A grande parte dos empresários já ouviram a palavra “leasing” em algum momento.
Para muitos, essa alternativa pode ser interessante. Outros ainda não entenderam muito bem como essa operação funciona.
Conhecer todas as possibilidades disponíveis no mercado é necessário: permite que decisões mais estratégicas sejam tomadas, e que a rentabilidade da empresa aumente.
Por isso, vamos explicar o que é leasing, como funciona e quais são as vantagens dessa prática.
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O que é leasing?
O leasing se assemelha a uma operação de aluguel, na qual durante o período da operação, aquele que contrata o leasing tem o direito de utilizar o bem.
Ou seja, é um contrato que possibilita a uma pessoa física ou jurídica a utilização de equipamentos ou imóveis, a um prazo determinado, por mediação de um arrendador.
Este tipo de contrato também é conhecido como arrendamento mercantil e as partes envolvidas são:
- o “arrendador” – geralmente um banco ou uma sociedade de arrendamento mercantil;
- o “arrendatário” – que é quem solicita a operação.
Desta forma, o arrendador é o proprietário do bem e a posse, durante o período estipulado pelo contrato são do arrendatário, semelhante ao contrato de aluguel.
Leasing: como funciona?
O leasing é amplamente utilizado por empresas e seu entendimento não é complexo.
A seguir, vemos um exemplo na prática.
Uma empresa necessita de um equipamento extremamente caro e não possui recursos (ou prefere não mobilizar tais recursos) para arcar com esta aquisição.
Portanto, o representante desta empresa procura um banco e descreve todas as características do equipamento necessário.
O banco, então, compra o equipamento e o financia para a empresa, a um prazo determinado.
Ao término do contrato, a empresa pode ter as seguintes opções:
- renová-lo por mais um período;
- devolver o bem arrendado ao arrendador;
- adquirir o bem pelo valor de mercado ou por um valor residual previamente definido no contrato.
Tipos de leasing
Existem quatro tipos diferentes de leasing.
Apesar do leasing financeiro ser o mais comum, o leasing operacional e o leasing back também são uma possibilidade.
Veja quais são as diferenças entre esses quatro tipos:
Leasing financeiro
É a forma mais comum de arrendamento mercantil.
A empresa arrendadora compra um bem escolhido pelo arrendatário e a posse deste bem é transferida ao arrendatário por um período pré-determinado, por meio do pagamento de contraprestações.
Ao final do contrato, o arrendatário pode devolver o bem, renovar o arrendamento ou adquiri-lo.
Este tipo de contrato geralmente tem um prazo de dois a três anos e, durante este período, todos os riscos e custos ficam por conta do arrendatário.
Algumas características comuns ao leasing financeiro são:
- O prazo de arrendamento é baseado no tempo de vida útil do bem;
- Se o arrendatário decidir adquirir o bem ao final do contrato, o valor do residual a ser pago é bem menor frente ao valor de aquisição inicial. Isso ocorre porque o valor das prestações pagas acabam por amortizar o valor total do bem;
- É comum a previsão do Valor Residual Garantido (VRG) a ser pago ao final ou antecipadamente, já incluso nas prestações.
O VRG é o valor assegurado ao arrendador durante o contrato, representando a quantia mínima, além das contraprestações, que o arrendador irá receber do arrendatário.
Leasing operacional
Além das opções de compra e renovação do contrato, o leasing operacional permite que o arrendatário possa devolver o bem e substituí-lo.
Além disso, os custos com despesas e manutenção ficam por conta do arrendador, por isso é um tipo de leasing muito utilizado por empresas.
Neste tipo de contrato é estabelecido um prazo mínimo de 90 dias de arrendamento e o valor pago nas contraprestações não pode ultrapassar 90% do custo bem.
Leasing back
O contrato de leasing back é realizado exclusivamente entre pessoas jurídicas.
Geralmente, uma das empresas (arrendatária) vende seus bens a outra (arrendadora), que os transfere de volta através de um contrato de leasing.
É uma forma de obter capital de giro, utilizada por empresas em dificuldades financeiras ou que não estão fazendo uso de determinados ativos.
Leasing imobiliário
O leasing imobiliário é, muitas vezes, considerado um financiamento.
Para pessoas físicas pode não ser a alternativa mais interessante, mas para as empresas, muitas vezes o leasing imobiliário é uma excelente forma de conseguir um espaço físico para o empreendimento.
Assim como o leasing financeiro, no leasing imobiliário a empresa conseguirá alugar o imóvel e poderá comprá-lo ao término do contrato, por um valor mais atrativo.
Vantagens e desvantagens do leasing
Antes de decidir se leasing é para a sua empresa ou não, é preciso entender as vantagens e desvantagens.
De fato, o leasing pode ser extremamente estratégico para diversos modelos de negócios, resultando em economia, praticidade e eficiência.
Para outros, no entanto, as desvantagens podem ser fatores determinantes para alguns gestores, e por isso elas precisam estar bem claras.
Vantagens do leasing
A prática do leasing traz vários benefícios para as empresas.
São algumas vantagens:
- você pode escolher o bem, com todas as características necessárias, e negociar descontos de pronto pagamento;
- o processo administrativo é simples e rápido;
- é possível celebrar contratos de duração inferior à vida útil do bem. Desta forma, evita-se a obsolescência e facilita a renovação tecnológica;
- existe a opção de aquisição do bem ao final do contrato, a partir do pagamento de um valor residual previamente combinado;
- resulta em benefícios fiscais para a empresa;
- no caso da aquisição de espaços, por exemplo, os valores de juros costumam ser menores do que em financiamentos.
Desvantagens do leasing
Apesar de ser uma excelente opção, pode não ser a mais recomendada para todas as empresas.
É preciso que você esteja ciente de que:
- enquanto decorre o contrato, não é possível adquirir o bem;
- o não cumprimento das cláusulas contratuais decorre em penalizações significativas e/ou por finalização antecipada do contrato;
- caso o bem ainda não tenha sido quitado, o processo da venda é muito burocrático.
Diferença entre Leasing e Financiamento
Leasing e financiamento são procedimentos diferentes, entretanto, o conceito de ambos costuma ser confundido.
No caso do leasing, o bem é de propriedade do arrendador (geralmente um banco).
Este concede o direito de uso do bem, mediante o pagamento de contraprestações, por um prazo determinado.
Ao fim do contrato, existe a possibilidade de compra do bem pelo arrendatário.
Já no financiamento o cliente compra o bem, utilizando recursos de terceiros, como bancos e empresas de crédito.
Ao pagar todas as prestações do financiamento, o cliente se torna dono do bem, tendo-o registrado em seu nome.
Como fazer um contrato de leasing?
Se você se interessou pelo leasing e quer entender como fazer um contrato, não se preocupe.
O processo costuma ser bem simples, e esses contratos podem ser conseguidos em bancos ou instituições financeiras em geral.
O primeiro passo é ter em mãos a documentação necessária. Essa papelada irá ajudar na avaliação de crédito junto às instituições.
São necessários os documentos:
- cartão CNPJ;
- contrato social da empresa e alterações, se houver;
- balancete ou balanço recente.
Importante: ao realizar um contrato de leasing, lembre-se de que o nome do bem não passa para o arrendatário, como costuma acontecer nos financiamentos.
Caso exista o interesse em comprar o imóvel após o término do contrato de arrendamento, é preciso que o valor residual do bem que precisará ser pago esteja claro no contrato.
Como fazer leasing financeiro?
Para fazer o leasing financeiro, é preciso ter um contrato entre o arrendatário (empresa ou pessoa física interessada no arrendamento mercantil) e o arrendador (banco ou instituição financeira responsável por oferecer crédito ao interessado).
Uma das vantagens dessa prática é a possibilidade de adquirir alguns bens e não ter incidência do IOF nas transações.
Dessa forma, os valores ficam mais interessantes, e o leasing se torna financeiramente estratégico para muitos negócios.
Os benefícios do leasing financeiro
O leasing financeiro muitas vezes se mostrou uma grande oportunidade para as empresas.
Isso porque, felizmente, através dessa prática é possível adquirir o bem após a operação com condições mais interessantes.
Dentre elas, estão:
- aprovação de crédito costuma ser mais rápida e menos burocrática que se comparado ao financiamento tradicional;
- os juros oferecidos são menores, uma vez que o bem arrendado já é tido como garantia pelas instituições financeiras;
- a isenção de IOF é um dos pontos que chama a atenção dos empresários. No entanto, é a incidência do ISS, Imposto Sobre Serviços, não é isenta: ela se aplica na amortização do leasing, tanto financeiro quanto nos outros tipos. Confira se esse imposto está descrito no contrato;
- possibilidade de ganho de capital através da venda de bens para uma instituição financeira. Isso vale os mais vários tipos de leasing: de maquinário, de veículos ou de imóveis, por exemplo.
Qual é a taxa de juros do leasing?
Um dos maiores benefícios do leasing, como citado anteriormente, é a ausência do IOF.
Ou seja, nesse contexto, não existe a cobrança de juros e taxas do Imposto sobre Operações Financeiras, o que permite que muitos empresários enxerguem nessa possibilidade uma saída mais estratégica para a empresa.
Para o crédito, de modo geral, o percentual de juros e taxas, com exceção do IOF, podem variar de acordo com o banco ou instituição financeira.
Conclusão
O leasing pode ser muito interessante para os mais diversos tipos de empresas.
É muito importante ter claro o que é e quais são seus tipos para, finalmente, encontrar aquela opção que faz mais sentido para a realidade da sua empresa.
Quando o assunto é o patrimônio da empresa, é importante entender todos os caminhos para adquirir bens e reduzir os custos do negócio.
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Para aprender mais sobre leasing e suas variáveis, confira nosso artigo Locação de imóvel é arrendamento mercantil?
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