Você que é empresário ou atua na área financeira de uma empresa já deve ter se deparado com um dado do Sebrae que aponta que uma entre quatro empresas fecha antes de completar um ano no mercado. Essa triste realidade certamente está relacionada à falta de planejamento financeiro empresarial.
Se cuidar das finanças pessoais é primordial para prosperar na vida, imagine a relevância de fazer o mesmo por um empreendimento que envolve e impacta tantas outras pessoas, famílias e serviços.
É por isso que fazer um planejamento financeiro deve estar na sua prioridade, seja para situações de crise, novos negócios e oportunidades, startups, ou para os que já atuam há anos no mercado.
Mas, claro, gerenciar finanças é uma tarefa desafiadora, que exige muita habilidade e conhecimento, não apenas sobre a realidade da empresa, mas também da economia como um todo. Para te ajudar nessa missão de planejamento financeiro empresarial, ao longo deste texto, você irá conferir diversas informações relevantes. Acompanhe!
Planejamento financeiro é a habilidade de alinhar as finanças, objetivos e metas, levando em conta presente e futuro, ou melhor, curto, médio e longo prazos. Para planejar é preciso contar com determinados métodos, que podem ser variáveis conforme cada realidade.
Uma das principais palavras desse contexto é o equilíbrio, pois, em finanças, ele é fundamental para que as “contas fechem” e, assim, possibilitem a continuidade dos planos e dos negócios.
Outra palavra que vale ouro no planejamento financeiro é a disciplina, uma vez que é preciso fazer do dinheiro um aliado, não um inimigo. Para isso, é necessário ter uma visão muito esclarecida dos objetivos, de forma a manter as ações com o foco neles, sem desvios.
Da mesma forma que uma pessoa deve definir suas metas para vida, cabe a uma empresa elaborar as metas de crescimento, como mais contratações, aumento de vendas, novos parceiros, expansão, entre inúmeras outras.
Mas fazer planejamento financeiro é realmente difícil e não está dentro da cultura brasileira. Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 60,5% das pessoas no país não conseguem chegar ao fim do mês com algum dinheiro.
Essa mentalidade se propaga, claro, o que explica a dificuldade das empresas em manter a saúde e o equilíbrio financeiro. Por isso, é primordial ter conhecimento do faturamento, das despesas, dos investimentos, entre vários outros dados que precisam entrar para essa conta.
Agora, falando mais especificamente do mundo dos negócios, o planejamento financeiro empresarial é importante para diversas situações. Mas a principal delas é controlar ou evitar dívidas, de forma a manter a saúde financeira e a possibilidade de lucros.
O endividamento pode virar uma bola de neve de difícil solução, cujo custo pode ser justamente o fechamento da empresa.
Ter controle de gastos é uma forma de prevenir justamente isso. A gestão financeira é um elemento-chave do planejamento, uma vez que reúne informações sobre as despesas, compreendendo a real necessidade delas.
Dessa forma, a contabilidade é capaz de reconhecer onde o dinheiro está sendo realmente utilizado, quais são as aplicações fundamentais para os recursos que fazem a empresa se manter ativa e próspera.
Como consequência desse gerenciamento, entra em cena o corte de gastos. Com o planejamento financeiro empresarial, é possível identificar despesas desnecessárias que estavam interferindo na saúde da empresa, além daquelas que podem ser cortadas em determinados momentos. É um contexto de adequação, muitas vezes.
O planejamento financeiro também é fundamental no contexto das startups, especialmente quando consideramos a escalabilidade delas. Ou seja, seu potencial de expansão sem grandes alterações nos custos.
O controle financeiro e de suas perspectivas estão totalmente alinhados com as possibilidades de investimentos.
Existem algumas metodologias próprias para fazer um planejamento financeiro empresarial, então, é importante entender bem da sua realidade empresarial para colocá-las em prática. Apenas para dar alguns exemplos, uma dessas ferramentas atende pela sigla PDCA, um recurso relacionado à solução de problemas.
PDCA significa “plan” (planejar), “do” (fazer), “check” (conferir, checar) e “action” (ação, agir). Em outras palavras, no planejamento financeiro é preciso seguir algumas etapas para que finanças se alinhem a objetivos. Então, vamos a um passo a passo.
Entender o que está acontecendo agora com sua empresa é o primeiro passo para o planejamento financeiro. A revisão deve ser orçamentária, mas não somente, como também sobre como anda o posicionamento dela diante do mercado, a confiança de parceiros, clientes e investidores, entre outros fatores.
Para mudar e melhorar, é preciso saber o que existe de positivo e negativo no cenário atual. Nesse caso, uma das metodologias comuns de serem aplicadas é a análise SWOT (“strengths, weaknesses, opportunities e threats”) ou, em português, forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
No planejamento, seus custos vão impactar na definição das metas, tema do tópico seguinte. Tenha atenção global com relação a despesas e todos os gastos, dos mais complexos aos mais simples. Ser detalhista nessa hora é sinal de zelo pela saúde financeira da empresa.
Entenda quais são os gastos diretos e indiretos, variáveis e fixos – contas mensais, salários etc. – e tenha controle da movimentação financeira.
Com a visão global de sua empresa diante do mercado, é hora de definir os objetivos, isto é, as metas de curto, médio e longo prazo, como as que já mencionamos mais acima.
Esses objetivos precisam estar alinhados a uma previsão de orçamento, que foi definida no ponto anterior. Ou seja, só será possível cumprir tais objetivos se estiverem dentro da realidade financeira, seja com vendas ou com o apoio de investidores, por exemplo.
Tenha muita tranquilidade para aceitar que a previsão orçamentária caminha junto com o planejamento financeiro empresarial.
Metas apenas no papel deixam seu planejamento financeiro empresarial falho. É preciso agir e, para isso, você deve elaborar um plano de ação para alcançar os objetivos.
Para isso, organize e defina quais serão as ações relacionadas a cada departamento, cada área da empresa, bem como um um cronograma realista para tudo isso. Cada colaborador deverá agir para alcançar metas, de forma a fazer setores e, consequentemente, a empresa prosperarem.
Agora que você entendeu sobre como fazer com que o planejamento financeiro empresarial seja bem sucedido, é preciso entender que ele será um exercício contínuo. Isto é, não adianta colocar ordem na casa, traçar metas e planos de ação e, então, perder o controle novamente de tudo que está sendo feito.
É por isso que sua empresa deve manter um plano orçamentário anual, por exemplo, alinhado às tais metas que discutimos antes. É possível que, a cada ano, objetivos mudem ou sejam readequados. Seu orçamento precisa estar ligado a qualquer transformação.
Inclusive, é essencial manter em mente que seu planejamento financeiro deve considerar cenários alternativos, crises e situações imprevisíveis. Em outras palavras, lembre-se de que o plano A não deve existir sozinho, pois, oscilações do mercado e do contexto do país podem interferir consideravelmente naquilo que estava nas expectativas de sua empresa.
Nesse texto, você viu a importância que um planejamento financeiro empresarial tem para o equilíbrio, a estabilidade e a prosperidade do seu negócio.
Portanto, reconheça sempre a necessidade dessa organização da contas e como ela poderá resultar em crescimento para a empresa.
Se precisa de ajuda com o planejamento de sua empresa, entre em contato agora com um de nossos especialistas.
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