Finanças corporativas

O que você precisa saber sobre Ebitda, lucro, patrimônio, Valuation e múltiplos

A avaliação de quanto vale uma empresa é determinante para suas possibilidades de investimento, crescimento e prosperidade no mercado. Nessas horas, existem cálculos com especificidades determinantes, que incluem termos como o Ebitda, um dos mais característicos desse cenário.

Os impactos e as influências do Ebitda nesse tipo de, digamos, demonstrativo, são primordiais para gestores, diretores, CEO, empresários e investidores, seja em contextos de normalidade ou de crise, como a que muitos estão vivenciando atualmente, devido à pandemia de Covid-19.

É por isso que esse artigo tem como finalidade levar a você esclarecimentos sobre lucro, patrimônio, Valuation e suas particularidades, como a metodologia de múltiplos, entre outros pontos comuns nesse segmento.

Continue a leitura para aprender e ter tranquilidade sobre esse assunto diante da sua realidade nos negócios.

Como é a metodologia de múltiplos

Agora neste tópico é hora de entender melhor essa metodologia, já aproveitando para abordar questões de lucro e patrimônio, intimamente relacionadas. Vamos lá!

Os múltiplos fazem parte de métricas de avaliação do valor da empresa, sendo que eles possuem utilidade essencial para investidores da bolsa de valores.

Em outras palavras, a técnica de múltiplos está diretamente associada à realidade daqueles que desejam apostar numa companhia, considerando seu crescimento no longo prazo, conforme a valorização das ações, mais especificamente.

Ou seja, o múltiplo P/L nada mais é do que uma relação entre o preço e o lucro de determinada ação. Dessa forma, o cálculo é capaz de fornecer informações sobre quão lucrativo o negócio é diante do mercado.

Nesse ponto, vale lembrar que, na métrica, é possível avaliar tanto o lucro passado quanto o projetado, sendo este o principal em termos de análise para quem realiza a compra de ações. Isto é, com a expectativa e a perspectiva de crescimento futuro.

Com isso, é possível afirmar, ainda, que os múltiplos favorecem a compreensão sobre o retorno do investimento, ou seja, a possibilidade de valorização do capital investido, conforme a passagem do tempo. Afinal, é justamente essa a finalidade e o objetivo dos investidores, estamos de acordo?

Outras questões do Valuation

Existem, claro, outras formas de Valuation de empresas, como a base contábil ou patrimonial. Nesse caso, é possível determinar o valor do negócio por meio da contabilidade, ou melhor, pelo levantamento do patrimônio líquido.

O “porém” nisso tudo é acabar perdendo a referência macro ao olhar para si mesmo, apenas. Essa é uma diferenciação importante para os múltiplos, conforme será detalhado ainda mais no tópico a seguir.

De toda forma, a escolha do cálculo de quanto vale uma empresa vai depender contexto de cada uma.

Qual é a relação dos múltiplos no Valuation?

No caso dos múltiplos, avalia-se quanto a empresa vale conforme o número que indica o faturamento dela, ou o seu lucro. Mas tudo isso tem como referência uma avaliação prévia, que serve de comparação.

Há, claro, algumas variáveis nessa avaliação, que o Financeiro, a Contabilidade, ou uma consultoria externa são capazes de levar em conta.

Assim, os múltiplos servem como um indicador financeiro para mostrar o resultado de caixa operacional de uma empresa. Por exemplo, para calcular o Valuation, nesse caso, pode ser feita uma análise do preço sobre lucro (P/L), ou melhor, o valor do negócio sobre o tal Ebitda (também conhecido como Lajida).

Essa é uma sigla para “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”, mas iremos detalhar isso melhor em um tópico seguinte.

Valor de mercado

Retomando o raciocínio, no caso da metodologia de múltiplos, é preciso comparar o valor de mercado de empresas do mesmo segmento, para entender se a avaliação envolve a negociação de um múltiplo considerado abaixo ou não.

Para exemplificar um pouco mais essa questão de uma relação P/L baixa, basta pensar num cenário em que as ações encontram-se mais baratas. Ou seja, isso pode ser um indicativo de valorização no futuro, algo que tem relação direta com maiores possibilidades de lucro, não é mesmo?

Por outro lado, índices baixos também servem como cautela e, em alguns casos, reestruturação, uma vez que podem revelar falhas de gestão e, consequentemente, impacto nos resultados, nos lucros e no patrimônio.

No caso de ações consideradas caras, é importante sempre lembrar que, ao mesmo tempo em que os negócios vão bem, é preciso equilibrar ânimos para não exagerar nas negociações.

Relação com a DRE e liquidez da empresa

Tudo o que foi mencionado acima não pode ser dissociado da DRE, ou melhor, a Demonstração do Resultado do Exercício. Trata-se de um relatório, previsto em lei, que detalha as operações financeiras realizadas por uma empresa em determinado período.

Em outras palavras, a DRE detalha tudo aquilo que é relativo a receitas, aos gastos, aos custos, bem como as despesas em questão. É a hora da verdade, da qual nenhuma empresa consegue escapar.

E, assim, a demonstração indica o resultado líquido do negócio, ou seja, seu desempenho, seja ele lucrativo ou não. Dessa forma, gestores têm em mãos um documento que indica a saúde financeira da empresa, informação determinante para sua prosperidade, concorda?

A liquidez também entra no tópico da análise fundamentalista trabalhada ao longo deste texto. Isto é, a empresa sendo capaz de arcar com suas obrigações, incluindo dívidas, seja agora ou no futuro.

Ebitda e Ebit nesse contexto e suas diferenças

Depois de toda essa contextualização sobre os múltiplos e o que é a DRE, não é possível terminar esse conteúdo sem detalhar melhor o Ebitda e o Ebit, indicadores de avaliação de companhias de capital aberto.

Como já explicado o significado em português mais acima no texto, Ebitda é uma sigla que representa “Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization”. Por meio dele, é possível obter esclarecimentos sobre a realidade financeira de uma empresa.

Assim como o Ebitda, o Ebit (cuja diferença básica é não incluir “depreciation and amortization”, como é possível deduzir pela sigla) serve para mostrar o lucro operacional de uma empresa, dado fundamental para o Valuation.

Isto é, com eles, leva-se em consideração a capacidade produtiva da empresa, sem a “interferência” de outros pontos, como determinadas despesas, inclusive de impostos. Um exemplo da serventia disso é a comparação de quão lucrativa uma empresa pode ser dentro de um cenário mundial, mesmo com cada particularidade tributária.

Ebitda: dados não podem estar sozinhos

De toda forma, apesar da relevância ímpar de indicadores como o Ebitda, é importante reforçar que avaliações da saúde financeira de uma empresa devem ser amplas e detalhadas. Por mais que cálculos que mostram uma realidade parcial tenham aplicações relevantes, os demais, como a DRE, são essenciais no contexto como um todo.

Por exemplo, a demonstração considera na conta as depreciações e as amortizações, o que favorece num resultado real com relação ao lucro operacional. Em outras palavras, a inclusão de gastos ajuda a enxergar impacto nas receitas e, consequentemente no valor do negócio.

Considerações

Com todas as informações sobre Valuation, incluindo a metodologia de múltiplos, a importância de questões como o Ebitda e a DRE, o que esperamos agora é uma consciência maior nos processos de avaliação da saúde financeira de sua empresa.

Aplicar técnicas que resultam no valor dela é fundamental para conquistar investimentos, ampliar negócios e, consequentemente, prosperar no mercado.

Para isso, conte com a visão especializada para a realização de tarefas determinantes como essas. Serviços de consultoria da avaliação patrimonial podem representar um caminho de novas possibilidades.

A Investor possui uma equipe técnica especializada em avaliações! Esclareça agora suas dúvidas sobre esse assunto, entre em contato conosco.

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