O processo de funcionamento de cada empresa tem suas peculiaridades, não importa o ramo de atuação. No entanto, todas elas têm também aspectos em comum e um deles é o conjunto de bens patrimoniais.
Fazer a classificação dos ativos é fundamental para responsáveis pela administração e controle financeiro de qualquer negócio, assim como entender quais são os benefícios que este controle pode proporcionar para a empresa.
O conceito de bens patrimoniais é relativamente simples, mas de grande importância do ponto de vista contábil, de gestão e também jurídico, como explicaremos aqui. Bens materiais são aqueles patrimônios da empresa que podem ser rentabilizados, isto é, transformados em dinheiro.
A frota de uma empresa, sua sede, seus maquinários, o material de escritório, por exemplo, são bens materiais. No entanto, bens abstratos também são considerados da mesma forma, como são os casos de registros e patentes.
Por outro lado, propriedades e direitos sem valor financeiro não podem ser considerados bens patrimoniais.
Se você precisa iniciar um processo de controle patrimonial na sua organização, veio ao lugar certo!
O que são bens patrimoniais?
Em suma, bens patrimoniais são ativos que uma empresa possui e que colaboram para o funcionamento da mesma, ou seja, na execução das suas atividades.
Uma vez que os bens patrimoniais são os itens que formam o patrimônio de uma empresa, a gestão patrimonial é a ação de identificar esses bens, a fim de determinar cada produto existente, sua condição de conservação e seu valor agregado.
Exemplos de bens patrimoniais
São muitos os bens materiais que uma empresa pode ter, mas entre os tipos mais comuns, podemos citar, por exemplo:
- Mercadorias em estoque;
- Veículos;
- Equipamentos como computadores e máquinas utilizadas para a realização dos serviços;
- Capital de giro;
- Contas a receber.
Quais os tipos de bens patrimoniais?
São duas formas distintas de classificação dos bens patrimoniais e vamos mostrar ambas. A primeira, é em relação ao tipo de ativo, ele pode ser um bem de consumo ou um bem permanente.
Bens patrimoniais de consumo
Os bens patrimoniais de consumo são aqueles bens adquiridos para um uso imediato, em um período inferior a um ano. Materiais de limpeza, de escritório, alimentos, peças de máquinas que requerem substituição constante, entre outros estão enquadrados neste tipo de bens patrimoniais.
De modo geral podemos dizer que eles são os bens patrimoniais adquiridos com a intenção de serem consumidos pontualmente ou em um tempo inferior a um ano.
Bens patrimoniais permanentes
Os bens patrimoniais permanentes são aqueles bens que têm uma durabilidade maior e que ainda têm a expectativa de gerar recursos para a empresa ao serem vendidos. Este tipo de bem também é conhecido como ativo imobilizado.
Sendo assim, dizemos que esses são bens mais duradouros na operação de uma empresa. Alguns dos critérios para registrar esses itens dentro dessa categoria são:
- Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27, que trata sobre o tema, o bem precisa ter vida útil superior a um ano e expectativa de gerar benefícios econômicos futuros;
- O valor do bem, que pode ser determinado um valor mínimo, de acordo com o ramo da empresa. Contudo, para fins de cálculo de Imposto de Renda, a lei 12.973/2014 determina que os bens com valores superiores a R$ 1.200,00 sejam registrados como imobilizado.
Como classificar os bens patrimoniais?
Uma segunda forma de classificar os bens patrimoniais está relacionada justamente aos bens permanentes, que podem ser listados como tangíveis e intangíveis.
- Ativos tangíveis: são todos aqueles bens físicos que a empresa possui. Edifícios, veículos, móveis, máquinas, computadores e muito mais estão nesta categoria.
- Ativos intangíveis: softwares, patentes, marcas e direitos autorais fazem parte dos bens patrimoniais de uma empresa, no entanto não têm uma existência física, não podem ser tocados e fazem parte dos ativos intangíveis.
Também não podemos deixar de citar outra diferença entre eles. É que os ativos tangíveis sofrem depreciação, ou seja, perda de valor do bem em função do uso. Já os intangíveis sofrem amortização.
É importante que o gestor entenda que essas classificações não são apenas questões subjetivas de administração. Listar corretamente o patrimônio de uma empresa também é uma responsabilidade contábil. Saiba mais lendo o artigo jurídico: Bens e sua classificação.
O que é gestão patrimonial e como fazer?
Imagine a seguinte situação. O orçamento de um determinado mês em uma fábrica está mais apertado e a peça mais cara de uma máquina fundamental para a produção amanhece quebrada. Ou o orçamento será quebrado ou a produção ficará parada.
Se essa empresa, por outro lado, tivesse uma gestão patrimonial excelente, a situação provavelmente seria evitada. Ao conhecer o patrimônio, o gestor reconhece padrões de vida útil dos equipamentos e o melhor momento para substituição.
Mas o que significa? Gestão Patrimonial é o balanço feito para manter o controle de custos e o acompanhamento do patrimônio da empresa.
Uma boa maneira de começar uma gestão patrimonial é através de planilhas. A Investor oferece uma opção excelente. Confira aqui!
Na hora de fazer a organização e controle patrimonial é importante seguir algumas etapas que facilitam o processo. Obviamente que cada empresa pode adotar formas diferentes de realizar essa gestão, porém abaixo listamos algumas atividades essenciais:
Escolha um sistema de gestão
Existem algumas ferramentas tecnológicas, como os softwares, que podem facilitar a gestão patrimonial, otimizando algumas etapas e até mesmo agilizando a execução de diversos procedimentos.
Caso você opte por utilizar alguma ferramenta, é fundamental escolher aquela que seja integrada a outras soluções contábeis, ajudando nos balanços patrimoniais e relatórios das depreciações.
Faça um inventário
Como a gestão de bens patrimoniais está diretamente ligada ao inventário, você deve manter um registro de todos os ativos da empresa. com a descrição dos itens e identificação da localização.
Quando itens forem mudados de lugar ou novos objetos forem comprados para substituir os antigos, é necessário atualizar o inventário. Somente dessa maneira é possível manter o catálogo atualizado, além de saber quais os itens realmente têm a empresa e quanto tempo irão durar.
Avalie os ativos
A terceira etapa da gestão patrimonial envolve a avaliação dos ativos, ou seja, identificação do custo de reposição dos itens, seu valor justo e residual (que nada mais é do que o valor que se espera receber pelo bem no final de sua vida útil).
Faça uma avaliação da vida útil
Para que seja possível estimar por quanto tempo o bem ainda será utilizado, é essencial ter um controle dos ativos.
Atualize o valor dos bens
É importante manter os valores dos bens atualizados, contabilizando a depreciação dos ativos. Assim, você consegue ter um maior controle dos itens que fazem parte do empreendimento e o quanto eles realmente valem.
Concilie o físico e o contábil
Aqui entra a comparação entre as informações da base contábil e os dados do inventário físico para que o gestor consiga identificar os itens contabilizados que não constam fisicamente no inventário da empresa.
Faça o teste de Impairment
De acordo com a Lei 11.638/07, o teste de Impairment é obrigatório para empreendimentos de grande porte, que são aqueles com uma receita bruta anual maior de 300 milhões de reais ou ativo total superior a R$ 240 milhões.
Também conhecido como teste de recuperabilidade de um ativo, ele tem como propósito verificar se os ativos da empresa estão desvalorizados, ou seja, se o seu valor contábil excede seu valor recuperável.
Caso o valor recuperável for inferior ao valor contabilizado, o resultado do teste deve ser contabilizado. Ou seja, a empresa deve registrar a baixa contábil da diferença nas Demonstrações de Resultado. Entretanto, se o valor recuperável for maior do que valor contabilizado, o ativo deve permanecer com o valor original registrado.
Qual a importância de se fazer a gestão dos bens patrimoniais?
A gestão dos bens patrimoniais é uma pauta importante entre os gestores, uma vez que promove a redução de custos e a racionalização das operações. Isso é essencial para que seja possível oferecer serviços e produtos mais competitivos no mercado.
De modo geral, ela reflete diretamente nos resultados das empresas, pois a partir daí é possível fazer um planejamento orçamentário preciso, já que o patrimônio estará quantificado e qualificado, evitando investimentos desnecessários, o que facilita no corte de custos.
Tornar a gestão mais profissional é, sem dúvida, uma das vantagens do gerenciamento adequado dos ativos imobilizados, mas não é a única. A gestão de patrimônio ainda pode:
- Reconhecer se um equipamento ou uma peça está se depreciando de forma mais rápida que o normal, devido à má qualidade ou realização de inadequada manutenção;
- Analisar se os ativos estão sendo utilizados no nível adequado de capacidade produtiva;
- Identificar se existem ativos sem condições de uso que, contabilmente e gerencialmente, constam com vida útil econômica ativa;
- Evitar fraude ou furtos por parte de colaboradores;
- Atender aos requisitos e exigências de instituições financeiras caso seja preciso buscar crédito junto a elas;
- Permitir uma otimização do gerenciamento de riscos, uma vez que os bens identificados e listados podem ser melhor segurados;
- Facilitar a redução de recursos e investimentos mal empregados;
- Prevenir problemas com o fisco, especialmente por omissões de receita e ganhos obtidos com vendas de bens imobilizados, o que pode gerar multas, processos administrativos/fiscais e outras sanções por parte da Receita Federal e de outros órgãos do governo.
Quer saber mais sobre o assunto? Leia o nosso post: O que é Controle Patrimonial, como e porque fazer?
Como manter a gestão dos bens patrimoniais atualizada?
Tão importante quanto iniciar a gestão patrimonial mais adequada é mantê-la sempre atualizada. Este processo começa com uma identificação e classificação precisa dos bens patrimoniais, a adequação contábil correta e a gestão dos termos de responsabilidade de cada um dos itens do inventário.
Não basta conhecer bem os ativos, é preciso um gerenciamento constante de todos eles para obter um perfeito controle do patrimônio com a instituição de rotinas para detectar a depreciação dos ativos, o registro de transferências físicas e a coordenação e supervisão da entrada dos novos bens.
Toda essa responsabilidade vai tornar a gestão geral de uma empresa muito melhor. Conhecer e fazer com que os ativos tenham uma utilização otimizada é vantajoso tanto do ponto de vista operacional quanto econômico.
Novos orçamentos podem ser mais enxutos, já que com o controle da depreciação é possível rentabilizar os bens mais antigos com vendas. Além disso, a segurança dos funcionários tende a ser maior, uma vez que a confiabilidade dos bens também será maior. Toda a empresa sai ganhando.
Uma dica importante para você! A Investor tem um questionário com o qual você pode conhecer melhor o processo de controle patrimonial e avaliar quais são as etapas em que a sua empresa pode melhorar. Clique aqui para baixá-lo!
Por que a gestão de bens patrimoniais é fundamental?
Por tudo que vimos, podemos dizer que uma excelente gestão patrimonial é uma necessidade para otimizar o funcionamento de toda a empresa. Este gerenciamento, classificação e controle então, devem ser feitos com o máximo de cuidado possível.
O mercado oferece empresas especializadas que têm toda a expertise para que o processo de controle de patrimônio de uma empresa seja feito da forma mais eficiente, desde o início do levantamento dos ativos, passando pela verificação da depreciação e chegando até a manutenção dessa gestão.
De modo geral, sem um bom controle patrimonial fica difícil saber o quanto de depreciação atingiu cada bem do inventário, o que pode gerar dificuldades na mensuração de custos e despesas operacionais.
No que diz respeito ao Balanço Patrimonial, é importante destacar que os ativos imobilizados contabilizados têm seus registros feitos em correspondência aos seus valores de aquisição, dos quais se descontam percentuais de depreciação, amortização ou exaustão.
A depreciação de cada bem precisa ser lançada periodicamente até que ocorra a depreciação total, ou seja, quando o item chegar à obsolescência ou desgaste completo.
Contudo, quando o bem atinge a depreciação total, mas ainda existe e pode ser usado, o ativo é baixado contabilmente ao se executar sua doação, venda ou finalização de serventia.
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Conclusão
Para construir um patrimônio leva-se muito tempo, no entanto, para perdê-lo, é relativamente muito mais fácil.
Sendo assim, é importante deixar a gestão de patrimônio nas mãos de profissionais especializados, que entendem de todos os processos relacionados, evitando problemas no futuro.
Lembre-se que a gestão de patrimônio de uma empresa precisa estar alinhada com os objetivos estratégicos da mesma, pensando na sua sustentabilidade e crescimento.
Seja qual for a situação, a nossa dica é procurar a assessoria mais qualificada possível para conduzir a gestão de patrimônio com inteligência e responsabilidade.
Para isso, a Investor conta com uma equipe especializada em Gestão de Bens Patrimoniais. A experiência e seriedade no serviço, aliados à equipamentos de ponta, permitem a entrega de resultados precisos, eficientes e com agilidade.
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