Realizar o IPO é uma decisão difícil para qualquer empreendedor. O termo vem do inglês Initial Public Offering, ou em português, Oferta Pública Inicial (OPI). Ou seja, significa que a empresa está abrindo pela primeira vez o seu capital para a Bolsa de Valores.
Abrir o capital é uma maneira de captar recursos e, dependendo do tamanho da empresa, pode render milhares, ou até milhões de reais a mais. Tudo isso, pode ser investido no crescimento dos processos.
Por outro lado, vender ações na Bolsa de Valores também é abrir a porta para acionistas, que podem ser anônimos com uma parte ínfima da corporação ou até grandes investidores que terão poder de decisão.
Como dizem por aí, cada caso é um caso. O fato é que o IPO é uma ferramenta que efetivamente pode beneficiar os negócios!
No Brasil, a abertura de capital transforma a empresa em uma Sociedade Anônima, uma S.A., que terá acionistas. Sendo assim, cada um deles é dono de uma fatia do negócio e fica com uma parte dos lucros ao fim do ano. Este, inclusive, é um processo muito presente hoje em dia em empresas de tecnologia.
Tome como exemplo uma empresa que tem mil ações na bolsa. O dono de uma única ação tem direito a 1/1000 do lucro líquido quando o ano estiver fechado. Neste caso, o acionista tem uma parte muito pequena e o valor não deve ser muito expressivo.
Em geral, um investidor com este perfil trabalha com a especulação, procurando ações em baixa para a compra, com a expectativa que os papéis entrem em alta para que ele possa revendê-los com lucro.
Existem, no entanto, investidores maiores, com mais apetite e maior poder de investimento. Ao comprar uma fatia considerável das ações, um investidor destes ganha o direito também de participar de decisões. Por conta disso, grandes empresas têm conselhos de acionistas do qual participam os principais investidores justamente com a finalidade de participar das decisões mais importantes.
Bom, por que então fazer o IPO e dividir o poder de decisão?
Simples, ao atrair acionistas a empresa também se capitaliza. A captação de recursos pode ser o passo decisivo para um crescimento que não seria possível sem a abertura de capital.
Claro, investidores estão atrás de lucros! Antes da compra massiva de ações, vão estudar a saúde financeira da empresa, a qualidade dos processos e como anda o mercado. Ou seja, a abertura da empresa traz credibilidade.
Pense bem, se grandes investidores estão “apostando” em determinada empresa, significa que eles acreditam na rentabilidade dela. Isso mostra força diante do mercado e é um diferencial competitivo importante. Além disso, ter um bom nome é também uma estratégia de marketing e essa é apenas uma das vantagens.
Uma Oferta Pública de Capital não representa apenas aporte de recursos e a valorização de imagem da corporação. Portanto, confira outros benefícios que este movimento empresarial pode trazer:
-Liquidez a qualquer tempo: Ao abrir o capital, os donos de uma empresa passam a ter papéis que equivalem a “pedaços” do negócio. Seja no momento do IPO ou no futuro, ele pode vender as ações quando precisar;
-Recebimento de investimentos: A qualquer momento um Fundo de Investimentos pode se interessar em injetar capital e se tornar sócio da empresa. Em geral, este tipo de Fundo busca por empresas de capital aberto;
-Ações podem ser capital por si só: Os papéis da empresa podem ser um elemento fundamental em uma negociação importante como, por exemplo, uma aquisição de outra empresa. Caso o capital em caixa não for suficiente para concluir a transação, é possível colocar ações na mesa de negociação.
Se existem bons benefícios, há também desvantagens. O processo de abertura de capital em si é dispendioso e burocrático, sendo necessária a presença de um banco de investimento para a sua conclusão.
O controle das ações também é dividido e os investidores podem criar regras para, por exemplo, que o dinheiro da venda de ações volte para a própria empresa, reduzindo a liberdade dos proprietários iniciais.
Perder o controle sobre a própria empresa pode ser um pesadelo para um empreendedor. Por isso, é necessário pensar bem antes de iniciar o IPO. Ajuda e aconselhamento externos neste momento é fundamental.
Engana-se quem pensa que apenas grandes empresas podem ter o capital aberto. Essa é uma ideia antiga. Acontece que hoje existe um programa chamado “Vem para a Bolsa”, da Bovespa, no qual empresas de médio porte podem fazer um processo gradual de abertura de capital.
Antes de mais nada é necessário que a empresa esteja preparada para essa hora. É preciso uma análise profunda do negócio como um todo, uma avaliação detalhada de documentos e dados contábeis e financeiros.
É fundamental também que a empresa conheça o seu valor e isso é possível por meio de um processo de Valuation, que são modelos quantitativos para analisar a situação financeira e as perspectivas de crescimento do negócio. Uma análise de riscos também é necessária neste processo.
Isso pode evitar casos em que o valor da empresa não corresponde aos resultados. É o caso do IPO da Uber que, desde sua abertura a bolsa, teve seu valor de mercado reduzido em 23%.
Esse ano mesmo, diversas aberturas de capital foram canceladas ou colocadas em espera. Mas o que pode ter causado esses cancelamentos dos IPO’s? Bom, isso não aconteceu apenas pela instabilidade do mercado, devido a pandemia do coronavírus, existem outros motivos, como a intenção de investimento não atender as expectativas da empresa.
Ou seja, uma decisão importante como a abertura de capital exige avaliações e documentações específicas a fim de evitar riscos desnecessários. A melhor maneira de obter um processo realmente impecável é por meio de profissionais experientes e com a expertise necessária nesta área.
Restam dúvidas sobre o IPO, seus processos, vantagens e desvantagens? Nós da Investor estamos à disposição para conversar e ajudá-lo a tomar a melhor decisão.
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