A inadimplência é um problema enfrentado por diversas empresas e o acúmulo de dívidas, principalmente em épocas de desaceleração econômica, pode levá-las à falência.
Neste cenário, a renegociação das dívidas é o melhor caminho para se restabelecer com os credores. De qualquer forma, devemos sempre tentar fugir desta situação desagradável e neste artigo daremos dicas sobre como evitar e renegociar dívidas.
Mesmo que sua empresa tenha um bom controle financeiro, podem ocorrer imprevistos, como por exemplo a redução do fluxo de caixa. Nesta situação, é comum que ocorram atrasos no pagamento de financiamentos bancários, prestações assumidas junto a fornecedores, impostos e outros desembolsos relativos à atividade empresarial. Os juros, acrescidos de multas, podem levar ao super endividamento em pouquíssimo tempo.
A redução do faturamento é uma das principais fontes de evolução de endividamento para empresas que já tinham contraído dívida antes da retração da receita, porém, existem outras situações que podem levar a este fim e muitos empresários não estão atentos a essas possibilidades.
Selecionamos alguns fatores aos quais você deve ficar atento:
O descasamento de caixa acontece quando as saídas ocorrem mais rapidamente do que as entradas. Nesse caso, a empresa recebe menos do que desembolsa e em prazos diferentes. O crescimento insustentável do empreendimento, bem como prazos de recebimento inadequados (no caso de clientes que exigem prazos de pagamento de 90 a 120 dias), despesas inesperadas e inadimplência dos clientes podem resultar no descasamento de caixa.
Ao contratar e demitir funcionários, sem a correta assessoria jurídica e contábil, o empresário pode ficar inadimplente com relação a alguns direitos. Os pedidos trabalhistas podem alcançar valores muito altos e deve-se estar atento a questões como custos, honorários jurídicos, multas da CLT, bem como eventuais autuações de órgãos públicos como INSS e Ministério do Trabalho.
A necessidade de reformar uma empresa, comprar equipamentos mais modernos, capital de giro, dentre outras razões, pode motivar o empresário a solicitar um empréstimo bancário. A decisão de utilizar uma linha onerosa bancária deve ser precedida de um estudo de como o recurso será utilizado, quais são os benefícios financeiros que serão gerados e se a empresa terá capacidade de honrar com as parcelas acordadas.
Ao tomar uma decisão de realizar um empréstimo para liquidar dívidas, deve-se analisar a relevância do débito em questão. Realizar um empréstimo para pagar um fornecedor não relevante, e que já não trabalha para a empresa, por exemplo, não é uma boa opção. Neste caso, a dívida só iria “mudar de endereço” e aumentaria constantemente devido às altas taxas de juros. A saída mais viável seria trabalhar na geração de caixa operacional da empresa ao longo do período de reestruturação.
A carga tributária brasileira é acentuada e o sistema de cobranças eletrônicas é extremamente avançado. Os tributos podem ser federais, estaduais ou municipais e deixar de pagá-los pode resultar em bloqueio/penhora de bens da empresa, além de multas por infração e certidão de dívida ativa. Para que você não corra este risco, é recomendável contratar um contador de confiança, arquivar todos os comprovantes de pagamentos e realizar um planejamento tributário.
É muito importante verificar a regularidade do ponto comercial com relação ao contrato de locação e ao prazo determinado. O proprietário pode requerer o local a qualquer momento ou conforme o acordado, e o não cumprimento do contrato pode gerar multas. Em contrapartida, ao adquirir um imóvel como ponto comercial, deve-se ficar atento às dívidas, principalmente com relação às questões fiscais.
Para a maioria dos contratos, é necessário ter um profundo conhecimento em direito do consumidor e direito civil. O responsável pelos contratos da empresa deve estar atento ao cumprimento dos prazos, à relação com os fornecedores de materiais e serviços, ao pagamento dos encargos, entre outros fatores, pois a quebra de um contrato importante pode levar ao fechamento repentino das portas da empresa. Dedicar atenção a todos os termos contidos no contrato evita multas e demais penalidades, além de problemas com a justiça e o desentendimento entre as partes.
Quando uma empresa perde o controle das suas dívidas, é fortemente recomendável que estas sejam administradas e negociadas por meio de uma empresa especialista em renegociação de dívidas. Isso deve ser feito o quanto antes, pois as dívidas aumentam geometricamente, devido a elevadas taxas e juros cobrados pelo banco.
Ao contratar uma empresa especializada, as decisões do devedor serão assessoradas por um profissional que irá estudar a capacidade de pagamento futuro da empresa e elaborar acordos de reestruturação, escalonamento ou recomposição da dívida junto às instituições financeiras.
A empresa deverá passar por uma profunda transformação, que pode envolver a venda de ativos, em especial imóveis, ou a venda de maquinário, uma parte da empresa ou de algumas de suas filiais. Desta forma, o empresário capta recursos mais adequados para o pagamento da dívida, alterando o perfil do endividamento com relação ao prazo e/ou taxa de juros, e estabiliza seu empreendimento. Enquanto a empresa especializada conduz as negociações, é muito importante que a empresa se reeduque financeiramente e promova a redução de custos.
As proposições de reestruturação da dívida devem ser realizadas com cuidado e de forma conservadora, evitando a necessidade de quebra de acordo futuro com as instituições financeiras e consequentemente perda da credibilidade junto aos bancos. O processo não é rápido e exige muito empenho e paciência do empresário.
A alavancagem financeira consiste no montante da dívida da empresa com a finalidade de adquirir mais ativos. É um tipo de captação de recursos de terceiros (empréstimos, ações preferenciais e debêntures) para financiar investimentos. Desta forma, pode-se maximizar o retorno do capital investido e evitar que as operações sejam financiadas com o patrimônio da empresa. Entretanto, recorrer excessivamente a este recurso implica no aumento das dívidas, e ficará cada vez mais difícil quitá-las.
Capital de giro é o montante necessário para financiar a continuidade das operações da empresa. A exemplo disto, temos os recursos para financiar clientes e sustentar vendas a prazo, bem como para manter os estoques e pagar funcionários e fornecedores, entre outros. A necessidade de capital de giro é dada pela diferença entre o montante de recursos aplicados (contas a receber e estoques) e recursos que a empresa detém para financiar o capital de giro (fornecedores de matéria-prima e de mercadorias, despesas e impostos a pagar). A correta e constante gestão do capital de giro, faz com que a empresa não seja surpreendida com a necessidade de capital de curto prazo, que muitas das vezes são financiadas por linhas bancárias de limite pré-aprovado e que possuem custo financeiro extremamente elevado.
É importante manter a planilha financeira gerencial da empresa sempre atualizada. Cuide do orçamento! Receitas, custos e despesas. Busque equilibrar as entradas e saídas de caixa. Corte gastos excessivos e analise o que pode ser eliminado, sem comprometer a produção. Faça uma reserva financeira para lidar com eventuais imprevistos futuros e liste todas as dívidas e se atente aos prazos de pagamento. Outra dica é não aceitar o crédito fácil que algumas instituições oferecem sob taxas de juros maiores e que podem estar ocultas.
Conte conosco para auxiliar na renegociação das dívidas de sua empresa!
Índice Ministério de Portos e Aeroportos lança plano estratégico com 1.500 projetos até 2035 Decisão…
Índice Atlético Mineiro lidera ranking das SAFs mais valiosas do Brasil Softplan adquire Runrun.it e…
Índice Maior Carteira de Leilões Portuários da História Enfrenta Desafios para Atração de Concorrentes EcoRodovias…
Índice M&As no setor de tecnologia já superam as expectativas em 2024 Fleury adquire laboratório…
Índice O que é o CPC 34? Objetivo do CPC 34 Atividades Envolvidas na Exploração…
Índice Governo lança programa para otimizar concessões rodoviárias ANTT marca audiência pública para concessão da…