Separação de pertences: o que é dos sócios e o que é da empresa? Entenda o que causa a confusão patrimonial

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[:pb]Se você está começando a empreender, vai perceber que a ocorrência de erros na contabilidade não é algo raro de acontecer. Mas se você é um empresário experiente, já deve ter notado que há caminhos para evitar essas armadilhas. Hoje vamos falar de uma delas: separação de bens do sócio e da empresa para evitar confusão patrimonial.

Afinal, o que é da empresa e o que é dos sócios? Uma vez que eles são os donos da empresa, tudo o que está lá não é deles? A resposta do ponto de vista contábil e financeiro é categórica: não! E não levar isso em conta pode ser um enorme problema.

Vamos tomar como exemplo um pequeno comércio. O dinheiro vivo entra e sai com frequência, assim como o proprietário tem necessidade de alguns reais aqui e ali, seja para gastos pessoais ou contas da empresa. Pegar o dinheiro do caixa para qualquer uma das duas possibilidades vai gerar, sem dúvida, uma enorme confusão patrimonial.

Por que separar o que pertence aos sócios e o que pertence à empresa? confusao-patrimonial

Não há como contabilizar o real momento do comércio que citamos acima sem um controle rigoroso do que está entrando e o que está saindo. E isso é apenas o primeiro exemplo da importância da separação de bens do sócio e da empresa.

Uma empresa mais organizada tem orçamentos detalhados a ponto de que cada setor do negócio tem a sua própria verba e um controle rigoroso para que um determinado investimento não migre de um setor para outro.

Em um pequeno negócio, que ainda está longe dessa realidade, o primeiro passo para este grau de organização é ter contas bancárias distintas, uma para a pessoa física (o proprietário) e outra para a pessoa jurídica (o negócio).

Pode parecer um pouco óbvio, mas acredite, muita gente acaba criando uma enorme confusão patrimonial e ficando em dificuldades por não tomar um passo tão simples.

E quais são as formas para fazer retiradas?

Já ficou claro que o gestor, o proprietário ou o sócio não devem pegar o dinheiro da empresa indiscriminadamente para suas contas, seu benefício ou da sua família. Mas isso não quer dizer que ele não possa fazer retiradas de dinheiro.

Há formas corretas para isso sem ferir os princípios da separação de bens do sócio e da empresa, afinal todos devem ser remunerados. As formas mais comuns são a definição de um salário, de um pró-labore e a distribuição de lucros.

  • Salário – Este conceito todos conhecemos. Estabelece-se uma quantia mensal para que o proprietário seja remunerado, respeitando a saúde financeira do negócio.
  • Pró-labore – É uma espécie de salário. Pode ser calculado de acordo com o valor que o proprietário ou o sócio precisa para se manter ou fazendo uma análise do que o mercado paga para uma determinada função.
  • Distribuição de lucros – Espera-se até que a empresa começa a apresentar lucros. Estes dividendos passam a ser pagos ao dono ou os sócios da empresa.

Claro que qualquer que seja a forma de retirada para o sustento dos sócios, é necessário que a saúde financeira da empresa seja respeitada e isso deve ser feito por meio de planejamento. Quando não há clareza de onde virão os pagamentos, o patrimônio do negócio pode ser comprometido por essa confusão patrimonial.

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Dicas para evitar confusão patrimonial confusao-patrimonial

Existem várias maneiras para se obter uma excelente separação de bens do sócio e da empresa. Já vimos que contas separadas, orçamentos pré-definidos e organização nas retiradas são pontos fundamentais, mas eles não são os únicos. Veja outros:

  • Tenha um fluxo de caixa organizado – Esse controle permite ao proprietário ter um pleno controle sobre a saúde financeira do negócio, evitando qualquer confusão patrimonial. É como em casa: precisamos reservar o dinheiro para os gastos do dia a dia e uma reserva para eventualidades.
  • Tenha a contabilidade na ponta do lápis – Não saber exatamente quais são as contas que devem ser pagas em um determinado período é um risco à separação de bens do sócio e da empresa. Organizar muito bem as despesas é a melhor maneira de deixar o caixa fortalecido, sem problemas de liquidez e sem a necessidade de uma confusão patrimonial.
  • Tenha os pés no chão – Outro erro muito comum é contar com o dinheiro de uma venda que ainda não foi feita ou um negócio que ainda não foi realizado dentro de um planejamento. Caso este dinheiro não entre em caixa pode ser necessário que os sócios precisem injetar dinheiro para manter o negócio.

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A separação de bens do sócio e da empresa exerce uma enorme influência no potencial de sucesso da organização, seja ela grande ou pequena, familiar ou societária. Essa separação, inclusive, faz parte do princípio contábil da entidade.

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