A contabilidade patrimonial é algo que faz parte da gestão financeira que toda empresa precisa fazer, das menores às maiores. Mas, ainda que o conceito pareça fácil de entender, existem alguns detalhes nesse cenário que merecem ser mais aprofundados e esclarecidos.
Patrimônio é uma palavra quase autoexplicativa no dia a dia de quem trabalha com finanças, não é mesmo?
Então, para começar a contextualizar de uma forma simples, é essencial ter clareza de que estamos falando dos bens e dos direitos de uma empresa, assim como de suas obrigações e dívidas. Por sua vez, a contabilidade é um estudo cuidadoso sobre esses itens.
Em outras palavras, essa análise leva em consideração não somente ganhos e valores, mas também tudo aquilo que precisa ser debitado dessa conta. Com isso, conseguimos chegar a números mais realistas sobre uma entidade, inclusive de quanto ela vale no mercado.
Ou seja, para fazer a contabilidade, gestores precisam ter em mente a necessidade de agrupar valores, da mesma forma que devem levar em conta despesas e gastos variados, como encargos, impostos, entre outros.
Por que fazer isso? Essa é uma pergunta que vamos responder ao longo do texto. Apenas para introduzir, a saúde financeira de uma organização depende desse tipo de controle, uma vez que ele mostra informações essenciais sobre aplicações de recursos, algo totalmente relacionado à prosperidade empresarial.
Agora vamos aprofundar no assunto. Continue a leitura!
O que é Contabilidade Patrimonial?
A contabilidade patrimonial são relatórios e documentos que agrupam informações preciosas sobre as finanças empresariais, especialmente pontos importantes como o próprio balanço patrimonial, as declarações de fluxo de caixa, entre outros.
Como o balanço está intimamente associado à contabilidade, em linhas gerais, estamos falando de um estudo detalhado de ativos e passivos de uma empresa ou entidade. Essa frase explica, de uma maneira resumida, os itens que precisam estar em dois lados de uma balança.
Isto é, a contabilidade considera toda a movimentação financeira de uma empresa, seus bens, como imóveis, investimentos, entre outros, além dos gastos e responsabilidades que precisam ser assumidas com terceiros.
Dessa forma, essa balança pode se inclinar para um dos lados, mas idealmente o que se busca na contabilidade patrimonial ou mesmo no balanço é um equilíbrio que muitas vezes fica conhecido como “contas que fecham”.
Para ampliar o tema, a seguir vamos falar mais detalhadamente de dois conceitos dentro desse contexto.
O que é o balanço patrimonial?
O balanço patrimonial é um dos pontos mais fundamentais da contabilidade financeira de uma empresa. Ele significa um demonstrativo contábil que indica o equilíbrio entre ativos e passivos, como mencionado anteriormente.
Não surpreendentemente, a principal figura que costuma ser usada para ilustrar esse conteúdo é uma balança, uma vez que precisamos compreender para qual lado ela está pesando mais. Em outras palavras, para prosperar, uma empresa precisa de harmonia entre as partes.
Na contabilidade patrimonial, o balanço é o informativo sobre a situação atual da organização, o valor de seus bens, bem como suas obrigações. Como essa realidade pode mudar com o passar do tempo, é natural que ele seja feito com frequência. E, mais que isso, é obrigatório que empresas prestem contas anualmente, certo?
Detalhando ainda mais, é válido deixarmos claro o que são ativos e passivos.
Ativos na contabilidade patrimonial
Na contabilidade de uma empresa, ativos são aqueles itens convertíveis, ou melhor, mensuráveis monetariamente. Isto é, eles representam valores “palpáveis” da organização, como:
– Dinheiro em caixa;
– Imóveis;
– Terrenos;
– Móveis;
– Equipamentos e maquinários;
– Mercadorias;
– Faturas a receber;
Dessa forma, o ativo é um bem ou direito que necessariamente representa benefícios à empresa, uma vez que pesa a balança de uma maneira positiva. É por isso que a gestão de ativos é um dos pontos que fazem parte do controle financeiro, pois considera a valor desses itens.
Em outras palavras, aqueles que estiverem obsoletos, por exemplo, já não fazem parte dessa conta de “saldo” positivo.
De toda forma, para aprofundar mais nesse assunto, você pode conferir outro texto completo sobre ativos de uma empresa e suas classificações.
Passivos na contabilidade patrimonial
Os passivos, por sua vez, significam as obrigações e responsabilidades do negócio com terceiros.
– Contas gerais a pagar;
– Impostos e encargos;
– Salários e fornecedores;
– Dívidas.
Para exemplificar, podemos citar o passivo exigível, isto é, de exigência de outras entidades e que precisam ser atendidos pela empresa.
Além disso, o chamado patrimônio líquido também entra no balanço patrimonial, uma vez que ele indica a diferença entre ativos e passivos.
O que é o fluxo de caixa?
O fluxo de caixa é outro ponto essencial de olharmos dentro da contabilidade patrimonial, assim como nos termos de gestão da empresa.
A forma mais simples de entender o fluxo é pensar em entradas e saídas, ou seja, tudo aquilo que movimenta financeiramente a rotina da organização. Ele considera as duas vias de um negócio, isto é, o que a empresa recebe e gasta, desejando manter sempre um equilíbrio nas contas.
A gestão financeira como um todo precisa ter muita clareza sobre isso para definir ações a serem tomadas. Por exemplo, se os gastos forem consideravelmente maiores em determinado mês, enquanto os ganhos se mantiveram estáveis, a contabilidade deverá analisar o que mudou no cenário.
Em outras palavras, o controle do fluxo de caixa serve como um termômetro, ou mesmo um alarme sobre a saúde financeira empresarial. Algumas das indicações importantes:
– Possibilidade de ajustes do ticket da empresa;
– Momentos oportunos para acabar com estoques por meio de promoções;
– Chances de conseguir novos investidores;
– Prevenção de períodos e situações de crise;
– Planos de ação para quitar dívidas.
Por que fazer a Contabilidade Patrimonial?
Agora que ficou mais claro o que é balanço e fluxo de caixa, é bem provável que você tenha compreendido a necessidade de fazer a contabilidade patrimonial.
A verdade é que, ainda que os ganhos sejam o objetivo maior dos negócios, não é possível dissociá-los dos deveres. Toda empresa tem obrigações a cumprir, uma vez que presta contas a diversos indivíduos, entidades e órgãos, sejam públicos ou privados.
Então, a contabilidade representa um passo para a saúde financeira, bem como a conformidade, isto é, o cumprimento das responsabilidades.
De toda forma, as necessidades de cada negócio são diferentes, o que irá determinar a dimensão desse processo contábil. Por exemplo, existem dúvidas quanto a opções de MEI, Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
Cada uma delas tem as obrigações e tributos específicos, que devem ser avaliados por meio de análises e estudos como a própria contabilidade patrimonial. Quando as contas ficam claras, independentemente do tamanho da empresa, é possível compreender melhor sobre lucro e até oportunidades para novos investidores.
Gestão financeira favorece a saúde patrimonial
Em linhas gerais, a gestão financeira é uma atividade de fundamental importância para a saúde do patrimônio de uma empresa. Ter controle de ganhos e gastos é básico para quem deseja crescer.
Com a contabilidade patrimonial, gestores conseguem aproveitar melhor o fluxo de caixa, aplicando recursos em áreas necessitadas ou investindo conforme for interessante para o negócio.
Quais os benefícios de fazer a contabilidade?
Para deixar o tópico anterior ainda mais claro, vamos listar alguns dos benefícios da contabilidade patrimonial. Confira!
1. Controle do destino dos bens
Controlar tudo que você ganha. Esse é o principal benefício da contabilidade, sem dúvidas. Em uma gestão patrimonial, por exemplo, o primeiro passo a ser tomado é de análise dos bens e como são aplicados. É primordial ter clareza com relação a isso.
2. Prevenção de vida útil
É inevitável que determinados ativos tenham vida útil. Algo que exemplifica muito isso é a deterioração de certos equipamentos, assim como obsolência, principalmente de itens tecnológicos.
Em outras palavras, um computador que já não funciona devidamente para os processos da empresa está fora dos ativos, uma vez que não oferece benefícios, ganhos a ela.
Com isso, a partir da contabilidade, é possível prevenir manutenções, avaliar a vida útil de ferramentas e, assim, tomar ações que permitam a continuidade da saúde financeira.
Vale reforçar, ainda, que não se deve alocar recursos “contados” para essas situações, porque imprevistos acontecem. O tópico seguinte aborda isso.
3. Gestão de crise
Algumas crises podem ser prevenidas e esperadas, dependendo do setor, cada um com suas particularidades. Por outro lado, algumas situações pegam gestores de surpresa, exigindo respostas rápidas, ponderadas e assertivas.
É por isso que gestão de crise e gestão financeira caminham juntas, de forma a enfrentar momentos de infortúnio nos negócios.
Empresas que mantém a contabilidade patrimonial conseguem compreender a necessidade de aplicar recursos para prevenção e superação de crises. Além do mais, esses momentos também podem significar novas possibilidades.
4. Oportunidades de investimento
O estudo do patrimônio da empresa certamente é decisivo para conquistar novos investimentos. Isto é, investidores precisam ter conhecimento de como é feita a gestão financeira, para que possam avaliar se é válido seguir em frente com a aposta.
Em casos de venda da empresa ou de parte dela, essa análise também é essencial, pois é determinante para o valor de mercado da empresa. Inclusive, para saber sobre cálculo, este texto aborda exclusivamente o valuation.
Conclusão
Agora certamente tudo está mais claro sobre contabilidade patrimonial, não é mesmo? Para concluir tudo que abordamos no texto, a mensagem fundamental para você levar para o seu dia a dia é manter o controle de tudo que entra e sai da empresa, o domínio do fluxo de caixa e, consequentemente, das oportunidades para o negócio.
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