto nas gôndolas, como água, refrigerantes, frutas ou verduras.
Neste caso é preciso identificar o EI de cada grupo e também quanto a empresa investiu na compra e seu EF. Por exemplo, se no início a empresa tinha R$ 500,00 em EI de determinada bebida. No prazo de 30 dias investiu R$ 1 mil na compra de mais deste produto (C).
Ao fim de um determinado período a empresa chegou a R$ 550,00 em estoque (EF). Portanto teremos CMV = R$ 500,00 + R$ 1.000,00 – R$ 550,00 = R$ 950,00. Se a empresa vender R$ 2.350,00 em 30 dias, seu lucro bruto seria de R$ 1.400,00.
Esta é uma outra forma de encontrarmos o CMV das mercadorias. Nesse caso o cálculo é um pouco diferente, precisando identificar o percentual médio do custo sobre o total faturado.
Ou seja, o total das notas fiscais emitidas. Em seguida aplica-se esse valor igualmente sobre todos os itens comercializados.
O primeiro passo é conhecer o custo fixo, dividi-lo pelo faturamento e multiplicá-lo por 100. Importante lembrar que o CMV pode ser encontrado no DRE, onde os gastos dos produtos vendidos já estão separados das demais despesas.
O demonstrativo mostra ainda de forma clara o lucro bruto e o resultado líquido do negócio.
Para calcular o CMV o gestor não precisa considerar todos os gastos envolvidos na cadeia do seu negócio.
Ele pode desconsiderar os impostos sobre as vendas, como:
O ideal é que o custo da mercadoria vendida fique entre 30% e 40%. Percentuais entre 50% e 71% são considerados CMV médio, exigindo um melhor acompanhamento dos índices.
Como já vimos, o ideal é manter o percentual do CMV baixo. Para isso, os gestores precisam adotar diversas estratégias, que variam de acordo com o perfil do negócio.
Em geral, é preciso negociar melhores preços junto aos fornecedores, reduzindo os custos de aquisição e mantendo os prazos de entrega e a qualidade do produto ofertado no mercado.
Além disso, é preciso identificar a quantidade e a qualidade correta da compra. Ou seja, adquirir o mínimo possível para a produção, com os melhores preços de mercado, isso evita desperdícios ou encalhe de matéria-prima ou de insumos.
Nesse tópico é importante também controlar e monitorar o sistema de produção, sempre mantendo o equilíbrio para não faltar produto e não perder vendas.
Outro ponto importante a ser considerado é o caminho que esses itens percorrem até a produção final de um determinado produto.
Quanto tempo leva para preparar, armazenar e vender a mercadoria. Saber como a empresa pode reduzir esse tempo também contribui para diminuir o percentual do CMV de uma empresa.
Para resolver estas principais questões o gestor precisa avaliar e criar ferramentas e técnicas para reduzir os custos.
Manter um relacionamento próximo do consumidor final, pode ser um dos instrumentos adotados para identificar o grau de satisfação ou algum problema com o uso de determinado produto.
Identificar seu percentual é um importante indicativo se a empresa é lucrativa ou não. Nessa tarefa o gestor precisa considerar várias despesas e não somente o preço pago ao fornecedor.
Itens como transporte, armazenamento, folha de pagamento, e até mesmo os tributos devem ser considerados nessa conta. Lembrando que quanto menor o CMV melhor o negócio está financeiramente.
Além disso, o CMV também é um forte indicador na hora de colocar o preço justo do produto a ser vendido e na tomada de decisão na hora de reduzir despesas e custos.
Quanto menor for o CMV, maior será o lucro. Portanto, o ideal é que oscile entre 30% e 50% do faturamento.
Acima disso pode dificultar o fechamento das contas. Para quem busca um cálculo de CMV eficiente, a melhor opção é adotar um sistema de gestão que automatize essa operação.
Isso pode ser feito por meio de plataformas 100% digitais que oferecem relatórios detalhados de custo, vendas, estoque e finanças em geral. Como o DRE gerencial.
Recursos que também podem ser oferecidos por meio de empresas especializadas como a Investor Consulting Partners.
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