Pode parecer afirmar o óbvio, mas uma empresa precisa ter controle de todos os seus bens para desempenhar um planejamento estratégico em nome de seu desenvolvimento. Em tempos de coronavírus, portanto, não seria diferente reforçar a importância de se fazer a gestão do ativo imobilizado e teste de Impairment, ou de recuperabilidade.
Grande parte dos negócios estão vivendo um período de grande instabilidade e incertezas, uma vez que precisaram transformar a realidade do dia a dia para resguardar a saúde de funcionários e clientes.
Enquanto algumas empresas desaceleraram a produção, outras estão reduzindo seus quadros – temporariamente, espera-se – ou mesmo adaptando à realidade de colocar os colaboradores para trabalhar de casa.
Um fato que é preciso ter em mente é que ainda não se sabe quando a sociedade em que vivemos voltará à normalidade, nem mesmo se o “normal” que já conhecemos existirá outra vez. Mas quem é empresário, gestor financeiro e/ou responsável pela saúde financeira de um empreendimento, reconhece que é preciso fazer a gestão do ativo imobilizado agora.
Para que você entenda melhor sobre esse controle, continue a leitura, pois iremos apresentar pontos de muita relevância para o seu negócio.
O momento atual em meio à crise do coronavírus reflete na possível necessidade de reavaliação dos ativos. E, nesse cenário de incertezas, é previsto um forte impacto no balanço das empresas, sem chances de fugir da realidade.
Em uma reportagem, o jornal Valor Econômico alertou justamente para isso, apontando, ainda, que a pandemia terá significado de grande relevância para o balanço patrimonial, bem como para a viabilidade dos próprios negócios.
Isto é, o coronavírus ganha forma de teste de fogo para muitas empresas, que estão precisando adotar novas estratégias e se reinventar para sobreviver e prosperar. A tarefa é desafiadora, certamente, mas necessária.
A previsão dos especialistas é que os valores de ativos tenham uma reavaliação para baixo do anterior, ou seja, ter controle do imobilizado é chave nesse contexto.
A gestão do ativo imobilizado, também conhecido como fixo, é um controle que deve ser desempenhado pela empresa. Isto é, os imobilizados representam os bens utilizados para execução ou suporte à atividade-fim de determinado empreendimento. Eles podem ser, por exemplo:
-Terrenos;
-Edifícios e edificações;
-Maquinário;
-Veículos a motor;
-Móveis;
-Utensílios;
-Equipamentos;
-Escritórios;
-Ferramentas.
E, então, cada empresa precisa fazer um processo de mapeamento e monitoramento de seu próprio patrimônio, de forma a tomar decisões estratégicas para a manutenção de suas atividades. Em outras palavras, isso tem a ver com uma administração para que não falte recursos.
A gestão do ativo imobilizado serve para que os negócios consigam controlar ativos fixos diante de processos de auditorias e avaliação para empréstimos, por exemplo. Isso porque o balanço patrimonial pode ser usado em cálculos de indicadores financeiros.
Assista este vídeo de apenas dois minutos para ver o passo a passo da Gestão do Ativo Imobilizado:
Voltando ao cenário atual, a Covid-19 transformou as perspectivas para negócios. Se há poucos meses as empresas estavam prevendo melhorias e crescimento, assim, como expansão econômica para o país, agora a pandemia está levando à revisão dos cálculos.
Na Europa, fala-se em cenário avassalador como na Segunda Guerra Mundial, cujo fim foi em 1945. Em todo o mundo, os estragos de 2008 também estão sendo lembrados. E, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), uma projeção revela que a economia global deve retrair 3% em 2020, superando os prejuízos da crise de 29.
Em poucas palavras, empresas em escala mundial vão sofrem impactos em suas receitas. Então, cabe a elas tomarem medidas com relação à gestão do ativo imobilizado, como o teste de impairment – que, inclusive, é obrigatório às Sociedades de Grande Portes.
O teste de recuperação identifica ativos com valor acima do recuperável, isto é, ele permite a compreensão do valor dos ativos, bem como sua desvalorização, entendendo se o contábil vai além do justo. Quando o valor recuperável é abaixo do contabilizado, considera-se a necessidade de registro da baixa contábil.
Fazer essa avaliação é um passo essencial para prevenir prejuízos, bem como disponibilizar demonstrações financeiras determinantes sobre a empresa. Essas informações são de grande valia para empresas impactadas pela pandemia.
Em outras palavras, como espera-se redução no fluxo de caixa do negócio, é necessário compreender valores para entender a dimensão da desvalorização.
É importante dizer que o teste de recuperabilidade de antes já não se aplica ao cenário atual. O seja, empresas precisam de um novo Impairment para ter ciência do valor recuperável abaixo do valor contábil.
Estamos falando de valores que têm total relação com o fluxo de caixa, bem como a necessidade de investimentos de uma empresa.
Não podemos esquecer a importância de rever a vida útil do imobilizado, bem como sua taxa de depreciação nesse cenário atual, que tudo tem a ver com despesas e, consequentemente, resultados para uma empresa.
Se ainda não está nítida a importância de fazer a gestão do ativo imobilizado no momento atual, a seguir serão listadas algumas das vantagens que podem ajudar seu negócio.
E vale lembrar que esse controle é primordial para que empresas estejam dentro das normas e conformidades.
A gestão do ativo imobilizado pode começar pelo próprio financeiro, remotamente, ou seja, sem que haja necessidade de interação entre as pessoas. Isso porque a contabilidade já conta com recursos suficientes para levantar valores e dados que são decisivos para esse momento.
Além disso, o setor é capaz de priorizar as informações necessárias e, assim, orientar quem dará prosseguimento ao processo.
Um ponto interessante de ser observado é que há diversas empresas adotando o trabalho remoto (home office) e, com isso, podemos observar um fluxo reduzido de pessoas. Ou seja, o levantamento de dados sobre os ativos do empreendimento pode ser favorecido por essa realidade. Como assim?
Aproveitar esse momento de menor circulação favorece o inventário da base patrimonial, avaliando o estado de conservação dos bens, da vida útil deles. Some isso ao levantamento já feito previamente pelo Financeiro e, assim, tenha em mãos informações essenciais à empresa.
Ainda que a produção esteja em queda numa empresa, os colaboradores podem atuar de muitas formas, dependendo de suas capacidades e habilidades. Isto é, para fazer a gestão do imobilizado, vale contar com o capital humano interno, por exemplo.
Mas é preciso ressaltar que uma consultoria externa pode ser extremamente necessária para a precisão das informações. Em outras palavras, cada contexto é único e, por isso, gestores devem fazer uma avaliação sobre como proceder.
O controle do ativo imobilizado nesse momento significa um monitoramento minucioso sobre o patrimônio da empresa. Esse ponto está relacionado, por exemplo, ao controle de possíveis desvios de bens e, consequentemente, prevenção de prejuízos.
Além disso, é hora de ter noção completa sobre bens que podem estar ultrapassados, bem como sem o devido aproveitamento, inclusive por estarem danificados.
Nesta realidade atípica instaurada pelo coronavírus e que prevê impacto em muitos negócios, é de grande relevância fazer a gestão do ativo imobiliário, bem como o teste de Impairment, para que empresas tenham ciência sobre a precisão de suas projeções.
Em outras palavras, dependendo da metodologia utilizada na recuperabilidade, será imperativo que uma nova avaliação seja feita.
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