Você sabe o que é taxa de depreciação de máquinas e equipamentos?
Com uma vida útil limitada, máquinas, equipamentos e ferramentas sofrem um desgaste natural com a ação do tempo, o uso e até a falta de manutenção preventiva. Essa redução de capacidade chamamos de depreciação, ou seja, é a perda de valor de um bem pelo seu tempo de uso.
Para realizar o cálculo da depreciação são considerados a durabilidade, o método e a base de cálculo da depreciação.
Esse cálculo, realizado por especialistas da contabilidade, é feito com base na tabela de depreciação de bens criada pela Receita Federal. Os métodos para esta operação podem ser linear, onde a depreciação é feita a cada ano, com o mesmo valor, ou acelerado, feito com uma frequência maior no primeiro ano, menor no segundo e assim por diante.
Normalmente o tipo linear é o mais usado para calcular a depreciação de equipamentos. Isso porque sua fórmula (Da = (VN-VR) ÷ N) é de fácil entendimento.
Pelas regras contábeis, esse tipo de operação matemática podem seguir as determinações da Secretaria da Receita Federal, no artigo 305 do RIR/99, que estipula o prazo de dez anos para depreciação de máquinas e equipamentos, cinco para veículos, dez anos para móveis e utensílios e 25 anos para os imóveis.
Uma sugestão seguida, em especial pelas empresas inseridas no Simples Nacional e ou no Lucro Presumido. Identificado o encargo de depreciação é preciso fazer o débito de uma conta de custo ou despesa operacional e o crédito da conta redutora do ativo imobilizado, denominada depreciação acumulada.
O que é depreciação de máquinas e equipamentos?
Depreciação de máquinas e equipamentos, nada mais é que a desvalorização de um bem pelo seu tempo de uso. Geralmente sua origem é em decorrência do desgaste pela sua utilização, da obsolescência ou do passar do tempo. Ao realizar a contabilidade da empresa é importante definir se a depreciação é um custo ou uma despesa.
Se o bem é utilizado nas operações da empresa, como máquinas e computadores, a depreciação será um custo, fora isso, será uma despesa. Basicamente a diferença entre os dois, mais que sua aplicação, está relacionada à geração de receita.
Se isso acontecer entra no cálculo do valor pago no Imposto de Renda, e consequentemente, será um custo.
Caso o empresário trabalhe com bens depreciáveis, precisa estar atento à regulamentação do artigo 57 da lei 4.506/64.
Ela ressalta que o montante acumulado das cotas de depreciação nunca poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem. Cotas essas que são dedutíveis desde o primeiro instante em que o bem é instalado pela empresa. Em relação à vida útil de um bem, ela é calculada em anos (n) e em horas de uso por ano (A). A fórmula seria VU = n x a.
Por exemplo, um laptop que dure três anos, teria vida útil em torno de 6.048 horas, levando-se em conta um ano de 252 dias úteis e oito horas de trabalho diário. Abaixo exemplificamos alguns tipos de cálculos de depreciação de um bem:
BENS DEPRECIÁVEIS | TAXA ANUAL DE DEPRECIAÇÃO (%) | ANOS DE VIDA ÚTIL |
Móveis e utensílios | 10% | 10 anos |
Veículos | 20% | 5 anos |
Computadores e periféricos | 20% | 5 anos |
Empilhadeiras; outros veículos para movimentação de cargas e semelhantes, equipados com dispositivo de elevação | 10% | 10 anos |
Leia também: Ativo imobilizado: o que é, quais são as contas e contabilização
Qual o tempo de depreciação de máquinas e equipamentos?
O setor contábil específica que o tempo de depreciação de máquinas e equipamentos deve seguir o que já foi determinado pela Receita Federal por meio do artigo 305 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99).
O documento define um prazo de dez anos para depreciação de máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, cinco anos para veículos e 25 anos para os imóveis.
Importância da depreciação de máquinas e equipamentos
Para usufruir de um bem de forma correta pelo máximo de tempo possível, é importante realizar os cálculos de depreciação precisos, assegurando um controle eficaz dos ativos da empresa.
Desta forma, munida de informações seus gestores saberão o momento certo de trocá-lo ou de atualizá-lo, em especial pela obsolescência tecnológica, mudança do processo produtivo e até pela mudança de hábito de consumo.
Serve ainda para manter o capital total equivalente ao longo dos anos, sem exigir que o produtor injete mais capital próprio no seu negócio. Por isso é fundamental que a empresa adote uma política gerencial que tenha como objetivo a sua longevidade, acompanhando as evoluções tecnológicas e demandas de mercado.
Como fazer cálculo da taxa de depreciação de máquinas e equipamentos?
O cálculo da taxa de depreciação de máquinas e equipamentos exige uma fórmula fixa: depreciação anual = (custo de aquisição – valor residual) / anos de vida útil. Enquanto o valor da aquisição é identificado pela nota de compra, o residual e os anos de vida útil, são estimados pela empresa.
Além do método linear, o cálculo de depreciação de ativos mais usados, considera as características e o tipo de uso de cada ativo, como os métodos da soma dos dígitos das horas de trabalho e das unidades produzidas. A base de cálculo de depreciação será sempre 100% / vida útil.
Ou seja, se um determinado equipamento com vida útil de 10.000 horas, adquirido por R$ 200.000, com 10% de valor residual, terá o seguinte cálculo na depreciação acumulada: depreciação = (V0 – Vr) ÷ Vida útil. depreciação = (R$ 200.000 – R$ 20.000) ÷ 5 anos.
Para quem for adotar o método das horas de trabalho pode estabelecer a cota de depreciação dividindo as horas trabalhadas pelo total de horas estimadas em toda a vida útil. Todos os cálculos de depreciação devem ser registrados por meio de relatórios.
Taxa anual de depreciação
O percentual de depreciação de um bem é estimado em decorrência do tempo de sua utilização, sendo o limite de desvalorização o seu próprio valor.
A Receita Federal fixou as taxas aceitáveis como dedutíveis, por isso, o controle deve ser individualizado, estipulado por bem, na ficha ou planilha do imobilizado, para que o valor contabilizado da depreciação, somado às cotas anteriores, não possa ultrapassar o valor contábil do respectivo bem.
Lembrando que a depreciação de um ativo começa quando entra em operação e termina quando este é baixado ou transferido do imobilizado. Reforçando que as taxas de depreciação são fixadas por meio de Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal (SRF) e variam de acordo com a natureza de cada bem e suas finalidades.
Entre as principais estão:
- Edificações (4%);
- Instalações (10%);
- Móveis e utensílios (10%);
- Máquinas e equipamentos (10%);
- Ferramentas (15%);
- Veículos (20%);
- Caminhões (20 a 25%);
- Equipamentos de informática (20%);
- Equipamentos de comunicação (20%).
Fórmula para calcular a taxa de depreciação de máquinas e equipamentos
Já vimos anteriormente que a fórmula para se calcular a taxa de depreciação é fixa: depreciação anual = (custo de aquisição – valor residual) / anos de vida útil. No método acelerado, a taxa de depreciação anual é variável. Para identificá-la coloque os anos da vida útil em ordem crescente (1, 2, 3…) e some.
Para uma vida útil de cinco anos, a soma é 1+2+3+4+5=15. No método linear a fórmula é Da = (VN-VR) ÷ N.
Entenda as siglas
DA – depreciação anual
VN – valor novo
VR – valor residual ou de sucata
N – vida útil em números de anos
Depreciação linear
Nesse método a empresa calcula a despesa de depreciação a cada ano, por meio da fórmula: depreciação anual = (custo – valor residual) / vida útil.
Considerada o método mais simples, tem como objetivo permitir a identificação da taxa, considerando a vida útil do bem e sua depreciação gradual. Importante ressaltar que, apesar do cálculo anual a fórmula considera um valor residual, ou seja, o valor do bem continua valendo mesmo depois do seu desuso.
Ou seja, o valor que sobrar entre o custo de aquisição e quando o bem se finda. Para obter o valor da depreciação acumulada se usa a fórmula: depreciação anual x anos de vida útil = depreciação acumulada. Obtido esse valor, segue-se para outra conta: custo de aquisição – depreciação acumulada = valor de registro nos ativos.
Na prática, por exemplo, se o equipamento custou R$ 8 milhões, com valor residual de R$ 300 mil e vida útil de dez anos sua depreciação anual ficará assim: 8.000.000 – 300.000 / 10 = R$ 770.000. Ou melhor, a cada ano esse bem terá uma depreciação linear de R$ 700 mil.
Para obter o total sem o valor residual, o processo é o mesmo alterando apenas a quantia no campo valor residual:
Custo de aquisição: R$ 8 milhões
Valor residual: R$ 0
Vida útil: 10 anos
Depreciação anual = (8.000.000 – 0)/10 = R$ 800.000
Depreciação acelerada
Nessa modalidade a depreciação acelerada terá uma taxa anual variável, onde os anos de vida útil do bem seguem somados em ordem crescente. Ou seja, para cinco anos a soma será 15 (1+2+3+4+5). Em seguida, para cada, é atribuída uma taxa igual a razão entre os números decrescente e suas somas.
Assim, no primeiro ano a taxa de depreciação é 5/15; no segundo, 4/15, seguindo sucessivamente. Vale lembrar que cada fração deve ser aplicada sobre o valor de compra retirando o valor residual. Por exemplo, uma escavadeira com vida útil de cinco anos => 1+2+3+4+5=15 e os coeficientes são aplicados sobre V0 – Vr = 180.000,00.
Ferramentas para cálculo de depreciação
Para se contabilizar os valores da taxa de depreciação de máquinas e equipamentos, os profissionais da área contábil registram sistematicamente e de forma individualizada todos os dados importantes, bem como os cálculos.
Para acelerar o processo, dando agilidade e segurança nas operações, existem diversas ferramentas online que auxiliam na contabilidade das informações, determinando, por exemplo, quanto tempo um bem será útil, quais serão os dados de desvalorização em cada período, entre outros dados.
Portanto, para se calcular e controlar a depreciação de máquinas de forma sistemática, o mais indicado é montar uma planilha de Excel, usando um software específico para essa operação. Desta forma o gestor poderá acompanhar a depreciação das máquinas e equipamentos de maneira organizada, ao longo de suas vidas úteis.
Como fazer planilha de taxa de depreciação de máquinas e equipamentos
A tecnologia chegou para facilitar o mundo financeiro e industrial, em especial, quando o assunto é registro de dados ou contabilidade. Para os cálculos das taxas de depreciação de máquinas e equipamentos, não é diferente. Existem muitas ferramentas on-line e softwares que auxiliam nessa tarefa com maior segurança e eficiência.
Uma das melhores formas de contabilizar e acompanhar o processo de depreciação de máquinas e equipamentos é por meio da planilha Excel no Microsoft. Usando a função SDA é possível, por exemplo, voltar a depreciar os dígitos da soma anual para um período específico. Nela é possível inserir dados como custo, recuperação, vida útil, período de utilização, etc.
Porém a depreciação de SDA não pode ser usada para fins fiscais ou de cálculo de sua dedução fiscal. Mas é indicada preferencialmente para gravar ativos de depreciação rápida, como veículos e laptops.
Outras ferramentas, bem como dicas de como aplicar as taxas de depreciação de máquinas e equipamentos podem ser conferidas com a Investor. Deixe um comentário para saber mais!
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Cálculo de SDA
SDA é calculada da seguinte maneira:
SDA = [(custo-recuperação)*(vida_útil-PER+1)*2] / [(vida_útil)(vida_útil+1)]
Simplificando suas siglas:
– Custo – é o custo inicial do ativo.
– Recuperação – é o valor no final da depreciação. Às vezes é chamado de valor de recuperação do ativo.
– Vida útil – é o número de períodos durante os quais o ativo é depreciado – às vezes chamado vida útil do ativo.
Per – é o período e deve utilizar as mesmas unidades de vida útil.
Conclusão
No decorrer deste texto identificamos que depreciação de máquinas e equipamentos é na realidade a sua desvalorização natural que ocorre com o passar dos anos de uso.
Suas taxas podem ser consideradas custo, se o bem for empregado na produção ou despesa dos ativos imobilizados, se não estiverem diretamente ligados ao setor produtivo da empresa.
Considerada uma técnica contábil, no Brasil os cálculos da depreciação obedecem critérios estabelecidos pelo governo através da Secretaria da Receita Federal, por meio do artigo 305 do regulamento do Imposto de Renda de 1999 (RIR/99). Ele estabelece um prazo de dez anos para depreciação de máquinas e móveis, cinco para veículos e 25 para imóveis.
A depreciação promove a capitalização das empresas para que o bem que está em uso seja substituído no seu descarte, fazendo a entidade “poupar” recursos que seriam distribuídos aos sócios ou acionistas. Isso por meio do lançamento a débito do patrimônio na despesa com depreciação.
Os cálculos não podem ferir as regras do Imposto de Renda, que já estabelece percentuais mínimos e máximos de tempo de vida útil econômica desses bens.
Operações realizadas por meio de uma gestão patrimonial eficiente, que deve estar ligada diretamente à políticas de controle dos equipamentos e à manutenção preventiva ou corretiva dos mesmos. Tudo objetivando a redução dos custos e também um prolongamento da vida útil do patrimônio produtivo da empresa.
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